Nesse ambiente caótico, os incentivos à corrupção e lavagem de dinheiro pouco chamam a atenção. A Operação Lava-jato foi simplesmente desativada para que crimes hediondos e de lesa-pátria caíssem no esquecimento. Os antivalores humanos, éticos e sociais conseguiram unir os dois extremos inconciliáveis, esquerda e direita, pois ambos estão no mesmo barco. Um barco que navega numa lagoa de esgoto.
A esperança por melhores dias, após uma travessia em que a corrupção, lavagem de dinheiro, rachadinhas e outros barbarismos inqualificáveis estão no topo dos acontecimentos, ressurge na voz do povo, que ressoa, como um alerta, para reverter esse estado de caos provocado. Nos momentos de crises consideradas de difícil saída, sempre aparecem lideranças que se colocam como vanguardeiros do restabelecimento da ordem, voltadas para os interesses nacionais, interrompendo a série de absurdos que levariam a uma ruptura institucional. O Supremo Tribunal Federal (STF) tem lutado para amenizar tantos crimes hediondos e de lesa-pátria. Mas nada vem fora do tempo.
O que acontece com a Operação Lava-jato pode ser comparado ao que ocorre com a vida humana: o corpo é perecível, mas a alma, ou espírito, é eterna. Assim também acontece com a Lava-jato: o que representa como combate à corrupção, lavagem de dinheiro e tantos crimes de lesa-pátria, ressurgirá com o vigor de um novo Sansão, cujo poder descomunal concentrava-se nos cabelos. No caso da Lava-jato, este poder descomunal está presente na voz do povo. O tempo é o senhor do destino.
Novos rumos
Do livro “O Real e o Místico no Cadinho da Vida”- Volume III, publicado no ano de 2013, transcrevo um pequeno texto que justifica este subtítulo:
“Conjugue-se esse Estado anômalo com a crise que se arrasta desde o ano de 2008, uma crise sem precedentes, cujos efeitos podem desestruturar a economia global, da qual fazemos parte e dela dependemos em demasia.”
O setor previdenciário é outro gargalo que deve ser combatido: a Previdência Social anda esquecida, uma vez que não se propagam o que se passa nos bastidores dos Poderes da República, onde não se leva em consideração a realidade de um país que está isolado do mundo. Se já era insuportável a crescente dívida acumulada nos últimos anos, o que se dirá do que se passa com a Previdência Social nesses tumultuados dias de uma realidade de caos dissimulado?
Diante de tantos absurdos, o momento é de se lembrar de fatos que atuam como veneno aos brios de uma nacionalidade desnuda.
O mês de fevereiro/2021 se despede num ambiente nada promissor: um fato que desmoraliza e reflete um clima de descrédito na maioria dos deputados, repercutiu como uma bomba de efeito vexaminoso; trata-se da PEC 3/2021, apelidada de ˜PEC da Imunidade”, uma retaliação à ordem de prisão do Deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), determinada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes. “Quem com ferro fere, com ferro será ferido”.
A cada dia, novas surpresas. Na tarde do dia 08/03/2021, o Ministro Edson Fachin, numa decisão monocrática, anula as condenações em que o ex-presidente Lula fora condenado pela Operação Lava-Jato, o que o permite candidatar-se nas próximas eleições. Tal absurda decisão será submetida a recurso pela Procuradoria Geral da República. Caberá ao plenário do STF a decisão final. STF=Suspeição ou traição aos interesses nacionais?
Jogo de palavras – As palavras pátria, família, honra, ética, verdade, fraternidade, responsabilidade, igualdade social, seriedade, e tantas outras, compõem um conjunto de virtudes que se resume numa única palavra: honestidade. Honestidade + solidariedade = Paz de espírito.
Para refletir - A situação é tão grave e confusa que alguns absurdos devem ser lembrados: o País se encontra isolado do mundo; o orçamento é peça de ficção; o desemprego traz consequências trágicas; a miséria cresce em ritmo alarmante; o Exército está dividido. Diante desse quadro tão descomunal, lembrei-me do Breviário de Conduta, do General Francisco Batista Torres de Melo, ao citar os versos de Ouro de Pitágoras. Duas citações me chamaram a atenção: 1) “Pensa e delibera antes de agir, para que não cometas ações tolas, porque é próprio de um homem miserável agir e falar impensadamente” (Nos 28 e 29). 2) “O que quero dizer com a palavra moderação é que os extremos devem ser evitados” (N0 35).
O General Div. Torres de Melo, no Comando da 12ª Região Militar (Manaus – jan/1983), dirige aos seus comandados com o Breviário de Conduta, com 48 itens. Transcrevemos alguns como exemplos: N0 9- Não traias, nem te acovardes, diante dos prepotentes. Impõe-lhes tua força moral; N0 21 – Não transijas com a opressão nem com a violência. Combate-as sempre; N0 42 – Não zombes dos fracos, nem temas os fortes. Ajuda aos primeiros e enfrenta os segundos; N0 48 – Nunca te esqueças dos deveres éticos de justiça e de caridade: “Não faças a outrem o que não desejarias que te fizessem”. “Faze a outrem o que desejarias que te fizessem.”
Uma lembrança Oportuna
O Brasil possui um Código de Ética Pública, com repercussão internacional. Trata-se do Código de Conduta da Alta Administração Federal – Notas Complementares e Legislação Correlata. Esse Código de Ética Pública é o instrumento que atende aos anseios de uma população que se sente marginalizada.
Passar pelo que não é, não apaga o que sempre foi.
“Nada há em encoberto que não haja de revelar-se, nem oculto que não haja de saber-se (Mt. 10:26).”
Saúde e paz de espírito são os nossos sinceros votos.
Atenciosamente, Oto Ferreira Alvares
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