O que se escreve, e a maneira como se escreve, muito se deve ao ambiente político e social do momento. Queiramos ou não, somos o reflexo dos sinais que vivenciamos e captamos. Recordar é reviver o passado no presente. Assim sendo, levando-se em consideração a busca da verdade, não há como deixar de se fazer referência ao tempo e espaço. Na conjugação de ambos ressoa um grito de alerta de voltar-se para o momento histórico contemporâneo, mergulhado nas trevas do obscurantismo. Vivenciamos um período nebuloso e delicado. Somos o que se passa no mundo devido a instantaneidade dos acontecimentos. Que mundo é esse com tantos contrastes? Diversidade de raças com predominância da cor da pele, centenas de línguas e dialetos em nações dos vários continentes, cada um com sua história, costumes e regimes políticos que variam da democracia às ditaduras absolutistas. Guerras milenares ocorrem por motivos de raças, fronteiras, gêneros, com feminicídios e os bárbaros e humilhantes tratamentos à mulher em países de fundamentos pseudo-religiosos. No Brasil ocorrem constantes atentados à vida das crianças, que se veem ameaçadas de chacinas, até mesmo por outras crianças, que se vangloriam de praticar atos estarrecedores. Que país é esse em que ainda se morre de fome e doenças causadas pelas condições de miserabilidade?
Não há como falar em estado democrático de direito com tantos atos liberticidas, ocultos ou divulgados, num país em que o poder legislativo, que deveria atender às necessidades básicas do povo, promover o desenvolvimento e zelar pela soberania nacional, é composto por 33 partidos políticos. Os deputados federais, em sua maioria, estão voltados para interesses particulares, com vista às reeleições, o que, diga-se de passagem, também acontece nas representações dos estados e municípios.
A esplanada dos Ministérios, sede da presidência da República, abriga também a cúpula do poder Judiciário, o Supremo Tribunal Federal – STF. O poder Executivo atualmente é composto por 37 Ministérios (número variável), em que correntes ideológicas concorrem na arte de desmoralizar o adversário, num ambiente infiltrado por milicianos, PCC (Primeiro Comando da Capital), traficantes de drogas e neonazistas, que têm concorrido para chacinas com a presença ativa de menores de idade. O presidente da Republica, Luis Inacio Lula da Silva, luta exaustivamente para contornar as disputas internas, num ambiente que acolhe inimigos inconciliáveis. A população está submetida a toda espécie de golpes, insegurança, efeitos do desemprego e das contendas entre bolsonaristas e lulistas, que se agravam no decorrer do tempo.
É nesse clima de contestações, regadas pela vingança do ódio ideológico, que aconteceu, no dia 30 de maio de 2023, a reunião de cúpula dos países sul-americanos, em que o principal assunto foi a presença do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, com apoio do presidente Lula, que o recebeu com pompas de um convidado especial. Esse fato foi motivo de muitas críticas pelos representantes dos demais países.
Governar é administrar os bens públicos e criar as condições para que o desenvolvimento concilie as atividades do setor privado com o público para que possam contribuir para o bem estar da nação.
É bom lembrar que o presidente da República, Lula da Silva, prioriza a abertura do comércio exterior, com suas constantes visitas a países com que possa estabelecer boas relações comerciais. Sobretudo, levar a esperança de contribuir para que haja um acordo de paz definitivo na crise entre a Rússia e a Ucrânia, que teimam em continuar uma guerra em que os dois países só têm a perder.
Diante de tamanha confusão, em que os poderes da República estão numa temerosa contestação de ideologias movidas pelo ódio, e os ministérios atendem a interesses políticos e particulares, o momento é de voltar-se para um projeto de um Brasil renovado. Os livros Mosaicos da Sociedade Brasileira foram escritos para dar um rumo ao país. As adaptações serão procedidas no decorrer do tempo. O terceiro volume, Sociocracia e Sociocratismo é livro doutrinário. Nele há muitas surpresas. Estamos vivenciando um momento delicado, num país de tantos contrastes. Até parece que estamos caminhando com passos largos para a ingovernabilidade. O ódio e a vingança estão presentes na administração pública e nas disputas de extremos ideológicos. Não podemos é perder a esperança de um Brasil renovado. Vivamos o presente voltados para o futuro, mas com os pés no passado.
Atenciosamente,
Oto Ferreira Alvares
"Governar é administrar os bens públicos e criar as condições para que o desenvolvimento concilie as atividades do setor privado com o público para que possam contribuir para o bem estar da nação". Pefeito, seu Oto. Perfeito!
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