Sempre fomos um País
em que as mudanças não trouxeram a paz e o equilíbrio desejados. Com a
Proclamação da República instalou-se o acirramento de confrontos entre grupos políticos
elitizados. Resultado desta triste realidade: tivemos até os dias atuais sete
constituições, sendo seis delas republicanas: 1824 (correspondente ao período
monárquico pós-independência); 1891, 1934, 1937, 1946, 1967 e 1988. Pelo visto
o campo foi fertilizado para plantar crises, até que chegássemos ao atual
estágio, de degeneração institucional. Este
estado de incerteza reflete ostensivamente sobre um povo que não sabe o que
quer, mas insiste em saber o que não quer. Este vício de comportamento vem se
tornando um labirinto de indefinições quanto ao que deveria ser de interesse
nacional, e não corporativista. Esta indefinição deu margem para que a
ideologia comunista fosse aos poucos penetrando na política e nos costumes. Daí
o estado caótico a que chegamos, visto na 100ª Comunicação.
Vamos a um imbróglio mais recente que muito promete
como incrementação da crise instalada: no dia 14 de setembro de 2015 os
ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa,
explicitaram detalhadamente as medidas a serem destinadas a equilibrar o
orçamento da União. Ao primeiro, coube comentar sobre a receita; ao segundo, as
despesas. Para ambos, pelo que tudo indica, apesar das explicações tecnicamente
perfeitas e até mesmo necessárias, as consequências serão desastrosas,
principalmente da classe média, com seus interesses contrariados. Será greve
após greve. A classe mais pobre, como sempre, ficará mais pobre ainda. A
recessão deve aprofundar-se ainda mais. Com poucos recursos disponíveis
prevaleceu a opinião inarredável do ministro da Fazenda para se criar a CPMF
(Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, ou outro nome que venha
ser improvisado), mesmo com a reprovação da opinião pública, que terá forte
influência na classe política. Sem alternativa, o Executivo abraça mais um
motivo de desgaste da presidente Dilma e faz com que o impeachment tome
proporção de ameaça.
Tudo isso será um novo estopim a conduzir as
investidas dos movimentos sociais e os prováveis confrontos com opositores e
órgãos de segurança.
Ficam no ar algumas perguntas: Quais as causas
originárias de tantos efeitos desastrosos ao Estado, à nação brasileira e ao patrimônio
público? Seriam as irregularidades administrativas que engordaram a crise, sem
sinais de serem debeladas?
Onus et
bonus (custo e benefício): Apesar de
várias limitações estou providenciando a publicação dos livros Mosaicos da Sociedade Brasileira e Brasil em Crise versus Brasil Esperança, um
livreto que apresenta uma síntese histórica do que diz respeito aos Mosaicos. É o ônus que terei que arcar para que
o bônus se concretize no objetivo primordial, contido em várias precognições:
dar rumo ao País numa época de crises profundas e de grandes transformações.
Recomendação:
Por considerar-me mais intérprete do que
propriamente autor, recomenda-se que o conteúdo dos livros Brasil em Crise versus Brasil
Esperança, referente à parte mística, e os Mosaicos da sociedade Brasileira, nas análises e sugestões
apresentadas, não sejam interpretados preconceituosamente, sobretudo sob os
pontos de vista religioso, ideológicos ou de princípios ortodoxos. Os três
livros que compõem os Mosaicos,
apesar de escritos na década de 1980, por incrível que pareça, traçam o perfil
de todos os descalabros que presenciamos e oferecem sugestões para saná-los.
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