131ª Comunicação
15 de novembro de 1889 / 15 de novembro de 2016
Comemoramos
neste dia o 127º ano da proclamação da Republica. É lamentável comentar fatos
que nos conduziram ao que presenciamos atualmente. A República de coalizão de
trinta e cinco partidos políticos agoniza. No entanto, a homenagem pela data
exige que alguns nomes de grande envergadura moral e patriotismo sejam
lembrados e aqui nomeados: Marechais
Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, Benjamim Constant, Quintino Bocaiuva,
Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo, almirante Eduardo Wandenkolk e
tantos brasileiros que sonharam com uma República apta a substituir a
monarquia, na figura humana e moral mais proclamada de nossa história, Dom Pedro II. Aos 15 anos de idade foi-lhe antecipada a
maioridade. Hoje, o que estão fazendo com a nossa juventude dá o que
pensar!
Volto a me referir sobre “a lei
como força, e a força como lei”. São duas alternativas contraditórias. Quando a
lei deixa de ser aplicada em casos de manutenção da ordem pública abre a
possibilidade de ser substituída pela “lei como força”, ou a antilei da
omissão, um alçapão armado segundo ensinamento do líder comunista italiano
Antonio Gramsci, visto no artigo anterior. Daí a situação que se encontra o
País, com várias crises entrelaçadas umas às outras, cujo objetivo é
desestabilizar institucionalmente o Estado. A violência incontrolada é um bom
argumento para ativar a reação de movimentos subversivos, sobejamente
conhecidos e aptos a entrarem em ação. As greves e outros meios de desafiar a
segurança pública, com todo dispositivo à disposição da cúpula que comanda o
programa de impedir que o governo Temer governe, para eles, golpista e traidor,
já foi desencadeada, com ocupações e bloqueio de estradas, queima de ônibus e
interrupção de rodovias, além de outros recursos destinados a provocar o caos,
próprios de ocasiões de crises como a atual. As mobilizações contra o governo
Temer, a partir do dia 11/11/2016, pelo que tudo indica, já começaram. No dia
de hoje, 15/11/2016, cerca de mil escolas e Universidades, inclusive a UNB,
foram invadidas. Daqui para frente tudo pode acontecer. Isso seria apenas
reforço para impedir a governabilidade de um governo bem intencionado, mas que
sofre terrível pressão e ameaças.
Para provocar o desmonte do
estado, segundo Gramsci, era necessário encontrar pontos sensíveis que
afetassem a economia. Os gastos sem controle contábil da dívida pública foi o
caminho escolhido. Ao governo Temer caberia desarmar esta armadilha. Para
tarefa de tamanha envergadura foi criada a PEC
(Projeto de emenda à Constituição) Nº 241 (Nº 55 no Senado), também conhecida
como PEC do teto. Destina-se a barrar o crescente aumento dos gastos públicos,
medida necessária para frear a irresponsabilidade de gastos sem apontar os
recursos para saldá-los, impondo critérios para o ajuste fiscal num período de
20 anos. Esta medida é tão importante que pode ser comparada ao Plano Real, que
num período de inflação sem controle teve por objetivo estabilizar a moeda.
Por isso esta PEC é tão
combatida pelos movimentos ditos sociais que fazem a “cabeça da juventude”. Os
protestos estudantis já se transformaram em movimentos destinados a
desestruturar institucionalmente o estado. Em todo território nacional
movimentos secundaristas filiados à UNE, numa forma ousada de confronto e
desrespeito às autoridades, ocuparam prédios públicos e escolas para
protestarem contra iniciativas do governo.
Apesar dos protestos e ameaças,
a votação prossegue.
Resultados
da votação da PEC 241 na Câmara dos Deputados
Primeira
votação: 09 de outubro = dia destinado aos debates; 10 de outubro =
votação: 366 votos a favor e 111 contra.
Segunda votação: 24 de
Outubro = dia destinado aos debates; 25 de outubro de 2016 = votação: 359 votos a favor e 116
contra.
Votação no Senado: O mesmo procedimento ocorrido na Câmara será no
Senado com a PEC 55. O primeiro passo já foi dado. A Comissão de Constituição e
Justiça do Senado aprovou por 19 votos a favor e apenas sete contra, o
prosseguimento do processo. Os próximos passos foram programados: Votação do
primeiro turno: 29/11/2016; votação do segundo turno: 13/12/2016.
Breve histórico do que acontece atualmente: Ocupação de prédios de
ensino.
Diante dos
resultados a reação da oposição foi
turbulenta. No dia 26 de outubro de 2016 havia 1.172 escolas e instituições
federais, estaduais e municipais ocupadas, em protesto contra a reforma do
ensino médio; mas o objetivo era protestar contra a PEC Nº 241 / 55. Mas o
grande obstáculo que desafia as autoridades (lei da força) foram as provas
programadas pelo ENEM (Exame Nacional do ensino médio), marcadas para a
primeira semana de novembro, dias 5 e 6. Dos 8,6 milhões candidatos inscritos,
191 mil foram atingidos pelas invasões dos estabelecimentos de ensino. No
primeiro dia das provas 364 escolas ocupadas, locais onde haveria exames, de um
dia para o outro passaram para 405. As provas do ENEM foram realizadas conforme
o previsto. Para os prejudicados haverá novos exames programados para os dias
03 e 04 de dezembro. Tudo indica que esta foi a melhor escolha.
Deste inusitado procedimento,
que aproveita da condição de menores para protestar contra a PEC do teto, confirma
um adágio improvisado, próprio para esta ocasião: a dúvida é a porta aberta à
indecisão, e esta, a perda da capacidade de enfrentar profissionais de uma
esquerda ameaçadora e que conhece bem os pontos vulneráveis a serem atacados.
Continuemos com outros fatos que estão dando o que falar:
O imbróglio criado pela prisão
de membros da Polícia Legislativa efetuada pela Polícia Federal, criticada pelo
Senador Renan Calheiros com palavra depreciativa ao Juiz federal que determinou
a ação, chamando-o de “juizeco”, fez com que o STF, através do ministro Teori
Zavascki, considerasse que tal fato, por envolver também senadores, teria de
ser autorizado pela Corte (STF). Esta deliberação poderia abrir nova crise
entre os poderes da República. Antecipando o que estava para acontecer, o
presidente Temer convocou uma reunião para o dia 28 de outubro. Com o pedido protocolar de desculpas encerrou
mais um fato que poderia alimentar nova crise.
Outro assunto discutido atualmente diz respeito ao Foro privilegiado.
Há muitos
juristas que defendem o fim deste privilegio. Entre eles cito o ministro
aposentado do STF, Carlos Mário da
Silva Velloso, muito citado pelas
suas opiniões nos meios de comunicação, com argumentos sólidos e
incontestáveis. O difícil de acreditar é que tantos políticos que respondem a
processos votarão contra os seus próprios interesses. Só vendo.
Há muitos
assuntos importantes em discussão no Congresso: estados e municípios
encontram-se em dificuldade e necessitam de dinheiro para fechar as contas,
inclusive salários atrasados e o 13º pela frente; a cláusula de barreira, em
que impeçam partidos inexpressivos a participarem das benesses hoje concedidas (Fundo
partidário e tempo do horário gratuito da TV e rádio, entre outros). Até parece
que só agora os problemas surgiram de um dia para o outro. A hora é de se saber
quem os provocou.
Nota Renovadora
Se o livro fosse
dotado da inteligência comunicativa com o leitor, na certa, os Mosaicos da Sociedade Brasileira teriam
muito que dizer. Estes livros descrevem o que deve ser feito para soerguer o
gigante que está agonizando. Mesmo atacado pela violência do ódio reprimido, o
gigante Brasil clama por novos modelos de gestões políticas, mais expeditas.
O que hoje vivenciamos
corresponde, de forma amena, ao que me foi revelado no ano de 1978 pela vidente
“Tia Neiva”, no Vale do Amanhecer (precognição). Tempo distante do que se passa
na atualidade. Os livros Mosaicos da
Sociedade Brasileira, apesar de escritos a partir do ano de 1979 e década
de 1980 foram, de fato, destinados aos tempos atuais. Os assuntos ali tratados atestam esta afirmativa. O livrete Brasil em Crise versus Brasil Esperança
apresenta uma síntese histórica dos Mosaicos, descrita em duas versões
diferenciadas: a realidade mística e a misticidade real.
Realidade
é a verdade expressa em fatos concretos, insofismáveis. É o que é.
Misticidade, no presente caso, refere-se aos fatos concretos da
atualidade previstos com muita antecedência (precognição).
Misticidade
real: Corresponde a fatos previstos por antecipação.
No caso presente considera-se misticidade real os fatos que, à época, década de
1980, seriam impossíveis de se imaginar que pudessem acontecer.
Nota: Os Mosaicos da
Sociedade Brasileira já foram publicados e estão aguardando algumas medidas
complementares em andamento. A divulgação está a cargo da empresa Mix 7,
Agência de Marketing Digital Ltda – ME.
Excelente resenha.ideias bem ordenadas, criteriosamente didáticas. Vou compartilhar no facebook.
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