124ª Comunicação
A cada dia surgem novos desafios
que aguardam por soluções urgentes. Os governos, atrelados a compromissos
eleitoreiros, simplesmente tentam postergar ou enfrentá-los segundo
conveniências dos partidos políticos que os elegeram. Este sistema exótico é a
República de Coalizão. Em assim procedendo, o País, burocratizado e com mais de
trinta partidos políticos, além das instituições fragilizadas, caiu no conto da
politicagem ideológica de esquerda, que nos conduziu aonde estamos.
O que tem de ser feito, na maioria das
vezes, exige pressa nas decisões e tempo disponível para se aprofundar nas
soluções atinentes aos problemas que afetam diretamente a governabilidade:
saúde, educação, previdência social, infraestrutura básica, segurança etc. Sem
o suporte de uma economia confiável e competência gerencial, não há como
enfrentar problemas que exigem estudos mais aprofundados e complexos. Os vícios
acumulados impedem que isso aconteça. A atual crise de
governabilidade advém justamente da estrutura do Estado, que não mais suporta o
peso de uma descaracterização do princípio da representatividade. O voto foi
corrompido por uma democracia desfigurada nos seus princípios básicos,
influindo no desvirtuamento de uma República que, por sua vez, sofreu as
influências maléficas das fragilidades do sistema da independência dos poderes,
hoje, uma central de crises. As instituições arcaicas facilitam o surgimento de
novas crises.
O País, com a dimensão continental e população com características
próprias, diferenciadas nas suas necessidades básicas e fontes de produção, não
pode permanecer subordinado aos caprichos centralizados. A regionalização é uma
necessidade. Outros vícios próprios de
adaptações a uma modernidade que não corresponde a nossa cultura merecem ser
reavaliados. O
número de leis é excessivamente gigantesco, facilitando distorções
interpretativas, beneficiando a quem não deveria beneficiar. A democracia
descaracterizada facilita que isso aconteça.
Fala-se
muito em emendas constitucionais. A nossa constituição é uma colcha de remendos:
até o dia 15 de setembro de 2015, já haviam sido incorporadas na Constituição
90 emendas regulares e seis de revisão constitucional. No entanto, há um artigo
na constituição, levando-se em conta este absurdo, que deu oportunidade para
que se arquitetasse um projeto para criação de uma “Grande Pátria Comunista”, a
URSAL (União das Repúblicas Socialistas da América Latina). Com base neste
absurdo, obras monumentais foram construídas em países compreendidos no
contexto ideológico, através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES), uma preciosidade do descuido dos parlamentares constituintes:
Parágrafo
único do Art. 4º: “A República Federativa do Brasil buscará a integração
econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando a
formação de uma comunidade latino-americana de nações.”
A
Constituição é de 1988, o Foro de São Paulo aconteceu menos de dois anos após a
sua homologação. É ou não é uma grande coincidência?
Em tempo algum a sociedade se sentiu tão ameaçada. A insegurança é
total. O que acontece no ambiente urbano, descalabro nunca visto, repete-se no
meio rural, em cidades pequenas e fazendas localizadas no município. O clima é
de pavor, impotência e descrédito nos órgãos de segurança. O número de agências
bancárias e caixas eletrônicas detonadas, acrescido de quadrilhas
especializadas em enfrentar órgãos de segurança pública para apoderar-se de
armas, munições e assalto a depósitos de valores, é causa de meter medo.
Fazendas são assaltadas; rezes e pertences outros são transportados em
carretas, “caminhões boiadeiros”, após utilização de métodos de torturas para
imobilização das pessoas presentes, inclusive com assassinatos.
O que acontece atualmente numa
sociedade que se deixou dividir para que prevalecesse o ambiente ideal à
implantação do Socialismo Bolivariano, começou em 1990, com a criação do Foro
de São Paulo. A partir daí os métodos gramscistas foram facilmente impostos. O
desleixo com que a sociedade deixou-se ser enganada pela política social e a
irracional divisão de classes são impressionantes. Infelizmente, miséria e
anticultura andam de mãos dadas. Chegou a hora de se reverter as barbaridades
cometidas contra o patrimônio nacional, hoje, uma tremenda terra arrasada.
Atualização dos Acontecimentos
13 de julho de 2016
A disputa
pela presidência da Câmara dos Deputados ocorreu segundo o ambiente confuso de
sempre. No caso presente foi eleito o Dep. Rodrigo Maia (DEM-RJ) para um
mandato tampão até fevereiro de 2017, por 285 votos a favor e 170 de seu
opositor, Dep. Rogério Rosso (PSD-DF). A eleição do vencedor é plenamente de
apoio ao Planalto, que terá mais facilidade para colocar em pauta projetos
polêmicos e urgentes, principalmente os da área econômica, preparados pela
equipe do ministro da Fazenda, Henrique Meireles.
Obs.: A novela referente ao processo de
cassação do deputado Eduardo Cunha continua na gangorra do tempo, vai e volta.
Adiado para o dia 10 de agosto, um dia após a votação pelo Senado do
impeachment da presidente Dilma, é possível que não aconteça. Pelo que tudo
indica, o cerco está cada vez mais estreito. Quem sabe aconteça uma renúncia?
28 de junho de 2016.
(Notícias Internacionais).
Atentado terrorista no Aeroporto
internacional de Ataturk, Istambul-Turquia, com 41 mortos e 239 feridos. O
Estado Islâmico (EI), apesar das características dos seus repetidos atentados,
não o reconheceu imediatamente como de sua autoria. Mas o fez posteriormente.
15 de julho de 2016
A
Turquia foi surpreendida por uma
tentativa de golpe iniciado no dia 15 e debelado no dia 16, nas cidades Ancara
e Istambul, com aproximadamente 270 mortos. A retaliação do presidente Erdogan, com a prisão de milhares de pessoas
envolvidas foi imediata: Fala-se em seis mil militares, demissão de nove mil
policiais e suspensão de três mil juízes, além de 15 mil e duzentos
funcionários do Ministério da Educação.
18 de julho de 2016
Na
Alemanha um rapaz de 17 anos, afegão, com faca e machado, atacou quatro passageiros
de um trem em Baviera. O terrorista foi morto em seguida. O Estado Islâmico
reivindicou o ataque. Pelo visto quer mesmo é
levar o pânico em todos os continentes.
21 de
julho de 2016
Entre nós, dois fatos quebraram
a normalidade do recesso. Um de repercussão interna: em depoimento ao juiz
Sérgio Moro, em processo de delação premiada, o publicitário João Santana e sua
mulher, Mônica Moura, admitiram ter recebido US$4,5 milhões procedentes de
contas no exterior, referentes à campanha eleitoral da presidente Dilma em
2010. O outro, com repercussão
internacional. O ministro da Justiça, Alexandre de Morais, em entrevista
coletiva, anunciou a prisão de brasileiros tidos como “terroristas” ligados ao
Estado Islâmico. Entre os 12 componentes do grupo, que estavam sendo
monitorados pela Polícia Federal, um continua foragido. A operação denominada Hashtag, foi
considerada eficiente no cumprimento das onze prisões realizadas. Apesar de minimizar o fato, chamando-os de
“amadores”, tudo indica que não deixa de ser uma preocupação a mais.
22 de julho de 2016
Um terrorista invadiu um
shopping em Munique, na Alemanha, e matou dez pessoas. Em seguida se matou. É o
terrorismo levando o pânico a populações indefesas.
23 de julho de 2016
Em
Cabul, capital do Afeganistão, dois homens-bomba explodiram durante uma
manifestação pacífica do grupo Xiita, matando 80 pessoas e ferindo outras 230.
Nota Renovadora
Este Blog foi criado para
comparar o que se passa nos dias de hoje, digno de ser registrado, com os
comentários e sugestões que compõem a coletânea Mosaicos da Sociedade Brasileira, três livros escritos na década de
1.980 para um tempo futuro e incerto, segundo pontos de vista real místico e
misticidade real. (Ver o que isso significa na 120ª Comunicação, Que rumo
tomar? – 04/06/2016). Obs.: Estes
livros acabam de ser publicados pela Thesaurus Editora- Brasília, ainda
dependendo de um planejamento para divulgação.
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