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Caos dissimulado

                              170ª Comunicação
Primeira Quinzena de Julho de 2019 - Dados sobre a propalada reforma da previdência, uma novela de mau gosto:
No dia 10 de julho de 2019, finalmente, foi aprovado o texto base da PEC da Previdência, com um placar de 379 a favor e 131 contra. No dia 11 de julho continuou a inútil maratona para apreciação dos destaques. O que é de se lamentar em tudo isso são as tramoias e barganhas de favores concedidos aos senhores deputados, num total de R$ 4,3 bilhões. É o tal do “toma lá dá cá” da apodrecida política antiética que predomina nos poderes da República. A quantidade de exceções incluídas no texto torna a PEC uma fonte de privilégios, pois permite aos senhores deputadosexecutar seus projetos visando às próximas eleições. O que o país necessita é de medida urgentíssima para estancar a sangria que a Previdência provoca. Disso ninguém se lembra. O número elevado de desempregados onera os gastos da previdência. 
  Outros inqualificáveis absurdos demonstram uma total falta de planejamento. Planejar exige medidas que atendam à realidade - voltar-se para a real situação que vivenciamos - e não de hipotéticas fantasias, que vão do nepotismo à inércia que embala o caos que presenciamos. 
   Estes alertas são o testemunho do que acontece nas pegadas do tempo. 
     Mas os absurdos continuam: o que se vê é a inversão de valores. A ética e a honra estão sendo substituídas pela mentira deslavada. Esta conduz ao absurdo da imposição do crime hediondo de lesa-pátria. O que vem acontecendo com o Ministro da Justiça, Dr. Sérgio Moro, um dos pilares da maltratada República, é sinal de que estamos num “Caos Dissimulado”. Em conta gotas procura-se atingir a conduta de quem resgatou a esperança de um País, ao combater a corrupção e a lavagem de dinheiro. 
 A trama utilizada é a divulgação de mensagens obtidas através de fraudes. Mas atenção: “quem com ferro fere, com ferro será ferido”. A hora é de se evitar uma convulsão de efeitos imprevisíveis. 
O que seria (e é) motivo de júbilo da maioria da população consciente em relação ao que se passa, ou seja, o combate ininterrupto à corrupção e lavagem de dinheiro, fonte de todos os males que levaram o País à situação de insolvência, tornou-se motivo da impatriótica situação. 
Segunda Quinzena de Julho de 2019: O primeiro fato de relevância deu-se no dia 16 de julho de 2019, quando o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, paralisou investigações baseadas no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), Receita Federal e Banco Central. Isso é a confirmação do caos a que chegamos. As ameaças de assassinatos de autoridades dos três poderes da República, apesar de não propaladas, aumentam a cada dia. Isso é uma dedução óbvia. Mais uma vez o país terá um fato que repercutirá negativamente no mundo. Ganha a corrupção. 
O (in)previsto está mudando a todo momento. O que era já não é mais. É o destino que determina o que acontece e o que está para acontecer. Situemos no que se passa: no dia 23 de julho de 2019, quatro hackers foram presos e confessaram a invasão criminosa de conversas reservadas que tratavam de assuntos sobre o COAF, referentes ao Ministro da Justiça Sergio Moro e autoridades dos três poderes da República.
A tensão, como era de se esperar, toma novos rumos: os advogados Modesto Carvalhosa e Luís Carlos Crema e o desembargador aposentado Laercio Laurelli protocolaram, no dia 24 de julho de 2019, uma denúncia no Senado com o pedido de impeachment do Ministro Dias Tofolli pelo fato de que não teria reputação ilibada quando foi indicado Ministro do STF, com abundância de provas irrefutáveis. Trata-se de um caso cujas consequências mudam completamente o cenário nacional. É confronto entre o Ministério Público e a Justiça, de efeitos danosos ao país. Agora só o tempo dirá. Esclareça-se que o Ministério Público é regulamentado pelo artigo 127 da Constituição Federal de 1988, e a Justiça Federal pelo artigo 109.
Outro fato de repercussão bombástica e de efeitos imprevisíveis foi a aprovação do pedido de Agrément,pelos Estados Unidos, no dia 30 de julho de 2019, e a forma como se deu a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro para o cargo de Embaixador do Brasil naquele país. Essa decisão será apreciada pelo Senado. Trata-se de mais um polêmico confronto entre os poderes da República, o que comprova o caos dissimulado que ignora a real situação do país. Assim, também, o denominado “Plano Guedes”, no qual se fala de imprevisíveis resultados em dez anos. A sangria que causa a tumultuada “Previdência” exige medidas urgentíssimas. O momento é de se cortar o mal pela raiz e evitar assuntos polêmicos que envolvem os três poderes da República. É bom lembrar as ameaças do terrorismo internacional, como os dois atentados simultâneos que ocorreram no dia 03 de agosto de 2019 nos Estados Unidos. 

Observação: Leia o artigo “Nas pegadas da atualidade”, 1680Comunicação deste Blog, para melhor esclarecimento.
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Oto Ferreira Alvares 

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