O momento, pelo que tudo indica, é mais do que oportuno para se reverter um quadro que tende a agravar-se. Já fomos longe demais. Temos de discutir os valores espezinhados pela irresponsabilidade e indiferentismo daqueles que tinham como dever fortalecê-los. Caso assim não se proceda, a sociedade estará num beco sem saída, sem a mínima condição de se defender.
Temos de levar em conta, de que o pior já passou. O hoje é emotivo; o amanhã, refletivo; e o futuro, na maioria das vezes, é tempestivo.
O que aí está é um eterno convite para novas crises. Estamos cada vez mais próximos de uma convulsão social.
A democracia, regime político que abomina o que se passa no próprio Poder Legislativo, serve como instrumento de interesses e uso privativo de uma minoria que se vê mergulhada num mar de atividades antiéticas constrangedoras. Basta apenas observar o que se passou na Câmara dos Deputados, com a invasão dos deputados que se dizem bolsonaristas, ocupando o plenário, impedindo que projetos mais do que necessários fossem apreciados, deturpando a ordem de prioridades, num ambiente que pode levar a uma ruptura institucional. Daí nasce o ambiente adubado para uma guerra civil.
O que nos reserva o futuro não será jamais antecipado. A caminhada é obrigatória. Os atalhos são perigosos e inviáveis. A espera, às vezes, é enervante, um teste para provar o grau de amadurecimento. Tudo vem em seu tempo certo. Ninguém aparece fora do tempo. Surgem, então, lideranças formadas em outros ambientes e preparadas para atuarem em momentos de crises fora do controle. Equilibram-se o bem e o mal, e o processo evolutivo se instala. À história cabe apenas a narrativa dos fatos, dentro de um prisma meramente formal e sintetizado. Às futuras gerações cabe analisá-los à luz da razão de novos acontecimentos, que hão de chegar no devido tempo, para deslumbrar o caminho da verdade, oculta ou não propagada.
Estamos neste tumultuado tempo (agosto de 2025), em que se premiam aqueles que promovem a desordem, na tentativa de desestruturar as instituições republicanas, e se castigam os que lutam contra a desordem.
O entendimento universal é ilimitado e exige humildade do diálogo e da mútua interpretação.
Dedução: quem não sabe o quer, acaba fazendo o que não quer.
A força de expressão impregnada de ódio, violência e vingança, permitiu propagar a inversão dos valores, distorceu a verdade, e continua implantando o que estava bastante avançado: chegamos a um ponto em que as rivalidades, principalmente a ideológica, tornaram-se inconciliáveis.
Afinal, quem somos? Atualmente somos um povo apreensivo e temeroso quanto ao futuro incerto. Estamos nos perdendo nas crises dos confrontos. Diante de tantas fragilidades das instituições, seria até mesmo previsível que outras tormentas aconteceriam. Estamos diante de um fato que pegou como um petardo o já judiado Brasil.
Trata-se de tarifas e sanções direcionadas à demolição política, econômica e institucional, que atingem a soberania do Brasil.
As raízes da aplicação do tarifaço de 50%, aplicado pelo presidente Donald Trump, referem-se à importação de produtos oriundos do Brasil, fato esse que repercutiu internacionalmente.
Tudo indica que as raízes do trágico acontecimento tiveram sua origem no fato de o presidente Lula referir-se à criação de moeda do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o que não teve a concordância dos demais membros, mas provocaria a desdolarização, como moeda que regula o comércio internacional.
A frase conciliadora do vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckimin, ameniza os ânimos: “a prioridade não é retaliar, é resolver.”
Vivemos no mundo da pirataria destrutiva. A cada momento acontece um imprevisto.
Daí o título desse artigo, Crises e Confrontos.
Atenciosamente,
Oto Ferreira Alvares
Coincidências:
- “Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares.”(Mt. 24:7)
- “E haverá em vários lugares grandes terremotos, e fomes e pestilências; haverá também coisas espantosas e grandes sinais do céu.”(Lc. 21:11)
- “Porque se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá terremotos em diversos lugares, e haverá fomes. Isto será o princípio de dores.” (Mc.13:8)
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