177a Comunicação
Não era a minha intenção voltar a comentar o momento de incerteza quanto ao que virá pela frente. Porém senti-me no dever de, mais uma vez, respeitar o que a intuição sugere.
Não era a minha intenção voltar a comentar o momento de incerteza quanto ao que virá pela frente. Porém senti-me no dever de, mais uma vez, respeitar o que a intuição sugere.
Dia 16/04/2020: O presidente Bolsonaro demite o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e o substitui pelo renomado oncologista Nelson Teich, que se diz alinhado com o presidente.
O ex-ministro Mandetta se despede com cerca de 76% de aprovação, e o já conhecido panelaço “Fora Bolsonaro”. Enquanto isso acontece, o coronavírus toma rumos que só o destino prevê.
A população está em pânico com tantos absurdos. Tenho alertado nos Artigos e Alertas deste blog sobre a necessidade de dar um rumo ao País. De que se combata a desigualdade de nossa sociedade, que compõe uma dupla tragédia: por um lado, a desigualdade inefável e escravocrata; por outro, a desinformação ou falta de interesse, daqueles que, presos a seu insignificante mundo particular, não se interessam pelo coletivo, tornando-se, assim, facilmente influenciados pela arrogância de demagogos e corruptos.
É bom ressaltar dois extremos que demarcam nossas limitações: a razão egoística e a razão da realidade. Ser popular e populismo bem definem os dois extremos. É necessário acompanhar os fatos nas pegadas do tempo. Diante dessa situação de caos preparada pelo Condomínio Bolsonaro, escancara-se um atestado da falta de lideranças dos três Poderes da República, que não cortaram pela raiz o que se passou nos primeiros atos do presidente eleito. Assim nascia e prosperaria um falso líder, que tinha objetivos ditatoriais. Como exemplos explícitos citaremos dois fatos: 1) o seu primeiro ato foi de conceber aos três filhos políticos a mais alta medalha disponível. 2)a indicação de seu filho, Flavio Bolsonaro, com o agreement (concordância) do presidente Donald Trump, para ser embaixador do Brasil nos Estados Unidos. Esta proeza só não se concretizou pela reação do corpo diplomático, amplamente apoiada pela mídia. Na época deixei registrado tal absurdo como sendo um feudo de família.
E assim prosseguiu o presidente com a prática de contestar, seu verbo preferido, com repercussão mundial. Internamente, não há mais com quem brigar, isolando-se num Condomínio de família e fanáticos, facilmente convencidos pelas fake news (notícias falsas). A hora é de união para enfrentar o inimigo da crise mundial, o coronavírus.
No momento, sem partido e contrariando a ciência e o bom senso, Bolsonaro continua desrespeitando normas de segurança de saúde, dando péssimo exemplo.
Mas o que de pior poderia acontecer foi o que se passou no dia 19 de abril, antevéspera do aniversário de Brasília. Em várias localidades do país, vestidos de verde e amarelo, houve passeatas em apoio ao presidente Bolsonaro. Em Brasília, em frente ao Quartel General do Exército (QGEx), Avenida Duque de Caxias – SMU (Setor Militar Urbano), com a presença do presidente, compareceram aproximadamente 5.000 pessoas, apoiadores fanáticos do presidente. Durante o movimento, houve referência ao nefasto AI-05 (Ato Institucional n0 05), um ultraje ao imortal Juscelino Kubitschek, principal vítima do famigerado AI-05. Não há como definir tamanho insulto ao imortal JK senão ignorando tamanho absurdo. Estamos nos referindo a um pandemônio, de consequências trágicas para o País.
Por fim, discorramos sobre os últimos acontecimentos:
24 de abril de 2020 – É muito cedo para antecipar o que nos espera o futuro. Os fatos acontecem tão rapidamente que torna-se impossível prever o que se passa nos bastidores dos poderes da judiada República. Presenciamos o crescimento de uma crise política que obscureceu até mesmo a pandemia do coronavírus. Entramos na fase do salve-se quem puder e como puder.
Partindo dessas suposições e revendo o que venho apresentando com “Alertas”, chego à seguinte conclusão: a renúncia do Ministro da Justiça e Segurança Pública, Dr. Sérgio Moro, é exemplo de coerência e lealdade para com o ex chefe da Polícia Federal Maurício Leite Valeixo, homem de sua confiança, que foi demitido por não atender à ordem de suspender as investigações sobre crimes hediondos, suspostamente praticados por seu filho, Senador Flavio Bolsonaro.
Estamos diante de um beco sem de saída: “se ficar o bicho come, se correr, o bicho pega”.
Homenagens Especiais
21 de abril de 2020 – 1ª. Brasília completa 60 anos como capital do Brasil. Aos que aqui nasceram, e a todos nós que a escolhemos como nossa residência definitiva, em uníssono, a saudamos: Parabéns Brasília!!! Parabéns JK e seus denodados companheiros nessa epopeia histórica.
2ª. Ao imortal herói, Joaquim José da Silva Xavier, Tiradentes, patrono das polícias militares e civis, oferecemos esses versos de um longo poema a ele dedicado:
A SOMBRA DE TIRADENTES – Pedro Luís
“É esse herói soberbo,
O filho da liberdade,
Que a cega posteridade
Nessa baixeza esqueceu;
Sonhador, que sonhou tanto
Na noite do cativeiro,
Foi ele o mártir primeiro
Que pela pátria morreu.
...
Insensato! Derramara
Esse sangue generoso
Sobre o solo venenoso
Em tempos de escravidão!
Caiu no chão às golfadas,
Foram benditas sementes:
Do sangue de Tiradentes
Brotou-nos a salvação.”
Termino este artigo citando um velho provérbio latino: “Si vis pacem, para bellum”(Se queres paz, prepara-te para a guerra).
Atenciosamente,
Oto Ferreira Alvares
Continue a escrever sobre a situação do país. Os últimos acontecimentos em relação à traição de Sérgio Moro merecem nova crônica. É sempre bom acompanhar suas manifestações. Entretanto, discordo do seguinte ponto: "No seu discurso, fez apologia ao nefasto AI-05 (Ato Institucional nº 05". Não vi o Presidente Bolsonaro pronunciar nada a esse respeito. Isso foi dito e apresentado por alguns manifestantes. Sugiro rever os vídeos e, se concordar comigo, alterar o texto.
ResponderExcluirUm grande abraço.