119ª Comunicação
Inicio este artigo citando uma
frase do venerável Chico Xavier, que se enquadra perfeitamente na tumultuada
história contemporânea no que se refere ao País, submetido aos caprichos e
desmandos que o desestruturou completamente: “Ninguém pode voltar atrás e fazer um novo começo; mas qualquer um pode
começar agora e fazer um novo fim.”
Nestes últimos 13 anos sob a
tutela de uma esquerda ideológica comprometida com objetivos previstos no Foro
de São Paulo, segundo cartilhas Gramscinianas, o País foi completamente
desestruturado, a sociedade dividida, a política desmoralizada e as
instituições fragilizadas. A economia, coluna que dá sustentação e promove o
desenvolvimento, não suportou o peso da irresponsabilidade fiscal, ignorando as
metas de inflação. A segurança pública registra dados de arrepiar os cabelos:
uma insegurança generalizada, 60.000 assassinatos foram cometidos durante o ano
de 2015. Atravessamos um período crítico: greves de professores, ocupação de
escolas e prédios públicos por alunos, um desafio às autoridades. No dia 20 de
maio a Base Aérea de Fortaleza foi assaltada e dali levados três fuzis.
No que se refere à divisão da
sociedade em classes antagônicas que são preparadas para se odiarem — pobre e
rico, preto e branco, índio e civilizado, trabalhador e “burguês”, sem terra e
latifundiário, aqui acrescido dos sem teto —, cresce a cada dia a onda de
crimes contra mulheres, o que significa mais um motivo de confronto, inclusive
com crítica mordaz da não escolha de nomes femininos para compor o governo
interino, posteriormente repensado. A debilidade institucional abre brecha
perigosa para cometimento de manobras irresponsáveis, destinadas a procrastinar
o já tumultuado processo de impeachment.
Para que não percamos a
sequência dos fatos após a aprovação do relatório do senador Antonio Anastasia,
no dia 06 de maio de 2016, com 15 votos a favor e apenas cinco contra,
citaremos alguns episódios mais comentados:
09 de maio de 2016:
Este fato merece uma explicação
preliminar por ter sido praticado com o nítido objetivo de tumultuar e
procrastinar a sessão de julgamento que admitiria, ou não, o prosseguimento do
processo de impeachment. Até parece um conto da “carochinha.”: O atual presidente interino da Câmara dos
Deputados, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), que substituiu o efetivo, deputado
Eduardo Cunha, afastado pelo STF, com um ato burlesco surpreendeu o Brasil e o
mundo, através de ato regimental que suspendia a sessão da Câmara dos Deputados
que julgou o impeachment da presidente Dilma. Este fato repercutiu como uma
bomba nos noticiários nacionais e internacionais.
O sen. Renan Calheiros, presidente
do Senado, sentindo-se desprestigiado pela deplorável sandice, ignorou e
deliberou a pauta da continuação da sessão previamente marcada, sem prejuízo do
cronograma estabelecido. Com este fato esdrúxulo o referido deputado vem perdendo
a credibilidade, com críticas que desmoralizam também a classe política. No dia
seguinte revogou a equivocada pretensão. Não passou de um susto.
10 de maio de 2016
Neste dia o senador Delcides do
Amaral teve o seu mandato cassado pelos seus pares, pelo dilatado placar de 64
votos e nenhum contra.
11 e 12 de maio de 2016:
Contornados os eventuais
empecilhos deu-se início a sessão que decidiria o destino da presidente Dilma.
Devido ao número elevado de senadores inscritos, com quinze minutos
disponíveis, a sessão teve a duração de 21 horas, terminando às 06h33 do dia
doze, com a expressiva votação de 55 votos favoráveis ao impeachment e 22
contrários, determinando o afastamento da presidente por 180 dias. A partir
daquele momento assumia a presidência da República o vice-presidente, Michel
Temer, que havia tido a prudência de preparar-se para formação de seu governo.
Devido às derrotas da oposição
em todas as votações, com números expressivos, acrescidos do inchaço do estado,
como também do número elevado de ministérios, de 30 para 32 e, na composição do
atual governo Temer, de 32 para 24 (?), num emaranhado político com
aproximadamente 32 partidos a perturbar a normalidade administrativa, o governo
interino terá pela frente, como tudo indica, uma onda de distúrbios movidos a ódio
e vingança.
O grito de “golpe, foi golpe!”,
foi a tônica dos dois discursos explosivos da presidente Dilma, como despedida
e ingresso nos 180 dias de afastamento da presidência da República: um,
oficial, dirigido aos políticos da base de apoio e aos brasileiros e
brasileiras de todo rincão do País que ainda acreditam em golpe, traição,
injustiça e vingança; o outro, dirigido
aos movimentos sociais que a aguardavam em frente ao Palácio do Planalto. Em
ambos os discursos considera-se vítima de um golpe e está preparada para a luta,
passando a citar episódios de sua vida como guerrilheira, dizendo-se vítima de
uma injustiça.
12 de maio de 2016 e seguintes
Durante
os dias que se seguiram após o dia 12, enquanto o presidente interino Miguel
Temer constituía o próximo governo, com cortes necessários para enxugar o gigantismo
do Estado, movimentos sociais subordinados ao PT começavam por em prática ações
para inviabilizar o governo interino. Aparentemente, quando pouco se sabe do
que ocorre nos bastidores dos poderes da República, representados pelo governo
interino e um antigoverno, ainda se nota certa sombra de legalidade. No
entanto, é uma situação anômala, com gastos exorbitantes para manter palácio e
mordomia, o que se contrasta com a realidade de um povo que já sofre a escassez
de bens essenciais, inclusive o desespero do desemprego.
17 e 18 de maio de 2016
Nestes
dois dias foi apresentado a equipe que comandará a fragilizada economia, com
nomes de altíssimo conceito no Brasil e no circuito financeiro mundial, com
sugestões detalhadas em áreas delicadas, como reformas fiscal e previdenciária,
promover o desenvolvimento, reabilitar a credibilidade e combater o grave
problema do desemprego.
22 de maio de
2016
Com a inclusão
do Ministério da Cultura na lista de enxugamento do Estado, iniciou-se uma onda
de protestos que promete prolongar-se até o esgotamento do prazo de 180 dias em
que a presidente estiver afastada do poder. O governo Temer já havia, como ato
de reconciliação, anulado a sua inclusão entre os ministérios que seriam
extintos. Mesmo assim a onda de provocações instalou-se e promete ser o início de
novas investidas como forma de inviabilizar o governo interino: em 21 estados,
prédios foram ocupados pelos movimentos sociais, que pretendiam juntar-se com
as ocupações dos estudantes secundaristas que ocupam escolas e prédios públicos
em número elevado, um fator a mais de desestabilização.
23 e 24 de maio de 2016
Acontece a
primeira baixa no governo interino: o senador Romero Jucá, ministro do
Planejamento, por ter tornado público vazamento telefônico de conversa
relacionada à Operação Lava-Jato.
Nos dias 23 e 24 foram
realizadas as 29ª e 30ª fases da Operação Lava-Jato, com os mesmos
procedimentos das anteriores.
Obs.: Como se vê, juntando-se às desencontradas
notícias sobre o controle da dívida pública herdada, de 24 bilhões negativos,
mas considerados positivos pelo governo substituído, subindo a seguir para 96,7
bilhões para, finalmente, 170,5 bilhões de reais negativos, o que representa
uma sangria ao Tesouro Nacional inadmissível de ser concebida.
Nota Renovadora:
Está aí o enxoval destinado a um tempo de
muitas interrogações e poucas afirmações.
Foi para um tempo tempestuoso que, em 1978 no
Vale do Amanhecer, em precognição (previsão do que iria acontecer) transmitida
pela vidente “Tia Neiva”, fui alertado de que teria de escrever livros
destinados a dar rumo ao País, em época não determinada, mas com os acontecimentos
explícitos. Muitos videntes, sem que eu dissesse algo sobre a missão,
alertaram-me sobre a responsabilidade no cumprimento de uma tarefa missionária
de tanta responsabilidade. Dadas as coincidências vivenciadas não tenho como
duvidar. Estes livros, Mosaicos da Sociedade Brasileira, três volumes, atualmente
encontram-se em fase final de publicação. A próxima etapa será como divulgá-los.
Olá Sr. Oto Ferreira,
ResponderExcluirGostaria de entrar em contato com o senhor. Poderia me passar seu e-mail?
o meu é rubiamara74@gmail.com
Grata,
Rúbia