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Nas Pegadas do Dragão da Crise- 3

                                                                                              109ª Comunicação                        

             Inicio este artigo afirmando que a maioria de nós, brasileiros, não está “nem aí” para o que vem acontecendo. Esta é uma das causas que levaram o País à recessão e ao descrédito de consequências ainda imprecisas. Ignoram completamente o que acontece e as consequências que podem daí advir. Como nos dois artigos anteriores nos referimos à Venezuela, afirmando que a esquerda brasileira está intimamente ligada aos ideais chavistas, seria necessário que o assunto tivesse prosseguimento. Assim iniciamos este artigo dando continuidade ao que se passa por lá, com forte influência na crise atual brasileira e reflexos perversos no que venha acontecer. Os métodos variam, mas os objetivos são os mesmos, a permanência no poder.
                O que mais preocupa no momento é o que se oculta nos bastidores do poder, e não apenas o que está sendo revelado. A ideologia de esquerda é inconsequente.
                A novela Venezuelana.
                Esta novela continua a surpreender. No dia 29 de dezembro de 2015, o Partido Socialista Unido da Venezuela, (PSUV), interpôs recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra oito deputados oposicionistas; no dia 30, um dia após, o STJ ordenou, em caráter provisório, a imediata suspensão da proclamação de três candidatos, até o julgamento do recurso definitivo. Com a diminuição dos três deputados que seriam empossados no dia 05 de janeiro de 2016, cai a maioria qualificada, condição necessária para promover as principais metas da oposição: reforma econômica e anistia aos presos políticos. Acontece que, o novo presidente da Assembleia, Henry Ramos Allup, um dia após a posse dos eleitos, desafia a decisão do STJ e dá posse aos três deputados oposicionistas. É a crise que se aprofunda.  Apesar de denúncias à ONU e órgãos representativos de blocos continentais, tudo faz crer que nada impedirá que se instale definitivamente a ditadura do Estado socialista Judicial, suporte do socialismo bolivariano. Mas para que isso aconteça é preciso dissimular as intenções: no dia 15 de janeiro de 2016 o presidente Nicolás Maduro decreta estado de emergência na economia e faz um discurso conciliador perante a Assembleia Nacional. Diz textualmente: “Temos nos empenhado em construir uma democracia política que tenha as mais amplas liberdades.” Propõe a criação de uma Comissão Nacional de Justiça, verdade e paz. Como se vê, lá e cá a luta é pela permanência no poder a qualquer custo.
                Diante propósitos “camaleônicos”, senti a necessidade de esmiuçar uma palavra enigmática que está a merecer explicação mais detalhada. Tenho usado e abusado da palavra “antivalor” para encobrir falsidades de propósitos contidos nas determinações do Foro de São Paulo. Apenas como esclarecimento sobre o que vem se tornando contumaz, como conduta deslavada para distorcer fatos e criar atritos na ordem social, sentimo-nos necessidade de esclarecer a que antivalores nos referimos. A palavra valor, aqui empregada, refere-se às virtudes, portanto, sob o ponto de vista moral. O valor moral é comportamento essencial para construção de uma sociedade equilibrada, ordeira e justa, daí a denominação “justiça social”. Citemos alguns destes valores com os respectivos antivalores: verdade, mentira; perdão, ofensa, vingança; honesto, corrupto, corruptor, desonesto; legítimo, falso; transparência, ocultação; sinceridade, simulação; amor, ódio; igualdade de opinião, preconceito.
                Ideológica e politicamente revisada, a palavra valor comporta sistemas antagônicos: democracia, comunismo (partido único); liberal, ditatorial; capitalismo, socialismo; presidencialismo, parlamentarismo. E tantos absurdos hoje considerados meios normais para se obter vantagens indecorosas. Isso se chama subversão de valores, uma tática utilizada pela esquerda para fragilizar as instituições. Infelizmente, os poderes da República estão sob a responsabilidade de pessoas envolvidas em atos comprometedores aos interesses nacionais. Assim, não será fácil desfazer-se de vícios que se arraigaram nos costumes de um povo mal informado e submetido a um processo de lavagem cerebral. A subversão dos valores age ao sabor de interesses ideológicos. A democracia foi adaptada aos partidos de esquerda, que a utiliza para justificar objetivos que os levariam ao poder, em caráter permanente. Isso é fácil de explicar: um país com 31 ministérios — há pouco tempo eram 39 — e 32 partidos políticos registrados no TSE, tudo é possível. Destes, 28 elegeram deputados em 2014. Essa pulverização partidária torna a representação política cada vez mais fragmentada e perigosa. A corrupção age solta. Já nos habituamos a achar tudo normal. Os partidos de esquerda, comunistas e socialistas comunizantes, são expressivamente representados.
Vejamos o que se passa na atualidade: o recesso parlamentar só termina em fevereiro de 2016. Mas nem por isso coisas estranhas e escabrosas deixam de acontecer. As intenções são dissimuladas. Distorcem a história e impõem o que bem entendem, utilizando-se da educação e meios culturais disponíveis na arte de se empregar os antivalores.
No artigo anterior nos referimos ligeiramente sobre dois fatos que comprovam que as metas previstas no Foro de São Paulo continuam em pleno vapor. A entronização do Sr. Leonel Brizola no livro de “Herois da Pátria” confirma a meta prioritária de fustigar e desmoralizar aqueles que impediram a macabra tentativa de se instalar o comunismo, já por tantas vezes tentado e fracassado. Mas a audácia não tem limite. A presidente Dilma sancionou lei, aprovada pelo Congresso Nacional, que modifica arbitrária e escandalosamente o tempo necessário para que uma ilustre personalidade, com feitos que dignifiquem o País, interna e internacionalmente, possa ser considerado “Heroi da Pátria”: de 50 anos após a morte para 10 anos. Como se vê, apesar de aparente calmaria, fatos escabrosos continuam acontecendo normalmente, como se fossem atos de rotina.
                Sem nos determos à intentona comunista de 1935, uma nódoa que jamais será apagada, o comunismo nunca deixou de ser uma ameaça constante. Dizer-se que isso é uma balela é bom motivo para justificar a nossa tolerância para com os desmandos que nos aterrorizam e nos levaram ao fundo do poço a que fomos atirados. E mesmo assim estão aí a procurar motivos comprobatórios para proceder ao desmanche de quadrilhas que usurparam o patrimônio público nacional, conduzindo o País ao descrédito. As consequências, infelizmente, prometem muito mais para o ano que se inicia.
                O desmanche do que aí está só se concretizará com o prosseguimento das investigações das Operações Lava Jato e Zelotes, sob a orientação do Juiz federal Sérgio Moro, que sabe aonde quer chegar. No entanto, pode sofrer intervenções dissimuladas que venham influir no processamento dos objetivos programados. O núcleo dos poderes, atual e anterior, já são alvos de investigações. O ex-presidente Lula é intimado a depor na Justiça Federal, como convidado, o que o fez no dia 17 de dezembro de 2015 e 06 de janeiro de 2016. A delação premiada vem surtindo efeitos jamais imaginados.  
                Diante do quadro atual, de desespero e desesperança, é fácil deduzir que o dragão da crise trouxe consigo a dissimulação do crime, da moral, dos costumes e da indomável vontade de perpetuar-se no poder. O que assistimos pela mídia, fundamentados na atual realidade, colocou-nos no dever de comentar sobre assuntos aptos a serem examinadas por pessoas desejosas de encontrar saída honrosa a uma tensão social explosiva. Não há como descrever a explosão de ódio contido nos movimentos de protestos, na falência do sistema penitenciário, na guerra entre quadrilhas de tráfico de drogas, nos desmantelamentos oriundos de assaltos a agências bancárias, enfim, na insegurança acrescida da impunidade. Para sintetizar este estado de intolerância, apelo para a frase lapidar de Rui Barbosa:  De tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantar-se o poder nas mãos dos maus, o homem chega a rir-se da honra, desanimar-se da justiça e ter vergonha de ser honesto.”  (Rui Barbosa).
Enquanto isso o terrorismo continua abalando o mundo e a natureza cobrando o dízimo da incúria humana.
Nota Renovadora
O livro Brasil em Crise versus Brasil Esperança refere-se a uma síntese histórica dos livros “Mosaicos da Sociedade Brasileira”. Este livro, de pequena tiragem, se encontra na Editora aguardando o momento mais propício para distribuição.
     Os livros “Mosaicos da Sociedade Brasileira” estão em fase de editoração. Dada a atual situação do País não há mais como postergar a publicação destes livros, uma vez que foram escritos na década de 1980 para um tempo futuro e incerto quanto à data, mas explícito quanto aos acontecimentos. E o tempo chegou. As coincidências não deixam dúvidas. 

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