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Um Momento Delicado

                                                                                     73ª Comunicação
Hoje é antevéspera de um dia decisivo para o País. No dia 26 de outubro de 2014, depois de amanhã, é um desses dias que marcará, indelevelmente, o nosso destino. Após uma semana de ansiedade e desespero, em que os debates nas televisões pouco se referiram a programas de governo, mas desnudaram situações de escabrosa corrupção e gestões desastrosas e corruptas de empresas estatais, este dia se fixará na historia contemporânea como o dia da redenção nacional, ou, pelo contrário, o dia em que o País optou em permanecer como sempre esteve.   
Quem duvida dos relatos que venho tentando chamar a atenção já há algum tempo, registrando em livros o que tenho vivenciado e presenciado, e também neste Blog, com artigos sequenciados quanto à natureza dos fatos, não se iluda. O que presenciamos atualmente foi previamente anunciado, assim, não há como distorcer os fatos, pois estes são o que deveriam ser.
É sobre este estado que compõe um quadro nada confortável, que trataremos a seguir: Não me deterei em detalhes, por se tratar de uma realidade dos nossos dias.  
A democracia, tão decantada em verso e prosa, como estável regime de governo, foi a gazua para que chegássemos onde estamos. Decorridos 29 anos (1985/2014) sem uma crise visível que a ameaçasse, tem sofrido de um mal degenerativo que ameaça os seus princípios básicos, sobretudo a representatividade. Aos poucos foram lhe injetando o veneno da discórdia e da vingança, concentrados num ódio sem precedentes. Era preciso varrer da memória nacional os feitos históricos referentes ao ocorrido antes e após o dia 31 de Março de 1964, bem como os subsequentes períodos de turbulências provocados por aqueles que tentavam apoderar-se do poder, uma vez que haviam sido impedidos pelas Forças Armadas de prosseguirem nas suas pretensões. Refiro-me ao terrorismo, prática covarde, utilizada pelas guerrilhas urbana e rural, orientadas e treinadas por países comunistas, principalmente Albânia e Cuba. E foram derrotados em diversas tentativas. Só quem presenciou aqueles dias tenebrosos sabe o que é viver com o medo à flor da pele. O terrorismo é a chaga mais cruel que se pode imaginar. Mata pessoas inocentes e detona tudo o que pode, com o único objetivo de ter a sociedade em constante sobressalto. Naquela ocasião, as autoridades responsáveis para manutenção da ordem só dispunham de uma saída: combater com o rigor necessário os grupos guerrilheiros. E isso foi feito de acordo com os meios que o momento exigia.
Já no distante ano de 1985, a democracia voltou a vigorar no solo pátrio.  Com a homologação da Constituição Cidadã, em 1988, o País passou a respirar a liberdade tão sonhada, após duas décadas de governo militar. A partir daí a história registra o início de um retrocesso político/ideológico que só agora, em pleno período eleitoral, tornou-se mais visível aos olhos dos incrédulos. Os antigos guerrilheiros se apoderaram do poder pelo voto livre. O povo, mais uma vez, acreditou em falsas promessas e escolheu o que julgava correto. Os antecedentes do que hoje vem à tona, se iniciaram com o julgamento pelo STF, cujo presidente e relator do processo, ministro Joaquim Barbosa, então sob pressão ideológica seguida de ameaça, condenou os principais líderes de uma quadrilha que saqueava o Tesouro Nacional.
De uns tempos para cá, com o desmonte da quadrilha que assaltava o patrimônio nacional, houve uma reviravolta no destino do País. Estávamos assentados à beira de um abismo e ignorávamos tal perigo. Os escândalos que abalaram os alicerces da República, de triste memória, foram considerados coisa de menor importância, comparadas ao que está vindo à tona. A Petrobras, o maior patrimônio nacional, foi dilapidada pela fúria dos partidos políticos que apoiam o governo. A cada dia inusitadas novidades envolvendo desvio de dinheiro público, uma deslavada corrupção, vêm à tona e reforça os argumentos daqueles que apenas desconfiavam dos dados manipulados por critérios criminosos. Além da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, mais recentemente, fala-se em desvios de verbas astronômicas no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). É só aguardar. Não havia provas, mas havia indícios. Agora é oficial. A delação premiada abriu a porta de uma corrupção jamais imaginada. A Petrobras até agora tem sido a colossal fonte dos recursos desviados para abastecer os cofres de partidos políticos e o patrimônio de inescrupulosas figuras exponenciais de cúpulas partidárias. O perigo está aí: a Petrobras vem sendo rebaixada pela agência de classificação de riscos, Moodys’s.
Passemos à politica. Tudo fazia crer que a presidenta seria eleita no primeiro turno. Mas com tamanha podridão, o que era esperado não se concretizou. Aí veio o desespero. Os debates entre os postulantes à presidência da República têm sido uma vergonhosa demonstração de “briga de botequim”, o que não corresponde à relevância da eleição para o exercício da mais alta autoridade da República.  Candidata e candidato se revezavam numa luta corpo a corpo, que deixava claro o objetivo de desmoralizar o adversário, com ataques que atingiam diretamente a honra pessoal. Tal inciativa partia sempre da candidata, com o nítido propósito de desmoralizar o candidato com acusações sem sentido. Comparações sem nexo causal eram teimosamente apresentadas. É bom lembrar que o propalado desenvolvimento a que fomos contemplados deveu-se a uma onda de progresso global, determinando a valorização das commodities e fortalecimento das finanças internas, sobretudo dos países tidos como emergentes. Agora vivenciamos justamente o contrário, mas ainda não despertamos para esta realidade, nada promissora.  A tática de jogar para a plateia parece que teve efeito contrário.
Aqui vem uma pergunta: Por que chegamos a tamanha falta de compostura política? A resposta é evidente: Durante doze anos do presente governo tem sido preparada, de maneira inescrupulosa, a cama para acomodar um comunismo que foi interrompido pela atuação dos órgãos de Segurança Nacional, tanto em 1964 quanto nas décadas 60 e 70, quando o terrorismo atuou temerosamente. Hoje, a vingança impregnada de ódio ainda está aí, nas Comissões da Verdade e dos Direitos Humanos.
Este ambiente que divide o País só foi e está sendo possível pela atuação ordenada e executada por uma cúpula ideológica incrustada no próprio governo, advinda do Foro de São Paulo, privilegiando e incentivando movimentos ditos sociais e centrais sindicais. A inversão de valores, com a tática de fortalecer minorias e espezinhar a opinião da maioria, com forte marketing da despudorada tendência de se enxergar preconceito e até crime hediondo em situações conflitivas, tem sido uma maneira cômoda de impor o que bem entendem. Somos um País dividido em opiniões e ações. Aberrações antinaturais tornaram-se concepções legais. Por que esta trajetória “gramscista” teve tanto sucesso, a ponto de inverter valores e desqualificar organismos que poderiam obstacularizar a sua marcha avassaladora? Somente o destino, uma determinação não revelada, justificaria o desmonte de tantas impropriedades criminosas. Por isso, o momento é delicado.

Se somos um País dividido, UNIDOS, plantaremos esperança e colheremos liberdade, justiça social, ordem e Progresso.  

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