89ª Comunicação
O mundo está
conflagrado. Pouco se sabe sobre o futuro da humanidade.
Entre nós,
presenciamos uma situação poucas vezes vista, mas jamais com a intensidade do
que ocorre nos dias de hoje. Na política, escândalos após escândalos se revezam
nos noticiários da mídia e redes sociais. A baixaria e acusações mútuas
tornaram-se praxe nos debates políticos; ameaças de impeachment se robustecem
cada vez mais: o TCU entra no rol dos fornecedores de argumentos favoráveis que
podem causar muitos estragos. Enquanto isso acontece, os inquéritos, CPIs e
Operações da Polícia Federal e Ministério Público, principalmente a Operação
Lava Jato, abastecem a caldeira das crises. Do outro lado, os movimentos
sociais de esquerda estão se aquecendo, com atos de desafio aos órgãos de
segurança e desmoralização de autoridades. Resumindo: o País passa por um período
de crise de Estado, e não apenas em áreas mais expostas, como política e
economia.
Será difícil apontar
uma instituição que esteja imune aos desmandos governamentais. Diante de tal
quadro, a sociedade começa a movimentar-se, criando mecanismos de alerta. A
insatisfação popular é geral. Até parece que estamos despertando de um
pesadelo. As passeatas dos dias 15 de março e 12 de abril de 2015, convocadas
pelas redes sociais, são uma demonstração de força que estava ausente. Ressurge
como sinal de rejeição aos desmandos que estão vindos à tona. Era preciso dar
um basta à tamanha podridão.
Sempre fomos um País
em que as mudanças não trouxeram a paz e o equilíbrio desejados. Exemplificamos
com a Proclamação da República: com ela instalou-se o acirramento de confrontos
entre grupos elitizados. As constituições federais passaram a ser produto de
interesses, em busca de um consenso para atendimento dos mesmos. Resultado
desta triste realidade: tivemos até os dias atuais sete constituições, sendo
seis delas republicanas: 1824 (correspondente ao período monárquico
pós-independência), 1891, 1934, 1937, 1946, 1967 e 1988. Pelo visto, o campo
foi fertilizado para plantar crises, até que chegássemos ao atual estágio, de
total degeneração institucional.
A crise que vivenciamos,
sem nada tirar ou acrescentar, derivou-se de acúmulos de erros sem uma vontade
política de enfrentá-los. O comunismo, já há muito tempo, vem sendo tentado,
adotando o terrorismo como tática. Na década de 1970, após árduos combates, os
comunistas foram derrotados pelo regime dos governos militares. Aqui começa
outra história. Seguindo as táticas gramscistas (ver artigo anterior) e
utilizando-se do método da dissimulação, parecer o que não é, foi fácil
convencer um eleitorado pouco esclarecido, com promessas de um paraíso na
terra, provenientes de um paternalismo estatal que se desdobraria em variadas
modalidades de bolsas. E assim, galgaram o cobiçado poder. A partir daí, o que
vem acontecendo é de estarrecer.
Numa ligeira síntese,
apenas para reavivar a memória, aqui estão alguns fatos:
Estamos mergulhados
numa tríplice crise: política, econômica e social. Até pouco tempo atrás tudo
era possível. Até mesmo transformar déficit em superávit. Para enfrentamento a
uma situação dramática, cujo objetivo era desestabilizar institucionalmente o
País com o fim de provocar um vácuo no poder, uma maneira de dissimular
intenções, o que fica claro é que grande parte desse objetivo foi alcançado,
apesar das frustrações de terem sido surpreendidos na prática de atos e
omissões criminosos. Não há como negar que estamos diante de um quadro
complicadíssimo. Há 12 anos, se bem observarmos, o País está sendo preparado
para tornar-se uma República Bolivariana, um eufemismo do comunismo. O Foro de
São Paulo (ver artigo anterior), antes mesmo do primeiro encontro na cidade que
lhe deu o nome, já tinha respaldo na Constituição de 1988. O Partido dos
Trabalhadores e seus tentáculos, que governa o País a partir de 2003, vêm
preparando o terreno para uma assombrosa transformação. Já se vão 12 anos da
implantação de armadilhas, seguindo à risca as orientações de Antonio Gramsci.
Esta é a principal e a mais perigosa das armadilhas a ser desarmada: Gramsci,
ao contrário de Lênin, que pregava a tomada do poder através da Revolução
proletária, aconselha que se use o método da “hegemonia do proletariado e ocupação de espaço.” Não é necessário
discorrer sobre esta dupla que inferniza as administrações de vários setores do
Estado. (ver artigo anterior).
Já agora podemos
divisar a poderosa armadilha: a hegemonia
do proletariado está concentrada em várias entidades que atuam como
mecanismos das ações de pressão exercidas pela classe operária (proletária):
MST, CUT, UNE, Sem Teto e demais entidades representativas de setores
simpáticos à causa comunista, sob a orientação do Partido dos Trabalhadores. O
objetivo é a divisão da sociedade em castas sociais, com o fim de incrementar o
ódio contra as “elites”, os denominados burgueses, além de se criar um clima de
rivalidade entre setores da sociedade que se julgam injustiçados, com ou sem
motivos. Infelizmente somos um País dividido.
A outra determinação
é a ocupação de espaço. Aqui não há o
que comentar. O PT está infiltrado e exerce influência em todos os Poderes da
República. Amargamos a triste realidade da compra de consciências. A corrupção,
pelo que está apurando a Operação Lava Jato, a cada dia com mais novidades, foi
o recurso utilizado para atingir tal objetivo não explícito. Os meios
justificam o fim.
O que parece
inacreditável é que tudo isso tenha ocorrido naturalmente, sem que
dispuséssemos de meios impeditivos a tamanho destempero. Quando se deu por
conta, os outros poderes da República já haviam sido dominados pelo Executivo,
que usava e abusava de conceções inacreditáveis, submetidas às facilidades
advindas de uma corrupção endêmica, presente em todo corpo social. Temos sido
vítimas de várias armadilhas: Lênin pregava a revolução para tomada do Estado
com o fim de transformar a sociedade. Gramsci inverteu a tática: a revolução deveria
começar pela transformação da sociedade. Ao invés de revolução do proletariado,
a hegemonia do proletariado, ou simplesmente a inversão das classes sociais.
Para isso seria necessário que houvesse uma divisão em castas sociais,
incitando o ódio entre elas.
Nota importante: O
que estamos vivenciando nos tempos atuais, não apenas confirma o previsto de
uma precognição, mas alerta sobre fatos que constituiriam graves crises
institucionais. Trata de uma saga quase romanesca, onde misticidade e realidade
se fundem para dar cumprimento a uma precognição que foi acompanhada no tempo:
escrever uns livros para dar rumo ao País em uma determinada época.
Trata-se de uma
coletânea de três livros, Mosaicos da Sociedade Brasileira. Estes livros têm
uma longa história, quase romanesca, que envolve misticidade e realidade, ou
uma realidade mística. Por um dever de consciência escrevi um opúsculo, ou
livreto, contendo um resumo do que tenho vivenciado, com o título de Brasil em
crise versus Brasil Esperança. Antecipando a sua edição, coloquei-o à
disposição do público leitor no site da Editora Thesaurus. A leitura é livre.
Download do livro: http://www.thesaurus.com.br/download.php?codigoArquivo=430
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