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UMA LUZ NAS TREVAS DOS CONFRONTOS – 200ª COMUNICAÇÃO

           Independência e neutralidade são palavras essenciais para se buscar a verdade conciliatória, que leva a paz e o respeito àqueles que pensam e agem com propósitos contrários.  Assim nasce e se fortalece o diálogo, produto do amor, que combate o fanatismo do ódio e da intolerância.
    O caminho da verdade, oculta ou não revelada, nos conduz à paz de espírito, à consciência de que somos uma individualidade, e só a ela devemos prestar conta da trajetória de nossa efêmera vida.
        A liberdade é a faculdade de realizar o que desejamos. Acontece que tudo na vida tem regras para impor limites aos desejos e ambições. O querer não é poder.
      A sucessão de fatos que atropelam a paz na sociedade resulta da não observância do combate às causas que lhes deram origem.
      O direito, com suas várias atividades, é o instrumento que tem por objetivo dirimir conflitos entre aqueles que desobedecem às regras impostas pelos costumes. 
No poder judiciário concentram-se as atividades em que se aplicam o Direito, por leis votadas pelo poder legislativo. A Constituição Federal é a última instância a ser recorrida. O Supremo Tribunal Federal representa, na prática, o poder constitucional. Está, nessa afirmação incontestável, uma contradição na aplicação da escolha dos ministros para o exercício de tão elevada missão: a indicação, pelo Presidente da República, às vagas a serem preenchida, fere o princípio de independência e  harmonia dos poderes da República. Esta prática chama-se constitucionalidade ou clausula petrea. O ex-presidente Bolsonaro usou e abusou da inconstitucionalidade para exercitar ameaças e influir na neutralidade, tão necessária para que os ministros do STF relatem os seus votos. O ex-presidente Bolsonaro continua no palco das ameaças.
       A novela das joias, no valor aproximado de R$ 16 milhões, é mais um teste de quem tenta passar pelo que não é. A tentativa de não passar pela Receita Federal dá muito o que pensar. 
O que acontece na obscura governabilidade é a competição entre fatos julgados pela Operação Lava-jato, que tinha como alvo o combate à corrupção. O presidente Lula era o principal investigado, sendo inclusive condenado, além de outras autoridades envolvidas. É nesse clima de confrontos que acontece a invasão de propriedades produtivas pelo MST (Movimento Sem Terra), localizadas na Bahia, que, indiretamente, reflete na opinião pública. Com a volta ao palco dos acontecimentos, o ex responsável pela Lava-jato, agora senador pelo estado do Paraná, Sergio Moro, é nova crise a ser contornada. Resultado: fortalece-se a figura do ministro Alexandre de Moraes e a fortaleza da união dos ministros do STF. 
     O presidente Lula é o legítimo presidente da República, eleito segundo as normas constitucionais. O seu governo sofre do veneno das contradições entre os partidos que o elegeram. Apesar das boas medidas voltadas para combater a desigualdade social, é cobrado pelo seu passado, como a corrupção e a tendência de prestigiar países comunistas, principalmente Cuba de Fidel Castro.
      Se tem tantos obstáculos para cumprir promessas de campanha, tem a seu favor a atuação de sua presença na política internacional: a pacificação de países em guerra. 
       O planeta Terra passa por um momento de trevas em que a competição pela supremacia do poder de decisões envolve três potências bélicas: Estados Unidos e países solidários, a China e a Rússia do presidente Putin, com possível cometimento de crime de guerra na invasão à Ucrânia.
        Estamos passando por um período de sucessivas turbulências, desprovidos de recursos que possam encontrar uma saída segura. Submetidos a uma série de solavancos, não há como reativar a esperança de melhores dias. Acontece que a razão tem razões que a própria razão desconhece. A busca da verdade conciliatória está na força do pensamento positivo: a esperança.
      Quando tudo parece perdido surge a força do imprevisto. O momento atual é de crises que se sobressaem a outras crises. Vamos aos fatos mais recentes: tenho acompanhado, nas pegadas do tempo, uma sucessão de crimes lesa-pátria, que abalam os fundamentos constitucionais da cláusula pétrea. Vejamos alguns:  
- A presença do ex-presidente Bolsonaro nos Estados Unidos, contestando o resultado das urnas e incentivando a seus fanáticos seguidores a permanecerem unidos e prontos para novas ameaças de golpe.
- O documento encontrado pela Polícia Federal na residência do ex-ministro da Justiça e ex-secretário da Justiça do governo do Distrito Federal, Anderson Torres, contendo uma minuta de golpe, o qual ele diz desconhecer. Como aquele misterioso documento apareceu na sua mesa de trabalho? Isso é brincar com a realidade.
- O que aconteceu no Rio Grande do Norte, uma prática típica de guerrilha urbana, completa o estado de pânico da atualidade. 
- Consumado o caos planejado, surgem as lideranças predestinadas a agirem no momento oportuno para impor ordem na desordem. São autoridades preparadas em outros tempos, com missões já definidas para empregar medidas de exceção, segundo as circunstâncias e gravidade do que se passa no momento. Duque de Caxias, o pacificador de colônias rebeladas, é o exemplo que a história registra.
     Pelo que tudo indica, está se aproximando o momento não desejado, mas imprescindível, da presença de autoridades que o destino determinou. Mais uma vez, autoridades são ameaçadas de morte, num ambiente de vingança e ódio. A ameaça de morte planejada pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) ao ex-juiz da Lava-Jato, Sérgio Moro, e outras autoridades, felizmente abortada pela vigilância do serviço de inteligência da Polícia Federal, é sinal de que algo, já previsto, está para acontecer. 
        Aqui cabe para apreciação uma frase latina: “Si vis pacem, para bellum”(se queres a paz, prepare-se para a guerra). A tecnologia influenciará nas decisões a serem tomadas. O destino já está traçado. O tempo é o senhor do destino.
       Vivamos o presente voltados para o futuro, mas com os pés no passado.
         Uma feliz páscoa e votos de saúde e paz.
       
Obs: uma realidade pouco divulgada: os livros Mosaicos da Sociedade Brasileira foram escritos para um tempo de muitas dúvidas e interrogações. Neles há muitas surpresas.
 
Atenciosamente, 
Oto Ferreira Alvares 

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