180a Comunicação
O verbo atualizar, aqui empregado, abrange fatos e fatores que correspondem ao lema: vivamos o presente voltados para o futuro, mas com os pés no passado.
O que aqui veremos não tem a pretensão de apresentar nenhuma novidade. Dadas as condições de caos acumulados no decorrer do tempo, sempre aprimorados, chegamos ao pico do irremediável.
O livro “Radiografia de uma nacionalidade desnuda”, publicado no ano 2000, trata de artigos publicados em jornais. O que veremos é uma síntese de uma série de seis artigos sobre Municípios comentados nos Mosaicos da Sociedade Brasileira e reproduzidos no referido livro. O período que atravessamos, ano de 2020, marcado pelos trágicos efeitos do coronavírus e ameaçado por crises políticas, econômicas e sociais sem precedentes, exige que novos rumos sejam tomados. Mudar de rumo significa atacar as causas nas suas origens.
O Munícipio é a menor parcela territorial do país com autonomia política e administrativa, com representação dos três Poderes da República: Executivo, Legislativo e Judiciário. O que propõe a Sociocracia, Governo da Sociedade, nos livros que tratam de um novo regime político, Mosaicos da Sociedade Brasileira, tem por objetivo fortalecer regionalmente os Municípios, criando condições para corrigir mazelas seculares, geradoras de uma infinidade de obstáculos que impedem implantar um desenvolvimento harmônico. A democracia foi descaracterizada.
Infelizmente não há transparência – na verdade há muitas distorções - em relação ao que se passa nos bastidores da economia, com reflexo no social, sobretudo no desemprego, na violência, na miséria, utilizados para beneficiar políticos inescrupulosos, e outros tantos motivos que compõem um quadro de caos planejado: o que dizer da inflação dissimulada, da corrupção e da desigualdade social?
Como exemplo, entre tantos outros, dessa trágica realidade, citamos a Previdência Social. Se já era insuportável a crescente dívida acumulada nos últimos anos, o que dizer do que se passa na atualidade? Os cortes nas aposentadorias, ignorando o direito adquirido, é o que sempre prevaleceu.
Atualmente, após uma reforma repleta de privilégios, aliada ao desemprego causado pela famigerada política de enxugamento do Estado, sem que fossem observadas as devidas consequências, além das ameaças de privatizações de empresas essenciais ao desenvolvimento sustentado, a situação tornou-se insuportável.
Com as sucessivas crises causadas pelo coronavírus e com a situação política que posterga o prosseguimento de investigações, tais propostas de privatizações só inviabilizam a retomada do desenvolvimento.
O tempo, senhor do destino, é a única esperança de que dias melhores virão. Até lá, sigamos o que recomenda a ciência.
Tenho afirmado em artigos deste blog que a Previdência não é problema, mas solução. Leia o artigo ”Nas Pegadas da Atualidade” , 168a Comunicação, e certifique-se.
Termino este artigo com uma observação: o “Fazer sem querer” deve ser substituído pelo “Querer e fazer”.
Atenciosamente,
Oto Ferreira Alvares
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