Este artigo é uma tentativa de se dar uma visão do que se passa no mundo mergulhado num aterrorizante caos e de um Brasil submetido a um teste de consequências imprevisíveis, uma vez tratar-se de contestações movidas pelo ódio doentio, em que o adversário tornou-se o inimigo a ser atropelado. O fanatismo é produto da irracionalidade. Aí é que está o perigo. O fanatismo, seja ele de qualquer modalidade - esporte, sobretudo o futebol, religioso, racial ou qualquer atividade que haja o pró ou o contra -, leva à irracionalidade, em que o fanático reveste-se de uma paixão odiosa. Nesse caso, a paixão ignora a razão.
Quando se trata de ideologia (esquerda e direita), que tem por objetivo a prática de fatos que contrariam a concepção da fraternidade universal, dá-se início a lei dos mais fortes, tanto no trato de indivíduo para indivíduo, como entre os povos e nações. Assim surge o preconceito, que abrange uma infinidade de atos desumanos, em que o inimigo deve ser destruído ou submetido às vontades dos mais fortes. É a luta pelo poder, com imposições preconceituosas. As ditaduras e as guerras resultam em absurdas consequências, que vão da escravidão à eliminação do inimigo. Surgiu assim, diante de um caos provocado, o nazismo, com a suástica adotada por Hitler como símbolo de seu regime, responsável pelo covarde e cruel assassinato de seis milhões de judeus em campos de concentração. Hoje já se fala em neonazismo.
Vivamos o presente voltados para o futuro, mas com os pés no passado.
O momento que vivenciamos é nebuloso e delicado, uma vez que não há limites nem condições para controlar opiniões contraditórias, regadas pelo ódio. Momento que se impõe pelo arbítrio das contestações provocadas por falsas lideranças, e que nos faz regredir a um passado de triste memória. São crises sobre crises que abalam as frágeis estruturas do estado democrático de direito e acenam para uma ruptura constitucional. O clima é de vinganças, ameaças de morte às autoridades, insegurança dos cidadãos honestos e dedicados ao trabalho profissional, que são vítimas dos mais torpes crimes.
A política ideológica no reduto em que predomina a miséria e a fome é produto da desigualdade social.
No campo político predomina a luta para conservar e aumentar privilégios, em que a corrupção sustenta falsas lideranças.
Dia após dia acontecem fatos que se revezam com o objetivo de tumultuar o ambiente de transição e infernizar a vida da população, que sofre os efeitos temerosos, cada vez mais tendenciosos, da divisão do que foi premeditadamente concebido por fanáticos do “quanto pior, melhor”. Por fim, citamos a inconcebível greve dos caminhoneiros, bloqueando estradas e estacionando em locais estratégicos, contando com a presença de fanáticos bolsonaristas. Ao fim e ao cabo, a população é que sofre os efeitos perversos dessa situação.
Apesar das críticas, os membros do Supremo Tribunal Federal, com coragem e patriotismo, impedem que se instale o caos e a ingovernabilidade. O golpe de estado está presente na mensagem publicada no jornal Correio Braziliense, do dia 04 de junho de 2022: “Peço que vocês, cada vez mais, se interessem por esse assunto. Se precisar, iremos à guerra, mas eu quero um povo ao meu lado, consciente do que está fazendo e de por quem está lutando. “Jair Bolsonaro, Presidente da República.
Só o destino, que é infalível, é capaz de antever o que acontecerá.
O momento é de se observar com perspicácia o desenvolvimento de um caos planejado.
Medidas de exceção são anunciadas.
O imprevisto já era previsto.
Nesse Brasil dividido, só a seleção canarinho, montada no camelo da esperança, tem o poder de trazer a união. Salve a seleção!
Vivamos o presente voltados para o futuro, mas com os pés no passado.
Atenciosamente,
Oto Ferreira Alvares
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