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Roteiro de Crises-2

                                                       94ª Comunicação
            

              Já há algum tempo venho acompanhando os principais fatos que dizem respeito às crises que atropelam a normalidade institucional do País. Fatos graves já caíram no esquecimento com a utilização de ardilosos meios de maquiar situações críticas, que poderiam produzir efeitos drásticos. Felizmente, continuamos sem grandes sustos. Repassemos alguns desses fatos, que podem ser considerados como provocadores de crises:
            O Foro de São Paulo, como instrumento determinante de programas aglutinadores do bloco “bolivariano”, um eufemismo para ocultar o passado inglório do comunismo, no mundo e no Brasil, que continua como bandeira daqueles que tentam implantá-lo segundo método Gramsciano; as raivosas Comissões da Verdade, que teriam por fim desmoralizar as Forças Armadas e, em consequência, os governos militares; substituição de nomes ilustres do antigo regime, de logradouros públicos, educandários, monumentos e locais que se relacionavam com os homenageados, por nomes de lideranças subversivas, numa tentativa de distorcer as imagens de traidores da pátria; retirada de retratos dos ex-presidentes do governo militar da galeria de presidentes da República, como ato de provocação; proibição de se comemorar a data 31 de Março de 1964, por quaisquer instituições militares; condecoração ao líder do movimento social, Pedro Stédili, do MST, com a medalha da Inconfidência, concedida pelo governo de Minas Gerais; promoções indevidas, indenizações milionárias, aposentadorias e vantagens indecorosas aos antigos participantes de movimentos subversivos; obras e “empréstimos” a países do bloco bolivariano, um atentado à depauperada economia e uma ignomínia sem qualificação.
Heróis e vultos proeminentes de nossa história, na guerra e na paz, estão sendo substituídos por ex-guerrilheiros e ativistas pseudo-intelectuais. E tantos outros absurdos, que foram motivo de comentários neste Blog. A honra decaiu de seu pedestal e vem se sucumbindo numa ignominiosa indiferença da sociedade.
Mas o tempo passa e a cada dia novos fatos, alguns graves e outros nem tanto, aparentemente, se revezam no cenário Nacional.  Repassemos alguns:                                                               
            As pendengas entre o Legislativo e o Executivo que a cada dia mais se intensificam, pois são movidos com o ranço ideológico e incompatibilidade política. A própria base partidária que sustenta o governo está fragilizada. PT e PMDB não mais se entendem, compondo estranhos comportamentos de dissensões internas. Alguns fatos confirmam este estado de descompasso impeditivo de se promover acordos. Não há como ignorá-los. Projeto de lei que altera as alíquotas incidentes sobre a folha de pagamentos, é um deles: deve-se à divergência daqueles setores que deveriam ficar fora das alíquotas reajustadas, o que demonstra indecisão ao apontar prioridades. O já votado e vetado fator previdenciário, com divergência no que se refere à soma de idade e o tempo de contribuição ao INSS. A presidenta vetou e apresentou nova proposta, por medida provisória. A aprovação pela Câmara dos Deputados do reajuste dos benefícios pagos pela Previdência Social, com certeza, vai onerar os cofres da já fragilizada Previdência. A matéria irá para o Senado. A pendenga continua.
A maioridade penal, de 18 para 16 anos, uma tensa questão que envolve assuntos delicados, como a desconstrução da sociedade, promiscuidade sexual influindo na instituição do casamento, intromissão do Estado na educação dos filhos, e tantos outros atentados à liberdade e respeito a princípios morais e religiosos. O que importa, no caso, são o resultado e a intensidade do crime, e não apenas a idade. Como o assunto foi tratado, até parece que toda criança pratica crimes. Quem perde um ente querido ou se viu sob as garras de bandidos, sabe perfeitamente o que está em jogo. O crime não pode dar brechas que concorram para o agravamento da violência, hoje sem controle, independente da idade do infrator. Quanto ao encarceramento, é lógico, merece tratamento diferenciado, com vistas à reeducação e acompanhamento psicológico até atingir a maioridade.
As famosas “pedaladas”, distorções na contabilidade referente ao primeiro mandato da presidente Dilma - (ex-ministro da fazenda Guido Mântega), que estão sendo apreciadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), é outro fato preocupante. Para derramar o caldo só faltava um imbróglio diplomático que envolvesse interesses contraditórios entre países sul-americanos. Mas não falta mais. O governo venezuelano, desde o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vem mantendo uma política de relacionamento ostensivamente ideológica. Com a morte do presidente Hugo Chaves em 2013, substituiu-o o atual presidente, Nicolás Maduro. A Venezuela, a partir de então, tornou-se mais agressiva quanto à aproximação com a esquerda brasileira, imiscuindo-se, inclusive em assuntos que compreendem “guerra revolucionária”. Internamente leva a ferro e fogo a perseguição aos opositores, com avantajado número de presos, inclusive o líder da oposição, Leopoldo López.
No dia 18 de junho de 2015, uma comitiva composta por oito senadores representando o Senado brasileiro, devidamente credenciada e transportada por avião da FAB, dirigiu-se ao país vizinho para uma visita aos políticos presos, como forma de externar solidariedade. Resultado: a visita transformou-se numa frustração, com troca de acusações entre senadores e representantes do governo venezuelano. Foram impedidos de dirigirem-se ao presídio onde se encontravam os políticos a serem visitados, em consequência de um engarrafamento (improvisado) em que, segundo denúncias dos senadores, foram hostilizados por manifestantes chavistas. Sem que cumprissem o previsto, retornaram ao Brasil.
É de se ressaltar que um grupo de políticos, jornalistas e intelectuais brasileiros, a convite do presidente Maduro, coincidentemente, representavam uma comitiva alternativa. Trata-se de uma questão que dá margem a se pensar em coisas mais sérias. Neste ambiente turbulento e de indecisão, greves são anunciadas e a violência não dá trégua; comentários desairosos pululam na Internet. Geralmente as convulsões sociais surgem aos poucos, com a acumulação de fatos que se superpõem e vão engrossando o tamanho das desavenças, até um inevitável rompimento.
Diante deste insólito episódio, diríamos que o “o circo está armado”.   Violência e descumprimento da lei andam de mãos dadas.

Nota Renovadora                
Diante quadro nada confortável, envolvendo fatores sociais, econômicos, políticos e ameaças de confrontos ideológicos, volto a insistir sobre a coletânea de três livros, Mosaicos da Sociedade Brasileira, escritos na década de 1980 para um tempo futuro, bem parecido com o que estamos assistindo. Como se trata de assuntos advindos através de precognições, portanto, místicos, preparamos uma síntese histórica desta saga missionária num livreto, Brasil em Crise versus Brasil Esperança.
Para quem venha a interessar, segue o link do livro para leitura:
Também segue o link para baixar o livro diretamente do site da Thesaurus Editora.

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