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Revendo o já revisto

                                      173ª Comunicação
       Quando o presidente Bolsonaro fala, o País abala.
  No dia 06 de novembro de 2019, como estava previsto, realizou-se o tão aguardado leilão do petróleo do pré-sal. Esperava-se uma arrecadação de R$ 106 bilhões e maior número de participantes. No entanto, do que se esperava, foram arrecadados 70 bilhões, oferecidos pela Petrobras, que se associou a dois grupos chineses. Duas áreas não tiveram concorrentes. Nada que é feito com pressa, atropelando o tempo, dá certo. Os exemplos estão aí para serem contrariados.
  Os fatos, que se revezam a cada dia, surpreendem pela imprevisibilidade. O caos a que chegamos ultrapassa todos os limites imagináveis. Vejamos os que mais sobressaíram: 
No dia 07 de novembro de 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF), por voto de desempate do presidente da Corte, Dias Toffoli, proíbe a prisão de condenados em segunda instância e opina que esta decisão seja revista pela Câmara dos Deputados. Aqui se inicia uma fase perigosa, de ideias e de confrontos. Os insultos partem dos dois lados, com palavras ofensivas que não correspondem ao que se espera de autoridades.
   No mesmo dia 07, na parte da tarde, as portas das prisões foram abertas para réus sentenciados pela Operação Lava-Jato. Ao se ver livre, como se esperava, o ex-presidente Lula, em discurso e entrevistas, passou a proferir ofensas aos seus opositores, com fim de agitar “a massa”. O governo do presidente Bolsonaro e o ministro da Justiça, Sérgio Moro, foram os alvos preferidos. Aqui há de salientar que movimentos em defesa do ministro Sérgio Moro foram realizados em todo o país. Vestidos de verde e amarelo, o “Sai para a Rua” esteve presente nas capitais e nas principias cidades do país. O mesmo aconteceu com os adeptos de Lula, nos redutos da esquerda ideológica e com partidos de políticos interessados. Mas o que mais marcou o dia foi o discurso do ex-presidente Lula, proferido na sede do Sindicato dos metalúrgicos no ABC Paulista. Nele, com as palavras “quero saber se ...”, fez uma análise do atual governo, com palavras ofensivas, deduzindo que o presidente Bolsonaro está na contramão dos interesses da soberania nacional. Não faltaram acusações, não só ao presidente, mas também aos seus filhos. Dedução: as duas extremas ideológicas (esquerda e direita) são igualmente desastrosas e tem o mesmo objetivo: sustentar um populismo que ignora a realidade. Vivenciamos dias decisivos para dar rumo ao país. Não há uma só atividade de governo que não tenha problemas insolúveis. A hora é de por ordem na desordem e só depois pensar no que se deve fazer. O erro é a hipótese provisória do acerto. Persistir no erro é fanatismos. Basta de traições!
   No momento, o que mais chama a atenção é a reunião do BRICS: o Brasil pela segunda vez, recebe os países do BRICS (Brasil, Russia, India, China e Africa do Sul). A primeira reunião se deu em 10/05/2017 e foi realizada no Auditório da UnB. Quem vos fala é pai de quem representou o Brasil entre os representantes dos demais países. O ambiente agora é diferente. O BRICS tornou-se função da mais alta cúpula que representa esses governos. No dia 13 de novembro aconteceu a reunião do BRICS, com assinaturas do presidente Bolsonaro e o presidente do governo chinês, Xi Jinping. Foram assinados nove atos que ampliam a parceria entre os dois países. Como sempre, continuamos sendo a casa da “mãe Joana”, entra e sai quem quiser. O Brasil corre o risco de ser uma colônia chinesa, se não tomar as decisões de fortalecimento do país, uma vez que necessita reforçar o Estado e não o depreciar. É bom refletir sobre essa possibilidade.
  Outro desastroso episódio que reflete o estado de caos em que se encontra o país, deu-se justamente nos dias em que os representantes do BRICS tratavam de assuntos que os levaram a realizar a presente reunião. Trata-se da invasão da representação venezuelana em Brasília. 
   O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, transferiu sua residência para o Mexico, país que lhe concedeu asilo e, de lá para a Argentina, a sua nova residência. É um bom exemplo de como se encontra a América do Sul. A Bolívia é o país mais atrasado e com o maior número presidentes que se revezam através de golpes.  
   Assim, não seria o Brasil a única exceção. De frustação em frustação só piora a situação. Muda-se de nome como se muda de roupa, embora o corpo continue sujo. Só aparência. O antigo COAF passa a se chamar Unidade de Inteligência Financeira (UIF); o presidente Bolsonaro continua criando confusão: está em plena campanha eleitoral, criando novo partido (Aliança pelo Brasil). Sempre passando pelo o que não é. Assim, o caos se consolida. Religião e política são inconciliáveis.  
A sequência de acontecimentos tidos como lesa-pátria denigrem progressivamente a imagem do Brasil no exterior, o que nos leva a reiterar a necessidade de se fortalecer o estado com os meios próprios, tantas vezes comentados em artigos e “alertas” deste blog.
Na disputa do cabo de guerra sempre vencem os mais fortes. Não temos outra saída a não ser resolver os problemas internos e só depois pensar em assumir compromissos externos. Deduzindo: só tomar decisões após solucionar os indefinidos problemas, até aqui, insolúveis. Basta de promessas sem fundamentos.
   Um fato com consequência que eleva a temperatura da desordem aconteceu no dia 27 de novembro de 2019. O ex-presidente Lula sofre mais um golpe: foi condenado a 17 anos, 1 mês e 10 dias pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) em processo relacionado ao sítio em Atibaia/SP. É mais um fato que contribui para promover manifestações com fins de tumultuar um ambiente cada vez mais tenso. O ex-presidente Lula não poderá ser preso enquanto houver possibilidade de recursos. A “falida democracia “tudo permite. 
    O mês de dezembro inicia com uma notícia preocupante: a sobretaxa que o governo americano impôs ao aço e alumínio produzidos no Brasil resulta da política de tudo conceder sem a reciprocidade devida. As frustações sucessivas fazem com que as crises cada vez mais se aprofundem.
   A ativista ambiental sueca Greta Thunberg, faz referência ao que acontece na floresta amazônica, com repercussão mundial.
   Chegou a vez da Sociocracia (governo da sociedade organizada), pois a palavra povo foi desmoralizada (povo, povinho, povão ...). É disso que trata o terceiro livro dos Mosaicos da Sociedade Brasileira. Nestes livros há muitas surpresas.
  O descrédito do país, que repercute no exterior, não há como justificar.
  No mais é só aguardar o que o destino reserva ao país, conforme o que trata a única certeza: a intervenção dos Guardiões da Pátria.

    Atenciosamente,

    Oto Ferreira Alvares

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