Pular para o conteúdo principal

CONSUMADO O IMPREVISTO, DILUI-SE O PLANEJADO – 198ª Comunicação

                      Este artigo é uma tentativa de se dar uma visão do que se passa no mundo mergulhado num aterrorizante caos e de um Brasil submetido a um teste de consequências imprevisíveis, uma vez tratar-se de contestações movidas pelo ódio doentio, em que o adversário tornou-se o inimigo a ser atropelado. O fanatismo é produto da irracionalidade. Aí é que está o perigo. O fanatismo, seja ele de qualquer modalidade - esporte, sobretudo o futebol, religioso, racial ou qualquer atividade que haja o pró ou o contra -, leva à irracionalidade, em que o fanático reveste-se de uma paixão odiosa. Nesse caso, a paixão ignora a razão.
 
       Quando se trata de ideologia (esquerda e direita), que tem por objetivo a prática de fatos que contrariam a concepção da fraternidade universal, dá-se início a lei dos mais fortes, tanto no trato de indivíduo para indivíduo, como entre os povos e nações. Assim surge o preconceito, que abrange uma infinidade de atos desumanos, em que o inimigo deve ser destruído ou submetido às vontades dos mais fortes. É a luta pelo poder, com imposições preconceituosas. As ditaduras e as guerras resultam em absurdas consequências, que vão da escravidão à eliminação do inimigo. Surgiu assim, diante de um caos provocado, o nazismo, com a suástica adotada por Hitler como símbolo de seu regime, responsável pelo covarde e cruel assassinato de seis milhões de judeus em campos de concentração. Hoje já se fala em neonazismo.
 
Vivamos o presente voltados para o futuro, mas com os pés no passado.
 
        O momento que vivenciamos é nebuloso e delicado, uma vez que não há limites nem condições para controlar opiniões contraditórias, regadas pelo ódio. Momento que se impõe pelo arbítrio das contestações provocadas por falsas lideranças, e que nos faz regredir a um passado de triste memória. São crises sobre crises que abalam as frágeis estruturas do estado democrático de direito e acenam para uma ruptura constitucional. O clima é de vinganças, ameaças de morte às autoridades, insegurança dos cidadãos honestos e dedicados ao trabalho profissional, que são vítimas dos mais torpes crimes.
 
      A política ideológica no reduto em que predomina a miséria e a fome é produto da desigualdade social.
 
       No campo político predomina a luta para conservar e aumentar privilégios, em que a corrupção sustenta falsas lideranças.
 
            Dia após dia acontecem fatos que se revezam com o objetivo de tumultuar o ambiente de transição e infernizar a vida da população, que sofre os efeitos temerosos, cada vez mais tendenciosos, da divisão do que foi premeditadamente concebido por fanáticos do “quanto pior, melhor”. Por fim, citamos a inconcebível greve dos caminhoneiros, bloqueando estradas e estacionando em locais estratégicos, contando com a presença de fanáticos bolsonaristas. Ao fim e ao cabo, a população é que sofre os efeitos perversos dessa situação.
 
            Apesar das críticas, os membros do Supremo Tribunal Federal, com coragem e patriotismo, impedem que se instale o caos e a ingovernabilidade. O golpe de estado está presente na mensagem publicada no jornal Correio Braziliense, do dia 04 de junho de 2022: “Peço que vocês, cada vez mais, se interessem por esse assunto. Se precisar, iremos à guerra, mas eu quero um povo ao meu lado, consciente do que está fazendo e de por quem está lutando. “Jair Bolsonaro, Presidente da República.
 
         Só o destino, que é infalível, é capaz de antever o que acontecerá. 
 
        O momento é de se observar com perspicácia o desenvolvimento de um caos planejado.
 
          Medidas de exceção são anunciadas.
 
          O imprevisto já era previsto. 
 
       Nesse Brasil dividido, só a seleção canarinho, montada no camelo da esperança, tem o poder de trazer a união. Salve a seleção!
 
         Vivamos o presente voltados para o futuro, mas com os pés no passado.
 
          Atenciosamente,
          Oto Ferreira Alvares

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NATAL

  Esta Poesia, escrita num passado distante refere-se a colheita da degradação dos costumes.           NATAL   Chegou dezembro. O ano se esvazia. Renovam-se esperanças do passado. Paira no ar alegres melodias, Evocando os sonhos sepultados.   Vão-se os dias e o Natal já se aproxima. Festas, luzes, tumulto e correria. Neste ambiente de tão ameno clima, O homem se envolve em fantasia.   O interesse mordaz dissipou a fé; A ostentação, em tudo predomina. O feroz consumismo calou até O ateísmo, que ante ele, se inclina.   Entre o profano, o místico e o sagrado, Ocorrem os festejos natalinos. O homem, por esta tríade guiado,  Volta-se novamente ao paganismo.   A árvore de natal, sofisticada, Acabou com sadia tradição.  Papai Noel, figura importada, Cede seu lugar para outra ilusão.   Lembramos do Natal de antigamente, Onde Jesus Menino, pobrezinho, Venerado com amor, ardentemente, No presépio do lar, com mui carinho.   Saúde e esperança por melhores dias, são os nossos votos para que tenhamo

PALAVRAS CHAVES – 211ª Comunicação

    Há certas palavras que podem ser comparadas a uma chave, pela força de sua expressão, com abrangência de interpretações em variadas situações: a favor ou contra.        Não há efeito sem causa. O que vivenciamos atualmente, com tantas tragédias a desafiar a gestão pública, sobressai a palavra solidariedade, como o bálsamo do amor ao próximo. O mundo passa por uma turbulência de temerosas tragédias, na eminência de se tornar a terra imprópria para a vida humana.           O que se passa no Rio Grande do Sul é mais do que uma tragédia. Trata-se de uma hecatombe (massacre de grande número de pessoas; destruição; uma grande desgraça), com reflexo na política, na economia e na segurança.           Após essa introdução, vamos ao que nos interessa. Entre tantas palavras chaves a serem interpretadas, selecionamos as que mais se repercutem no momento: Destino, Liberdade, Democracia e Sociocracia.   DESTINO:    O Destino é algo indefinido, incontestável, incompreendido e inconsequente. No en

EM QUE MUNDO VIVEMOS? – 207ª COMUNICAÇÃO

Não é novidade se dizer que a Segurança Pública está ameaçada pela organização de quadrilhas de toda espécie de insanos criminosos, que vão da tortura nos crimes hediondos aos multigolpes praticados contra a vida de quem vive do trabalho.   Esse clima de terror e medo não acontece apenas no Rio de Janeiro e São Paulo, prolifera em todos os estados. As penitenciárias vêm se tornando faculdades do crime organizado.  A questão de segurança social não é apenas problema de polícia. Algumas medidas têm de ser concentradas no aperfeiçoamento dos aparelhos repressivos               O sistema penitenciário exige novas concepções para que atendam aos requisitos de segurança e humanização dos sentenciados. Exigir novas concepções que atendam aos requisitos para despertar nos presidiários a valorização de sua individualidade. Nada melhor do que ter a oportunidade de receber o apoio familiar e dos amigos. Para atender a essa exigência é necessário criar um modelo de penitenciária que atenda à neces