96ª Comunicação
Inicio este artigo com a visita pastoral do Papa
Francisco a três países da América do Sul: Equador, de 05 a 08 de julho;
Bolívia, de 08 a 10 de julho e Paraguai, de 10 a 12 de julho de 2015. Destaco o
estranho presente oferecido pelo presidente Evo Morales, da Bolívia, de um
crucifixo sobre o símbolo do comunismo, a foice e o martelo. Ao receber o
extravagante suvenir, o Papa Francisco o observou e o fixou num agudo olhar de
censura, como a dizer: Estes comunistas são terríveis! Não perdem tempo e
oportunidade.
Esta hipótese seria a chave gazua para conceituar o
socialismo bolivariano, um eufemismo do comunismo na América Latina. Entre nós
tudo isso é visto com naturalidade, pois fomos e ainda estamos sendo
preparados, de gota em gota, a nos habituarmos, cabisbaixos, a uma lavagem
cerebral avassaladora.
Lembremos de que o comunismo é a ideologia, ao lado da
nazifacismo, que mais cometeram genocídios, atrocidades indescritíveis e
mortalidade em grande escala, no decorrer do século passado. O holocausto, com
aproximadamente seis milhões de vítimas nos campos de concentração destinados
ao extermínio de judeus, é a contribuição do nazismo. Auschswitz é o símbolo
macabro dos campos de concentração. O comunismo, igualmente, deixou um rastro
de destruição e mortandade. Nos nossos dias pouco ou nada se fala dos horrores
praticados pelos comunistas para se apoderarem do poder em países indefesos,
exterminando com valores nacionais, soberania e tradições milenares. As cifras
são alarmantes. Só na China calcula-se em dez milhões de vítimas; União
Soviética, 800 mil execuções, sendo 1700 nos campos de trabalho forçado e mais
35 mil nos conflitos de campo. Cuba é o paradigma para toda América Latina.
Contabilizam-se aproximadamente 100 mil vítimas do regime. Uma vez no poder,
instala-se o governo de um só partido e prossegue a mordaça de um povo destituído
de direitos. O Estado a tudo se sobrepõe. O materialismo sufoca as religiões e
faz calar a vontade.
No entanto, criam-se privilégios para uma elite
partidária, com régios requintes de pompa e ostentação de riqueza. Em
contrapartida, dissimula falsa igualdade de condições de vida, na total
dependência do estado. Outra ousada característica da fase pré-revolucionária é
implantar o medo e a insegurança na população, inoculando o ódio entre classes
sociais, sendo o proletariado a grande massa de manobra.
Será que entre nós esta história de tomada do poder
pelas armas, acima sintetizada, nada tem a ver conosco? Repassemos alguns
fatos: a democracia, uma falácia sem sentido, foi adaptada para facilitar a
propagação da doutrina comunista no Brasil, segundo Gramsci. O Foro de São
Paulo é o instrumento encarregado de promover o comunismo na América Latina,
utilizando-se dos postulados democráticos adaptados a um hipotético “socialismo
bolivariano”. Onde já se viu uma democracia abrigar partidos com siglas comunistas,
ou a elas umbilicalmente aderidas, compondo um conjunto de antivalores
ideológicos capazes de dominá-la e torná-la instrumento de atuação? Vejamos o
que está acontecendo nos nossos dias:
Hoje o ambiente é muito mais perigoso do que tempos
atrás. O que então se passava na clandestinidade continua a acontecer. Só que
se inverteram os papéis. Devido à conjugação de fatores que levaram o País ao
descrédito, interna e externamente, desmantelando a economia e implantando
antivalores com o nítido propósito de se criar clima de antagonismo nas classes
sociais, não há como fugir do que a lógica dita. No entanto, as perseguições
explícitas continuam ofuscadas pelas crises que se revezam. Os movimentos
sociais, aparentemente, continuam desativados; as comissões da verdade,
nacional e estaduais, não mais fazem o alarido de antanho; tantos absurdos que
visam desmoralizar as Forças Armadas para desqualificar os governos militares
estão caindo no descrédito. Devagar, os antivalores estão sofrendo uma corrosão
pela intensidade de fatores adversos. É questão de tempo. O importante agora é criar ambiente para reversão aos valores morais e
éticos. No entanto, o ódio, a vingança e a ideologia temporariamente
contidos, ardem no íntimo de alguns dos antigos guerrilheiros. A caça às
ossadas de companheiros desaparecidos, uma justificativa para trazê-los ao
cenário atual, pelo que tudo indica, não cessou e será o último argumento para
justificar uma fracassada aventura. Acontece
que os objetivos projetados sofreram as consequências dos desmandos na condução
de políticas antinacionais, uma espécie de autofagia. E chegamos aos dias
atuais. Retomemos uma história repleta de surpresas.
Agindo com segurança e cautela, a Operação Lava Jato
vai avançando rumo à fortaleza até agora indevassável. Tudo acontece neste
ambiente sórdido. Encontros clandestinos para desqualificar condutas
criminosas, no Brasil e no exterior, são anunciados pela mídia. Acontece que as
operações dos órgãos encarregados de desvendar tamanha corrupção e ações
danosas ao patrimônio nacional, não dão trégua. Exemplifiquemos:
No dia 14 de julho de 2015 a Operação Lava Jato,
através de desdobramento operacional, cria a Operação “Politeia” e surpreende a
classe política, ao dar cumprimento a 53 mandados de busca e apreensão,
determinados pelo Supremo Tribunal Federal. A operação envolvendo 52 políticos
e autoridades com foro privilegiado abrange sete estados e o Distrito Federal. No
dia 20 de julho de 2015 foram julgados e condenados três ex-dirigentes de
empreiteiras e oito executivos da Odebrecht são indiciados. Volta à cena
antigos fatos de propinas graúdas envolvendo o ex-presidente Fernando Collor de
Mello. É lamentável que o ex-presidente, uma esperança frustrada, não tenha
aprendido a lição da história.
A partir do dia 17 de julho de 2015 o Congresso entrou
em recesso. Neste dia, em rede nacional de Televisão e rádio, o presidente da
Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, anuncia oficialmente o rompimento com o
Palácio do Planalto. Este fato é suficiente para não diminuir o fogo das
desavenças durante o recesso. As intrigas e ofensas à honra se transformam em
armas perigosas de ataque e defesa.
O dia 24 de julho de 2015, em entrevista midiática
pública, o Ministério Público denuncia, com provas, o envolvimento de
executivos das duas maiores empreiteiras nacionais, Odebrecht e Andrade
Gutierrez, envolvendo cifras estarrecedoras, mais de sete bilhões de reais. Até parece que estamos falando de outro País.
Nota
Renovadora
Como venho insistentemente afirmando, desde o ano de
1978 no Vale do Amanhecer, fui avisado pela vidente “Tia Neiva” de que deveria
escrever livros para dar rumo ao País, em época não anunciada, mas com os
acontecimentos explícitos. Desde então passei a registrar em livros o que viria
acontecer. Diante de tal hipótese, preparei uma síntese histórica desta saga
missionária num livreto, Brasil em Crise
versus Brasil Esperança. Segue o link do livro, para leitura:
Também segue o link para baixar o livro diretamente do
site da Thesaurus Editora: http://www.thesaurus.com.br/download.php?codigoArquivo=430
Espero que este período esteja no fim com a prisão de seu chefe e de sua sucessora.
ResponderExcluirTudo o que está aí é nada, amigo Oto, ante o que ainda está por vir em relação ao BNDES.
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