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Pesadelo histórico

172ª Comunicação

Estamos vivenciando atualmente um caos simulado em que imperam a mentira, o desprezo aos valores morais e aos direitos humanos. 
      O que se passa no mundo irreal de quem deveria interessar-se pelo País é um crime de lesa-pátria para atender interesses escusos.

ALERTAS:
1)   Ressalto o que se passa na cúpula do poder da República. Todos eles comprometidos com a corrupção e lavagem de dinheiro para atender a interesses próprios: o que se gasta com segurança para proteção de autoridades ameaçadas de serem assassinadas reflete-se na insegurança da população desprotegida. Os absurdos e atrocidades se revezam no cenário caótico de presságios que apavoram.
2)  O governo do Presidente Bolsonaro é um feudo de família, em que as decisões, apesar de um assessoramento qualificado, só serão aprovadas após passar pelo crivo de seu Estado Maior, seus filhos. As regalias a eles concedidas mais parecem fatos de ficção. O que interessa mesmo é protestar, contestar e prorrogar a ausência de um planejamento sério, com base na realidade. Só se fala das próximas eleições. O resultado é o ambiente cada vez mais conturbado. O que interessa é dividir para prosseguir.
3)  Vejamos o que se passa na Previdência. Nada do que se discute trata do essencial: como combater ou resolver de vez a situação de um sistema falido e em constante agravamento, enfraquecendo o Estado, quando a situação exige o seu fortalecimento? Necessitamos, isto sim, de um sistema Previdenciário que resolva definitivamente uma tragédia em plena ascensão. É disso que tratam os livros “Mosaicos da Sociedade Brasileira”, amplamente comentados em artigos anteriores.   Até parece que o objetivo é enterrar a soberania.
4)   O fogo que consome a floresta amazônica é o mesmo fogo que está levando o país ao descrédito perante o mundo. O presidente Jair Bolsonaro, utilizando-se do método de protestar e contestar para prorrogar que a realidade não prevaleça, conseguiu dividir o próprio partido, o PSL (Partido Social Liberal). Depois do desastroso discurso na ONU, sem outra saída, nos dias 18 para 19 de outubro de 2019, viaja justamente aos países que mais combatia, Japão e a China, para tentar desfazer a intenção de exterminar todos os países, na sua concepção, de esquerda ideológica. Na China e no Japão, rompendo a barreira do que seria possível imaginar, declara que ambos ficam dispensados do visto para entrar no Brasil, sem a recíproca exigência. O mesmo ocorreu com os demais países visitados. Até parece que o Brasil é a casa da “mãe Joana”,entra e sai quem quiser. 
Como é de seu costume passar pelo que não é, já concorda com o socialismo e parabeniza a reeleição do presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa. A Argentina já dá o que pensar. Tudo o que vier pela frente não será novidade.
5)   Para incentivar a economia na floresta amazônica, na opinião de quem entende do assunto, não é preciso derrubar uma só árvore, nem criar atritos com a população originária da floresta. Basta apenas incentivar a industrialização dos produtos locais, com o fim de abastecer o mercado interno e, principalmente, exportação de tantos produtos pouco conhecidos. Cita, como exemplos, o cacau e o açaí, hoje já comercializados. Para isso temos a EMBRAPA. Outras atividades virão com o tempo.
Os exemplos de deslumbramento de tornar o Brasil o país mais bem sucedido do mundo estão aí como exemplos. A Vale do Rio Doce é um deles: o minério abastece economias multinacionais e o que nos resta são problemas de toda ordem. A extração de ouro de Serra Pelada, que elevaria o País a uma potência mundial, contrasta com a situação atual. A Petrobras é o exemplo mais recente. A reserva de petróleo do Pré-sal, atividade lucrativa e em plena atividade, está prevista para ser leiloada. 
6)  Três vultos se sobressaem na nossa história, cada um segundo circunstâncias no tempo e atividades que desempenharam: José Joaquim da Silva Xavier, o Tiradentes, o filho da liberdade, que deu sua vida sem trair companheiros; o Imperador Dom Pedro II, exemplo de humanismo. Foi pródigo em obras e atividades que visavam fortalecer a Unidade Nacional e direcionar rumos que contrariavam aqueles que tinham no trabalho escravo a discriminação que os diferenciavam de outras raças. O outro vulto que se destaca no tempo é Duque de Caxias, na atuação em diferentes atividades que desempenhara: como combatente destacava-se na liderança pelo exemplo; mas o que mais o dignificou em situações diversificadas foi, sem dúvida, como Pacificador. Seu testamento, que está  transcrito em anexo, bem o define.
7)   A nossa história, no entanto, registra centenas de homens e mulheres que enalteceram o Brasil no conceito mundial. A mais recente é a Santa Dulce dos Pobres, em Salvador – BA. Outros nomes, ainda, se sobressaem como exemplos que tiveram ressonâncias em variadas atividades. Citemos alguns exemplos: Rui Barbosa, o Águia de Haia. Foi ele o fundador da Academia Brasileira de Letras (1897), ocupando a cadeira número 10, e seu presidente durante os anos de 1908 a 1919; Barão do Rio Branco que, como ministro das Relações Exteriores do governo Rodrigues Alves, negociou, pelo Tratado de Petrópolis, em 1903, o Território do Acre em troca de dois milhões de libras esterlinas e construção da ferrovia Madeira – Mamoré; Santos Dumont, o pai da aviação e criador de tantos artigos úteis, como relógio de pulso,  e o chuveiro de água quente; Juscelino Kubitschek de Oliveira, o JK, com as suas famosas metas de 50 anos em 5, cuja principal foi a construção de Brasília; no esporte, Edson Arantes do Nascimento, cognome de Pelé, nome que o consagrou mundialmente.
8)   A Constituição de 1988 possui mais de cem emendas, isso sem se referir aos PECs, que são as preciosidades do momento. 
Essa balbúrdia constitucional incentivou a instalação de um caos simulado, com o Supremo Tribunal Federal, STF, facilitando o que vivenciamos: um governo em plena campanha eleitoral (feudo de família) e até mesmo a libertação daquele que levou o país ao descrédito, o ex-presidente Lula. Mas o maior dos vergonhosos absurdos são as artimanhas utilizadas para desmoralizar o ministro Sérgio Moro e, em consequência, a operação Lava-Jato. A corrupção, lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícitos e outros tantos crimes lesa-pátria são produtos do que se passa.

Aqueles que agem destemidamente a favor do maltratado Brasil ainda são exceções. Atualmente, neste período conturbado de transição, destaca-se o nome do ex-comandante do Exército, General Villas Bôas, como exemplo de extremo amor ao Brasil, hoje tão carente de lideranças. Mesmo tendo que enfrentar os reveses que o destino lhe impôs, suas decisões são essenciais para dar rumo ao país. Seu devotamento ao Brasil o consagra como um dos heróis do século XXI. 
Não podemos esquecer dos anônimos heróis da Força Expedicionária Brasileira (FEB), pouco divulgados.
Vivenciamos mais um pesadelo histórico. Os Guardiões da Pátria estão atentos ao que se passa.


Oto Ferreira Alvares 

ANEXO:
O Testamento de Caxias (transcrito do Jornal Inconfidência no 267 – Agosto/2019.
“Em nome de Deus, Amém”

       Eu, Luiz Alves de Lima, Duque de Caxias, achando-me com saúde e meu perfeito juízo, ordeno o meu testamento, da maneira seguinte: sou católico romano, tenho nesta fé vivido, e pretendo morrer.
     Sou natural do Rio de Janeiro, batizado na freguesia de Inhamerim. Filho legítimo de Marechal Francisco de Lima e Silva, e de sua legítima Mulher, dona Mariana Cândida Bello de Lima, ambos já falecidos.
          Fui casado a face da Igreja com a virtuosa dona Anna Luiza Carneiro Viana de Lima, Duquesa de Caxias, já falecida, de cujo matrimônio restam dois filhos que são Luiza e Anna, as quais se acham casadas; a primeira com Francisco Nicolas Carneiro Nogueira da Gama, e a segunda, com Manuel Carneiro da Silva, as quais são minhas legítimas herdeiras.
  Declaro que nomeio meus testamenteiros, em 1º lugar, o meu genro Francisco Nicolas, em 2º meu genro Manoel Carneiro, em 3º meu irmão e amigo, o Visconde de Tocantins, e lhes rogo que aceitem esta testamentária, da qual só darão contas no fim de dois anos.
          Recomendo a estes que quero que meu enterro seja feito, sem pompa alguma, e só como irmão da Cruz dos Militares, no grau que ali tenho. Dispensado o estado da Casa Imperial, que se costuma a mandar aos que exercem o cargo que tenho.
         Não desejo mesmo, que se façam convites pro meu enterro, porque os meus amigos que me quiserem fazer este favor, não precisam dessa formalidade e muito menos consintam os meus filhos que eu seja embalsamado.
        Logo que eu falecer deve o meu testamenteiro fazer saber ao Quartel General, e ao ministro da Guerra que dispenso as honras fúnebres que me pertencem como Marechal do Exército e que só desejo que me mandem seis soldados, escolhidos dos mais antigos, e melhor conduta, dos corpos da Guarnição, pra pegar as argolas do meu caixão, a cada um dos quais o meu testamenteiro, no fim do enterro, dará 30$000 de gratificação.
       Declaro que deixo ao meu criado, Luiz Alves, quatrocentos mil réis e toda a roupa do meu uso.
          Deixo ao meu amigo e companheiro de trabalho, João de Souza da Fonseca Costa, como sinal de lembrança, todas as minhas armas, inclusive a espada com que comandei, seis vezes, em campanha, e o cavalo de minha montaria, arreado com arreios melhores que tiver na ocasião da minha morte.
           Deixo à minha irmã, a Baronesa de Suruhi, as minhas condecorações de brilhantes da ordem de Pedro I como sinal de lembrança e a meu irmão, o Visconde de Tocantins, meu candeeiro de prata, que herdei do meu pai.
     Deixo meu relógio de ouro com a competente corrente ao Capitão Salustiano de Barros Albuquerque, também como lembrança pela lealdade com que tem me servido como amanuense.
          Deixo à minha afilhada Anna Eulália de Noronha, casada com o Capitão Noronha, dois contos de réis. Cumpridas estas disposições, que deverão sair da minha terça, tudo o mais que possuo será repartido com as minhas duas filhas Anna e Luiza, acima declaradas.
          Mais nada tenho a dispor, dou por findo o meu testamento, rogando as justiças do país, que o façam cumprir por esta a minha última vontade escrita por mim e assinada.

Rio de Janeiro, 23 de abril de 1874 –







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