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À margem do tempo – Novas Considerações

                                                                    133ª Comunicação     
Há determinadas situações que não dá para entender. O País, mergulhado numa gigantesca crise econômica, política, social e ética, deixada pelo governo do PT, hoje tenta culpar e transferi-la para o governo do presidente Temer. Lembremos que não houve transição da passagem de governo. Sem cumprimento deste dever “republicano e democrático”, como dizem, qualquer assunto banal e ridículo serve de pretexto para insultos e ameaças de pressão ideológica para caluniar e transferir responsabilidade, taxando-o de “governo ilegítimo”.  A racionalidade, uma vez desvirtuada e ardilosamente imposta sem uma avaliação de seus deletérios efeitos, se não for combatida no nascedouro pode tornar-se uma doença e, como tal, transformar-se numa epidemia sem fronteiras, física ou psicológica. Os meios fraudulentos acobertados pela traição surgem de repente, para descaracterizar objetivos acordados. É o que está acontecendo com a política nacional, que passaremos a repassar alguns destes meios indecorosos, muito em evidência.
     Na madrugada do dia 30 de novembro de 2016, a Câmara dos Deputados, em nome de suas razões não declaradas, desfiguraram as dez medidas para combater a desenfreada corrupção e, em substituição, colocaram a punição por abuso de autoridade aos magistrados e integrantes do Ministério Público, desvirtuando o objetivo padronizado no combate aos crimes de corrupção e seus componentes naturais, investigados pela Operação Lava-Jato. Uma vez aprovado na Câmara dos Deputados o texto foi enviado ao Senado. O presidente Renan Calheiros tentou colocar em votação a urgência para sua apreciação, ao que foi rechaçado pelos senadores Cristóvão Buarque e Ronaldo Caiado. Posta em votação, foi rejeitada a fraudulenta proposta. É de se observar que no dia 29 de novembro a presidente do STF, ministra Carmen Lúcia, já havia advertido para o risco de aprovar lei destinada a favorecer a impunidade.
      04 de dezembro de 2016
      Em despedida ao pó resultante da cremação do corpo de Fidel Castro, após percorrer Cuba por inteira, lá estavam os ex-presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, que faziam companhia aos presidentes Nicolas Maduro, da Venezuela, Evo Morales, da Bolívia, Daniel Ortega da Nicarágua e membros do Partido comunista de Cuba, em local reservado.
   No dia 05 de dezembro, um dia após as manifestações em defesa da Operação Lava-jato e contra a corrupção, realizadas em aproximadamente 200 cidades do País, acatando pedido da Rede Sustentabilidade sob a alegação de que “réu não pode ocupar cargo na linha sucessória da presidência da República”, o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, em liminar, atendeu ao pedido, afastando o Senador Renan da presidência do Senado. Em consequência, o plenário do STF foi convocado para decidir mais uma pendenga no dia 07 de dezembro, para prolatar a sentença definitiva. Dada a exiguidade de tempo em que o Senador Renan terá para completar o mandato, 1º de fevereiro de 2017, o motivo alegado pela Rede, na prática, não teria nenhuma consequência. Acontece que infringe dispositivo constitucional. O decano do STF, ministro Celso de Mello, encontrou a saída: o senador Renan continua na presidência do Senado, porém, fica impossibilitado de concorrer à sucessão em caso de afastamento do presidente da República. Por seis votos a três prevaleceu o bom-senso, uma vez que a PEC 55 está prevista para votação do segundo turno, no dia 13 de dezembro. O “Fora Renan” das faixas nas manifestações em defesa da Lava- Jato e contra a corrupção, em 200 cidades, pode tornar-se mais uma dor de cabeça para o governo Temer, mas não deixa de ser um ganho para desembaraçar mais um obstáculo a ser contornado. Como se vê, as crises são muito mais profundas do que são anunciadas. 
   13 de dezembro de 2016
   Como era previsto, em sessão menos tumultuada do que as anteriores, por 53 votos a favor e 16 contra, foi aprovada a PEC 55. Os argumentos apresentados pelos defensores do quanto pior, melhor, por quererem transformar interesse do futuro do Brasil em interesse imediato de ideologia arcaica e nebulosa, de fundamento puramente ideológico contido no Foro de São Paulo, até que enfim, deixou de ser uma bandeira defensável, mas aula prática de vandalismo para profissionais da CUT, MST, UNE e filados do PT. Apesar da aprovação da PEC do teto, evitando-se ocupação de nove ministérios e depredação de órgãos públicos, como da última votação, os protestos continuaram, não só em Brasília, mas por este Brasil afora. Em Brasília houve confronto com a polícia e até queima de ônibus. Com a proibição de ocupação da Explanada dos Ministérios, os protestos sofreram um golpe estratégico. Mas ficou evidente que há uma programação para tornar o governo Temer ingovernável. Selvageria e Vandalismo, uma marca já tradicional desses movimentos, foi o que restou de incalculáveis prejuízos.  Está marcado para amanhã, dia 15 de dezembro, sessão solene para promulgação da PEC aprovada.
      Enquanto isso, só nos resta a esperança de que a Operação Lava-Jato continue a desmontar o que foi preparado para implantação de um comunismo latino-americano. As crises são muito mais profundas do que se apresentam.

     Chapecó-Brasil, Medelín-Colômbia
  Abrimos espaço para continuar comentando sobre o que aconteceu nessas duas  cidades, vistos no artigo anterior, sobre a catástrofe aérea.
   Em Medellín. O engajamento desta cidade no atendimento aos serviços necessários às necessidades básicas que seriam postas em prática, é digno de divulgação como forma de reconhecimento e demonstração de uma solidariedade humana a toda prova: socorrer possíveis sobreviventes, recolher e transportar os mortos para o departamento de medicina legal para as devidas providências de identificação, bem como prestar atendimento de urgência aos que se salvaram e as medidas de prestação de serviços que requerem pronto atendimento. Enquanto isso acontecia durante o dia, nova surpresa estava programada para a noite, no horário que deveria acontecer o jogo programado: quarenta mil torcedores, com velas e celulares piscando ininterruptamente, num estádio em penumbra, prestavam aos 71 mortos — sendo 19 jogadores do elenco representativo do Chapecoense —, comovente homenagem que um clube de futebol, uma cidade, um estado (Etioquia) e um País, com as autoridades se revezando em comoventes palavras ao longo da duração do evento, prestavam ao Brasil, ali representado pelo Chapecoense, uma excepcional homenagem. Em nome do Brasil o ministro das Relações Exteriores, José Serra, agradeceu tão surpreendente homenagem, chegando a se emocionar. As imagens percorreram o mundo e produziram um efeito dominó, num momento em que a paz, até que enfim, estaria em evidência, provocando uma onda de homenagens do planeta do futebol que seriam prestadas pelos principais jogos em todos os continentes.
      No dia 02 de dezembro foi a vez de Chapecó retribuir o carinho com que fora distinguida: num estádio lotado e submetido a uma chuva quase tempestade, retribuía aqueles gestos de solidariedade, inclusive com a presença do presidente Michel Temer e ministros, que se faziam presentes naquela solenidade de comovente confraternização. É de se salientar a leitura pelo jornalista Cid Moreira de trecho bíblico sobre a força do amor, uma adaptação de Coríntios 13 e o Salmo 23. A leitura dos trechos da Bíblia na voz do Cid Moreira é algo incomparável. Foi lida também, pelo bispo de Chapecó, Dom Odelir José Magri, uma mensagem do Papa Francisco.
Como se vê, duas cidades distantes uma da outra, em países diferentes e motivos que não esclarecem racionalmente os fatos, falta de combustível na chegada ao destino há apenas 30 km para o pouso, não foi motivo para que Medelín-Colômbia e Chapecó-Brasil, que distam uma da outra aproximadamente 7.000 km de distância, dessem ao mundo um choque de solidariedade e amor cristão nunca visto. Assim, o planeta do futebol dá ao mundo uma lição que permanecerá para sempre: homenagens das principais equipes em todos os continentes, contrapondo-se às barbaridades expostas pelos meios de comunicação, que se tornaram atos de rotina e escola de selvageria. Vejam o que passa na Síria e adjacência. Este fato só se justifica pelo DESTINO, senhor absoluto do que acontece ou venha acontecer. A força do destino sobrepõe a todas outras forças, por ter a sua origem em desígnios que a razão humana não alcança.
 Nota Renovadora
   Notícia extra: O Jornal Nacional da Rede Globo, em horário nobre do dia 10 de dezembro de 2016, dedicou 55 minutos de um longo noticiário, uma hora e dez minutos, à delação premiada de um dos diretores da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, encarregado de manter contato com autoridades representativas dos poderes da República, que poderiam conceder “facilidades” para que a empreiteira fosse beneficiada. Num detalhado sistema de doações, cita 51 políticos de 11 partidos, com as quantias repassadas, inclusive autoridades da alta cúpula dos governos, indistintamente. É fato lamentável sob qualquer argumento ético.
     Do acima exposto só nos resta uma certeza: a hora de divulgar os livros “Mosaicos” chegou. Tudo tem seu tempo certo. As oportunidades indicam o que fazer. Assim, espero.  
Segue o link do site Brasil renovado:
Segue o link do da página do facebook:

      Os livros estão nas livrarias:
Livrarias  Saraiva:



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