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Observações sobre a atualidade

                                                                         162aComunicação

            Nem sempre o que pensamos se realiza. O que tenho feito durante quarenta e nove anos é registrar o que se passa nas pegadas do tempo, compondo um histórico de fatos dignos de serem registrados. Conforme tratamos no artigo anterior, não tenhamos dúvidas de que os rumos que estamos tomando anunciam que, mais cedo ou mais tarde, passaremos por tempos dolorosos.
              Como venho afirmando insistentemente, a hora é de fortalecer o Estado, e não de dar sinais que indiquem o contrário. O Brasil está no fundo do poço. 
      Os primeiros sinais de contestação já começam a aparecer. O primeiro protesto  que vivenciamos vem da carta aberta ao Excelentíssimo Senhor Presidente eleito, Jair Bolsonaro, publicada nos jornais de grande circulação, no dia 25/11/2018, pela Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil, ANABB. Nela, de maneira clara e não ofensiva, as palavras soam como sinal de alerta: “Não vamos ameaçar pilares que estão sólidos, geram valor para a sociedade e pertencem a todos os brasileiros.”
              Mas os desatinos continuam: o presidente em exercício, Michel Temer, sancionou no dia 26/11/18 o reajuste de 16,38% para os ministros do Supremo Tribunal Federal, cedendo ao que haviam solicitado. Passarão a ganhar R$39,2 mil. Por mais justificativas que tentem inventar, tal reajuste refletirá em aumentos para a magistratura, Ministério Público e Poderes Legislativo e Executivo. A medida foi publicada no dia 27/11/18, no Diário Oficial da União. É evidente que o referido salário balizará outras carreiras. A União e os Estados estão endividados.
            Como de costume, a responsabilidade de arcar com o prejuízo recairá nas costas dos já sofridos pagadores de impostos. Enquanto isso a corrupção domina o meio político e até o Judiciário. Disso ninguém fala. É como se fizesse parte da caótica tradição nacional.
            A violência e a miséria, a cada dia, crescem em ritmo alucinante. Vejamos mais um fato que merece ser comentado: a Embaixada do Brasil em Israel será transferida de Tel Aviv para Jerusalém. Nada de mais. A maneira, no entanto, como se deu a confirmação oficial do Governo Brasileiro é que chama atenção. No dia 27/11/2018, em Washington, foi anunciado oficialmente o que era apenas cogitação. O deputado Federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente eleito Jair Bolsonaro, aparece numa foto de boné com a propaganda do atual presidente dos Estados Unidos, para uma eleição que só se realizará em 2020. Aqui é que está o perigo. Em dezembro de 2017 o presidente Donald Trump havia reconhecido Jerusalém como capital de Israel, transferindo a Embaixada Americana de Tel Aviv para Jerusalém. O mesmo acontece agora com o Governo Brasileiro, como já nos referimos. 
    É perigoso cutucar cachopa de marimbondo com vara curta. 
          Concluo: sugerir para que a ONU declare os pontos de atrito como Patrimônio Mundial. Assim estaria cooperando para promover a paz entre dois povos que sempre se opuseram um ao outro.
          Retornemos à corrupção: 
          São tantos absurdos que estão acontecendo, que é impossível distinguir o que deve ou não ser escolhido para ser transmitido como observações. Vejamos algumas que mais chamam a atenção.  É notório que fatos escandalosos acontecem no meio político e até mesmo no Judiciário. A corrupção começa na cúpula do governo, em que o atual presidente da República, Michel Temer, é acusado de cometimento de atos corruptivos.
            Agora vamos a uma comparação: a mesma “democracia”, utilizada para justificar eleições de corruptos nos vários escalões da judiada República, deve ser utilizada para todos, indistintamente. Por que o que se passa no Rio de Janeiro, com a destituição do cargo e prisão do governador Pezão, seria diferente? Isso dá o que pensar! A situação é que é caótica.
            Outro absurdo são os recorrentes assaltos às escolas, não só com ameaças aos professores, como a subtração de materiais eletrônicos e tudo mais que contenha valores que compensem essa absurda prática. A insegurança dos cidadãos é uma ameaça ao direito de liberdade. Para roubo de celulares, crianças são assaltadas e ameaçadas de brutalidades que as apavoram. Os transeuntes, com raras exceções, as socorrem. Assaltos e torturas aos moradores de prédios, visando o roubo daquilo que os criminosos julgam compensar, como dólares, são notícias que não mais chamam atenção. Os crimes cometidos contra as mulheres aumentam a cada dia que passa. Furtos de carros e de outros meios de locomoção também aumentam a cada dia.  Onde iremos parar?
     Mas o que mais apavora é assistir passivamente o que acontece nos bastidores do desordenado sistema penitenciário, que não suporta mais o elevado número de criminosos que amedrontam a pacata população. É neste ambiente que a “era Lula” continua. A arrogância do ex-presidente, e o seu modo peculiar de se passar como vítima, é espantosa. Por tudo isso e outros absurdos é que indico a leitura de meus artigos, que narram com precisão os fatos e apontam o que é necessário para combater uma situação pré-caos.
          A ocasião de resolver definitivamente tantos absurdos que estamos vivenciando ficou no passado. 
            Por isso, por não ter condições de apontar outros fatos até mais graves do que esses que acabamos de citar, recorro a um recurso que atenda tal deficiência: leiam os meus últimos três artigos (Verdade e Sofisma, Na encruzilhada de um tempo tenebroso e Encruzilhada dos tempos modernos), que tratam de Previdência Social e de como enfrentar a situação de um País em crise.
            As palavras caem no esquecimento, o que é escrito permanece como testemunho de um tempo tenebroso. Não esqueçamos que é preciso fortalecer o Estado, não enfraquecê-lo. Que os Guardiões da Pátria nos socorram!

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      Oto Ferreira Alvares

             

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