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Uma Trágica Realidade – 187ª Comunicação

                   O poder da fé é a fonte do socorro: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei”- Mateus, 11:28.

        A perda de um ente querido, em quaisquer circunstâncias, é motivo de um abalo emocional passageiro a uma ausência definitiva de quem está ligado por afinidades de vínculos familiares ou de amizades. É o que expressa a palavra mágica SAUDADE. Já no caso da morte causada pelo coronavírus, essa ausência definitiva é diferente, por ser ela causada pelo sofrimento, isolamento e, principalmente, por uma temeridade do contágio, sem que se saiba a intensidade de sua atuação. Só quem perde uma pessoa da família sabe o que isso representa. Isso se dá num ambiente em que o coronavírus continua ceifando vidas e desestabilizando economias.

     O momento é de dúvidas e incertezas quanto ao que acontecerá no dia de amanhã, período em que o coronavírus vai driblando a ciência com novas cepas, cada vez mais ameaçadora. Veja-se, quanto a isso, a intensidade de mortes. Assim, o momento é de se criar novos hábitos que fortaleçam a esperança por melhores dias. Lembremo-nos que temos recursos para evitar o pânico. Uma das recomendações é que “o fazer sem querer“ seja substituído pelo “querer e fazer”. Tudo na vida tem as suas limitações. O que assistimos na atualidade são fatos que há muito ultrapassaram a faixa dos limites da tolerância e adentraram no campo da ficção, em que os antivalores predominam: quem deveria perder são os beneficiados; quem deveria ganhar são perdedores explorados pela audácia de corruptos e criminosos hediondos. A continuar como está, o país caminhará com passos largos para o abismo de uma ruptura institucional. Diante desse quadro de tantas indagações e incertezas, em que prevalece a antipolítica de contestações de um populismo ultrapassado, chegou a vez de rever as várias oportunidades perdidas para corrigir males crônicos, que evoluíram até chegarmos ao caos dissimulado. 

    Crises Após Crises: Repassemos alguns desses absurdos, que exigem sejam erradicados para sairmos deste estado deplorável: um país rico, onde a miséria e falta de condições mínimas de sobrevivência se alastram de uma maneira cruel e vergonhosa. 

         Este regime político com 33 partidos, não há como chamá-lo de estado democrático de direito. Isso num período em que as emendas constitucionais vão além de uma centena. A hora é de mudar de rumo.

        No dia 23/03/2021, a segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento do Habeas Corpus apresentada pela defesa do ex-presidente Lula, declarou parcialidade (suspeição) do ex juiz Sérgio Moro. O que parece ser um fato normal pela insignificância do que é solicitado (tríplex do Guarujá), abre uma porteira por onde passarão corruptos, corruptores e criminosos hediondos. O fato é lamentável e causa tremenda decepção! O STF sai com a imagem desgastada pela atuação de ministros que macularam seus nomes para a história, num período tão conturbado.

         O que representou a Operação Lava-Jato, presidida pelo ex-juiz Sérgio Moro, foi abordado no artigo anterior (12/03/2021), com os dados disponíveis à época. Este artigo dá continuidade ao mesmo. Dele, transcrevo uma frase que bem define a confusa situação por que passamos: “STF = Suspeição ou traição aos interesses nacionais?”.

       Pesadelo Histórico: Em mensagem do filósofo Sêneca, em “Aprendendo a Viver”, encontramos conselhos para evitar o desespero: 

       “De todos os males que parecem infundir temor, nenhum é invencível”;

         “Caso tivesses perdido um amigo, a maior das perdas, deverias mesmo assim ficar feliz porque o tivestes, e não porque o perdeste.”;

      “Prepara o teu espírito contra o destino, para que prevejas seus golpes não como possíveis mas, com certeza, vindouros. Passa bem!”.

      São 31 mensagens. Essas poucas que escolhemos são apenas exemplos que contemplam um período de sofrimento, desespero e inconformismo por que passa esse judiado Brasil. A última mensagem escolhida nos leva a uma dedução: vivenciamos um período em que o ilusionismo surge como um peso de compensação. A ilusão passa a ser regra para mudar o destino, e este é imutável! “Cutucar cachopa de marimbondo com vara curta é abreviar os golpes do destino.”

         Nos últimos dias do mês de março, deu-se o que foi visto como “dança das cadeiras”. Uma surpreendente reforma ministerial abrangendo seis ministérios: Secretaria de Governo; Justiça e Segurança Pública; Defesa; Casa Civil; Relações Exteriores e Advocacia Geral da União. 

          Com a demissão dos três Comandantes das Forças Armadas, Marinha, Exército e Aeronáutica, no dia 30/03, criou-se um clima insustentável, rompendo com o último apoio que o Presidente Bolsonaro julgava contar. Para resumir essa situação que abala os alicerces da Segurança Nacional, o que pode levar a um caos incontrolável, antevéspera de uma ruptura institucional, o General Santos Cruz disse, em entrevista ao Correio Braziliense, uma frase que bem define a atual situação: As Forças Armadas não são instrumento de intimidação política, pressão política, de projeto de poder pessoal.” 

    O mês de abril inicia com uma boa notícia, coisa rara nesse período de pandemia. O ex-comandante do Exército, Edson Pujol, demitido pelo presidente Bolsonaro, e o atual comandante, General Paulo Sérgio Nogueira, em reunião com o ex-comandante Villas Boas, emitiram uma nota com o seguinte texto: “Antigo, atual e o futuro comandante do Exército de Caxias: laços inquebráveis de respeito, camaradagem e lealdade. Exército Brasileiro: braço forte – mão amiga.”

   Presente de Páscoa para amenizar o clima de temeridade e pânico.

     O que teremos pela frente, só o Destino dirá. 

          Alerta: Diante de um quadro temeroso e inevitável, por dever de consciência, volto a transcrever a mensagem recebida num momento de relaxamento e reflexão: 

      “A vida espiritual, nas suas várias condições evolutivas, nunca esteve tão próxima da vida humana, influenciando no livre arbítrio de nossas personalidades: ou para o bem ou para o mal.  A origem do coronavírus vem de um plano espiritual superior, com objetivo determinado: ministrar ensinamentos para corrigir o barbarismo arraigado na consciência coletiva da humanidade. Uma espécie de gangorra, aumentando ou diminuindo conforme os efeitos do aprendizado. Veio para dar novo rumo, evitando trágicas consequências que poderiam tornar inviável a vida no Planeta. “

     Em poucas linhas este texto apresenta tantas informações. Acreditemos ou não, é bom refletir sobre o que representa este momento de dúvidas e incertezas.

   Uma lembrança: os livros Mosaicos da Sociedade Brasileira foram escritos para dar um rumo ao país. Ignorar o óbvio é promover o fracasso.

 

   Saúde e paz de espírito são os nossos sinceros votos. 

 

      Atenciosamente,

      Oto Ferreira Alvares

Comentários

  1. Parabéns meu amigo Oto Ferreira Alvares por mais esta postagem.
    Permita-me, entretanto, discordar de sua posição em relação à demissão dos três Comandantes das Forças Armadas.
    Na realidade, trata-se de uma consequência da justa demissão do Ministro da Defesa, Gen Fernando Azevedo e Silva, que foi omisso em se manifestar em defesa do Presidente da República e por fatos obscuros nos bastidores da política.
    Com a nomeação do General Braga, mais moderno que os Comandantes das três Forças, tornou-se inevitável a exoneração dos mesmos. E nenhum caos ocorrerá por isso, como sempre acontece com as mudanças de comandos militares.
    Além disso, discordo, parcialmente, das palavras do General Santos Cruz, que vem denegrindo sua imagem ao se manifestar contra o Presidente da República, talvez magoado por ter sido demitido.

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  2. Boa noite, Oto, também gostei de sua postagem, mas permita-me o esclarecimento de uma dúvida: se a pandemia veio para corrigir a humanidade dos seus excessos, por que motivo o país de onde ela surgiu, a China milenar, com um quarto, aproximadamente, da população mundial, quase dois bilhões de habitantes, quase não foi afetada pelo vírus? Grande abraço, Jó (Jorge Leite)

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