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REPASSANDO O PASSADO 2 – 210ª Comunicação

             Este artigo dá continuidade às divagações filosóficas do artigo anterior. O roteiro não é o mesmo. 

          “As multidões não têm uma vontade coletiva definida. Agem emocionalmente e por interesses imediatistas. Não podem ser consultadas sobre leis ou costumes que devem regê-las. As pessoas que recebem a luz é que devem zelar pelo interesse coletivo. Devem saber ouvir e selecionar as necessidades e interesses das multidões e fazer modificá-los quando representam o equilíbrio de uma vontade coletiva que, por sua vez, representa o resultado de vontades individuais. Mas as massas não devem ser consultadas sob o pretexto de compartilhar responsabilidade. Somente quem recebe a luz sabe o momento exato de mudar os comportamentos sociais. Nenhuma pessoa terá condições de modificar o destino. Nenhum acontecimento preparado será obstáculo para a realização do previsto. O que é, é e será. Esta é a lei.”

  Violência e insensibilidade marcam os dias atuais. Os crimes hediondos se repetem a cada momento, numa escalada cada vez de proporções mais agigantadas, tanto em ousadia quanto em aperfeiçoamento. São massacres de índios, crianças, mulheres, homens indefesos ou classes sociais visadas pela sanha criminosa de uma sociedade que, pelas instituições que a representam, tem sido vítima de uma desorganização crescente, no melhor estilo da ficção transformada em realidade. E o homem ordeiro e honesto absorve esse estado de coisas com a angústia advinda da impotência de influir no combate a um comportamento tão anormal, ou mesmo na dificuldade de se defender. Os monstros são preparados e atuam em ambientes insanos, próprios de sociedades em decadência. Os crimes organizados e as milícias são produtos dessa realidade. 

  Novos Tempos: a reunião convocada pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva, realizada no dia 18 de março de 2024, teve por objetivo fazer um balanço das atividades do governo, sobretudo, a prestação de contas de cada setor, em todos os estados; e divulgar realizações de obras pouco divulgadas. A prioridade era reverter a sua popularidade nas pesquisas, sempre em baixa. 

  Em dado momento, o presidente Lula liberou uma carga de vingança oprimida, pelas ofensas e falsidades proferidas pelo ex-presidente Bolsonaro, de forma debochada. Trata-se da realidade confrontando-se com extremos irreconciliáveis. Aos poucos, o que estava oculto vai se esclarecendo.

  O mundo passa por uma transformação brusca.  Guerras, protestos violentos e irracionais, angústia coletiva, desespero, ânsia de liberdade e segurança, advindas de uma fobia acumulada nos tempos.

  A humanidade, ao mesmo tempo em que desperta para a conservação da natureza, com atitudes tímidas, mas audaciosamente concebidas, esquece da sua espécie, procurando a liberdade dos movimentos com o cerceamento da razão. É a ave que voa na escuridão, espantada que foi, sem a certeza de reencontrar o pouso perdido. Não nos basta apreciar o erro, é necessário colocá-lo a descoberto e discuti-lo à luz da razão. A vaidade é o coveiro dos insucessos.

  Diante de um quadro um tanto sombrio, a humanidade clama pela paz.  Mas ela nunca a quis, a não ser pela retórica.  E nunca a desejou de fato, porque os conflitos fazem parte do aprimoramento da individualidade.  O homem é guiado pelo inconsciente e não pelo consciente.  Este manipula a razão, que nunca é ouvida.  A razão, ou melhor, o interesse revestido como tal, se subordina às vontades individuais, e não aos direitos sociais.  Assim, o homem passa a ser escravo de seus interesses. 

 Alerta! Golpistas e anarquistas ocultam-se à sombra do ódio e da vingança. 

 Volto a lembrar: o estado de ameaça que pode implodir o planeta Terra confirma, ou faz lembrar, o que dizem os evangelistas, visto no artigo 205, nos sermões proféticos. 


“E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. “(Mt. 24:6) 

“Porque se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá terremotos em diversos lugares, e haverá fomes. Isto será o princípio de dores.” (Mc.13:8).


 A iniciativa e a vontade predispõem a Esperança. 

 

Atenciosamente, 

Oto Ferreira Ferreira

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