Diagnóstico e análise de fatos que abalam e promovem confrontos entre os poderes da República e a combalida Democracia.
Inicialmente, é oportuno relembrar que os livros Mosaico da Sociedade Brasileira foram escritos com o objetivo de apontar um rumo ao País, descortinando novas oportunidades para enfrentar problemas tidos como insolúveis.
Nada vem fora do tempo. Estamos atravessando um período nebuloso e incerto, em que os contrastes da sociedade romperam com os fundamentos da realidade e adentraram no vazio da injustiça social.
O país está sendo sufocado por uma crise econômica jamais presenciada, num ambiente em que os antivalores predominam, expostos aos escândalos que se perpetuaram no tempo. Atravessamos um período crítico, isolados do mundo e submetidos aos confrontos da irracionalidade, os quais, ao se contraporem a tudo e a todos, para atenderem vontades que atentam contra a segurança nacional, ignoram princípios básicos da harmonia dos poderes da República.
Atravessamos um período em que os trágicos efeitos do coronavírus e suas mutações se renovam, como que a desafiar os recursos disponíveis pela ciência.
Simultâneas às mortes causadas pelo coronavírus, outras doenças, algumas consideradas extintas, voltam ao palco dos acontecimentos.
Diante de tantos temores, sentimos a necessidade de deslumbrar o caminho que nos conduza rumo ao destino, que tem como complemento natural o que está sintetizado numa frase chave: “Todo efeito tem uma causa.” Levando-se em consideração tantos absurdos, o momento exige reativar valores atropelados pelos indecorosos confrontos entre os poderes da República, em que se sobressai o confronto entre o Executivo e o Judiciário, com ameaças de uma ruptura institucional. O clima litigioso entre doutrinas ideológicas irreconciliáveis torna-se estopim de prováveis confrontos entre grupos antagônicos e os órgãos de segurança, num ambiente de graves ameaças de golpe de estado.
Tudo isso sob a temeridade que causa uma guerra pandêmica, pela invasão da Rússia à Ucrânia, com cometimento de crimes de guerra, segundo autoridades de países indiretamente envolvidos.
Diante de um quadro de dúvidas e incertezas, até o imprevisto é previsto. Assim sendo, volto a relembrar o que se passa atualmente com os dois extremos ideológicos, direita e esquerda, ambos remando no mesmo barco, num confronto de ideias e ações que levaram o Brasil a atual situação: um país privilegiado com riquezas naturais e um povo submetido aos rigores da desigualdade social, em que a miséria, o desemprego, a violência, crimes hediondos e toda a espécie de barbaridades predominam.
Vamos aos fatos:
1) (Transcrito do Artigo 188, de 09 de maio de 2021) - O destaque no dia 10/04/2021 foi a leitura proferida pelo Ministro Nunes Marques. Por mais de 1 hora, relatou o seu voto, discorrendo sobre os antecedentes criminais do ex-presidente Lula. Baseando-se em fatos pesquisados em fontes oficias, relata crimes lesa-pátria, como os rombos nas empresas estatais, fixando-se com mais detalhes na Petrobras. Com base em dados oficiais, discorreu sobre bens patrimoniais do ex-presidente, citando imóveis, com os respectivos registros em cartórios, em nome de sua falecida esposa Marisa, e no seu próprio nome. Quantas fortunas foram desviadas dos cofres públicos para enriquecer familiares e companheiros! Quantos bilhões de reais foram recuperados para a União pela Operação Lava-Jato! Isso dá o que pensar! É bom lembrar que o STF manteve as anulações das condenações do ex-presidente Lula, mas determinou que os processos da Vara Federal Criminal de Curitiba fossem remetidos para a Justiça Federal de Brasília. Isso também dá o que pensar.
2) O que se passa atualmente com o presidente Jair Bolsonaro é o emblemático problema de memória: trata-se do confronto que ele vivencia na atualidade sob um passado marcado por crimes lesa-pátria, que a obscura memória da sociedade não leva em consideração. Aí é que moram os perigos dos confrontos da irracionalidade.
3) Há certos fatos que não podem ser esquecidos, ou sempre lembrados. No Artigo 191 – Radicalismo: Fermento da Discórdia, discorro sobre um fato que merece ser reproduzido. Vamos ao fato: “Uma ameaça que não pode ser ignorada: a revista Veja, edição 2752, de 25 de agosto de 2021, trata de uma entrevista com o ex-ministro da Defesa e da Segurança Pública, Raul Jungnann, durante o governo Michel Temer. Nela, relata fatos que dizem respeito ao que se passa no governo do presidente Bolsonaro, com alerta sobre o momento caótico que atravessamos, que pode ser sintetizado com a seguinte frase: “Ele propõe jogar brasileiros contra brasileiros. No limite, isso tem o nome de guerra civil.” Vamos a um fato que bem define o que se passa. “Pela primeira vez os comandantes da Aeronáutica, Marinha e Exército foram demitidos. Eles não se dobraram... O que motivou a demissão? O respeito à Constituição. Ele chamou um comandante militar e perguntou se os Jatos Gripen estavam operacionais. Com a resposta positiva, determinou que sobrevoassem o STF acima da velocidade do som para estourar os vidros do prédio. Bolsonaro mandou fazer isso, tenho um depoimento em relação a isso. Ao confrontá-lo com o absurdo de ações desse tipo, eles foram demitidos.”
4) Sobre o que que se passou na Cúpula das Américas, em Los Angeles – EUA, encerrada no dia 10 de junho de 2022, com a presença em destaque do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, o discurso por ele lido é um fato emblemático: foi uma preciosidade de intenções dirigidas ao mundo, em que expôs o seu ponto de vista em defesa da atuação de seu governo no combate ao que se passa no desmatamento da floresta amazônica e o empenho em defesa da democracia e prosperidade, econômica e social. Tudo bem, se isso não estivesse na contramão do que acontece, aconteceu e está para acontecer. Aos seus seguidores, o Correio Braziliense, do dia 04 de junho de 2022, publica um chamamento que deve ser levado a sério: “ Peço que vocês, cada vez mais, se interessem por esse assunto. Se precisar, iremos à guerra, mas eu quero um povo ao meu lado, consciente do que está fazendo e de por quem está lutando ”, presidente da República Jair Bolsonaro
O ônus da liberdade é a eterna vigilância.
Obs: Este artigo dá sequência ao meu último artigo.
Atenciosamente, Oto Ferreira Alvares
Parabéns pela postagem deste artigo. Particularmente, coloco em dúvida esta ordem de fazer um voo rasante pelo STF para quebrar suas vidraças. Não acredito nessa versão.
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