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Realidade Confusa e Ameaçadora

                                                                                                  138ª Comunicação
Nem tudo que se propaga pode confiar como sendo verdade. Vivenciamos uma crise moral sem precedentes.
     À proporção que avançamos nos dias após os folguedos carnavalescos, um providencial sucesso comparado ao tamanho da crise que ocupava todo espaço da mídia, integramos à realidade que não deixou de existir. Acontece que o ano de 2017 só agora, mês de março, está retornando à trajetória de 2016, após contemporizar férias profissionais e escolares, recesso, distúrbios climáticos, violência não controlada e a necessidade de se evitar confrontos com uma esquerda que se apega em fatos do passado.
   Mas nem por isso devemos esquecer de que atravessamos uma crise com vasto repertório de uma desmoralizada política que desestruturou a economia, ou vice-versa.
Iremos, a partir desta realidade execrável, analisar o atual quadro geral utilizando-se de uma trilogia que comporta as atividades de um Estado que foi ou está sendo causa de efeitos perversos, hoje, esmiuçados pela Operação Lava-Jato e congêneres: Identificar os mentores e agentes, ativos e passivos, descrever o tamanho do rombo a que o País foi espoliado, recuperar o que for possível do produto criminosamente desviado e julgar os responsáveis, sejam eles quem for. Vamos à trilogia anunciada:
Economia, Política e a falta de objetivo e interesse da classe política em dar rumo ao País.
1- Economia:
A fragilidade dos fatores econômicos, fato pouco lembrado, é resultado de algo até hoje não totalmente desvendado, uma vez que se originou de uma trama urdida segundo orientação gramscista: desestruturar a sociedade capitalista utilizando-se de um quiproquó à brasileira, composta de empresários, autoridades dos poderes da República e partidos políticos, aparentemente sem cores definidas quanto à ideologia, mas envolvidos na maior corrupção jamais imaginada. Que o diga os operadores da Lava-Jato que a cada dia mais engrossam o número de envolvidos. A metodologia de utilizar-se da mentira e falsidade de recursos ludibriatórios é prática ultrajante que domina o cenário da politicagem nacional. Há situações em que os fatos divulgados pela imprensa, por interesse ou má fé, invertem as consequências apregoadas e tornam apenas meras suspeitas. 
2- Política e Políticos:
    Congressistas (senadores e deputados), alguns presos e vários deles investigados por indícios de crimes contra o Estado, continuam sendo submetidos a mandados de busca e apreensão de documentos e materiais comprometedores. Indiferentemente, filiados de partidos políticos da coalizão que dava sustentação aos governos Lula e Dilma, continuam como eminentes políticos do governo atual. Seria isso natural se não estivessem sendo investigados, julgados e condenados pela Operação Lava-Jato. 

3 – Falta de objetivo e interesse em apontar rumo ao País:
Com esses arrazoados aqui comentados, chega-se à conclusão de que é preciso mudar de rumo. Acontece que nem governo e nem a classe política assim pensam. Para eles é preciso contornar os pontos conflitantes e de maiores impactos na opinião pública, principalmente os diretamente ligados aos interesses dos trabalhadores, facilmente distorcidos ideologicamente. O Estado, quase falido, torna-se trunfo fácil para concessões abusivas e barganhas indecorosas.       
Enquanto isso acontece ostensivamente, a luta nos bastidores referentes a um Legislativo jurisdicionado conduz naturalmente a um Judiciário politizado. O Foro Privilegiado é bom exemplo de uma situação nada sustentável, mas atuante. E o que dizer do “caixa 2”?
      Atualizando os acontecimentos:
O carnaval vai ficando para trás e a rotina da crise na República volta a ocupar espaço na mídia. As reformas da Previdência e a Trabalhista são os assuntos do momento.
Como se observa na sequência dos acontecimentos, o que mais se nota é a contraofensiva para diluir o tamanho e profusão de escandalosos conchavos que tentam comprovar a fragilidade das provas, considerando-as ineptas para acusações inadequadas. Difícil será sustentar e comprovar esta falácia repetitiva.  Repassemos alguns fatos. O processo de cassação da chapa presidentes Dilma / Temer no Tribunal Superior Eleitoral, presidido pelo ministro relator, Herman Benjamim, é mais uma ameaça à aparente normalidade das reformas anunciadas. As delações dos 77 executivos da Odebrecht, entre eles o próprio ex-presidente Marcelo Odebrecht, pode tornar-se uma verdadeira “caixa de Pandora”.
Mas não é só: o ministro Edson Fachin, relator da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal, a qualquer momento pode detonar novas crises, ao julgar procedentes as acusações de centenas de acusados; o Juiz Federal Sérgio Moro preside a Operação Lava Jato, a instituição que se encarrega de coordenar os trabalhos com a prudência de conduzi-la com independência, o que causa pavor a uma antiga prática de beneficiar privilegiados do poder; o procurador geral da República, Rodrigo Janot, está para  anunciar novos nomes de políticos envolvidos, o que obrigará o governo a mudar o foco de sua agenda. As estratégias se modificam e podem redundar em manobras que influam no retardamento de medidas essenciais, com vistas a empurrá-las até as eleições de 2018. O Foro privilegiado é a válvula de escape que todos os investigados desejam utilizar. Por fim, pouco anunciado, são as novas e independentes autoridades que estão surgindo por este País afora, em decisões que apontam a podridão em cidades e estados, o que denota uma crise moral amplificada. O que está aí não dá mais.
O que de pior poderia acontecer, aconteceu:
Como era de se esperar, no dia 14 de março o procurador geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao STF, Ministro Edson Fachim, a solicitação para abertura de 83 inquéritos de políticos com Foro privilegiado. Igualmente solicitou ao STF que envie à Operação Lava Jato, em Curitiba e outros Tribunais, 211 petições para que sejam investigados políticos, empresários e operadores sem prerrogativa de foro.
O número de denunciados, provenientes das delações dos 77 executivos da Odebrecht, aponta para um novo desarranjo na composição ministerial, uma vez que cinco ministros estão relacionados (Casa Civil, Secretaria Geral, Ministério das Cidades, Ciências e Tecnologia e Itamarati). O que chama a atenção é a presença de autoridades do alto escalão da República, como presidente da Câmara dos Deputados, do Senado, ex- presidentes da República e outras autoridades pertencentes à elite política do Estado. 
Por fim, pouco anunciado são as novas e independentes autoridades que estão surgindo por este País afora, em decisões que apontam a podridão em cidades e estados, o que denota uma crise moral amplificada. O que está aí não dá mais.
      Nota Renovadora          
  O não comprometimento com uma visão geopolítica capaz de delimitar espaços e estabelecer medidas estruturais compatíveis ao futuro do País — motivo dos livros Mosaicos da Sociedade Brasileira —, pode levar a uma ingovernabilidade sem precedentes. Isso ninguém deseja, mas poucos se preocupam com tal possibilidade.
     Como esta realidade não comporta em artigos do Blog, o que seria impossível dada à complexidade dos assuntos vistos sob duas realidades, real e mística, as sintetizei num livro-roteiro, “Brasil em Crise versus Brasil Esperança”, que o coloco à disposição dos leitores para certificar-se de fatos que não se explicam racionalmente. O meu único interesse é propagar o que ali se encontra, um compromisso espiritual que assumi como missão, sem direito à escolha, conforme ali é tratado ordenadamente.
     É coisa séria! O que se passa atualmente fora previsto com muita antecedência.
Segue o link do livro Brasil em Crise versus Brasil Esperança para leitura gratuita.
  
            Segue o link do site Brasil renovado 
Segue o link do da página do facebook:

Livrarias Saraiva:

          

Comentários

  1. Parabéns pela excelente resenha dos últimos acontecimentos.
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