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Uma Pausa para Refletir

                                    181ª Comunicação 


                                  Reflexão I 

            O livre arbítrio bem administrado é o juiz das boas decisões. A indecisão é o caminho mais curto do fracasso.  Estamos atravessando um período em que o bom senso não mais prevalece. O que se passa nos bastidores da política é uma sucessão de indecisões que reflete na imagem negativa do País.
            Um fato, produto da indecisão, é o que acontece internamente com os Ministros do Poder Executivo. O presidente Jair Bolsonaro age intempestivamente, quando contrariam seus interesses eleitoreiros, produto de um descabido populismo. Isso ficou claro ao dar “cartão vermelho” para quem contrariar as suas (in)decisões. 
O discurso do Presidente Bolsonaro na abertura da 75ª Assembleia Geral da ONU, realizada no dia 22 de setembro de 2020, foi uma afronta aos ideais proclamados pelo presidente da Assembleia Geral da ONU de 1947, Osvaldo Aranha.
Sem base científica e omitindo a realidade, o presidente Bolsonaro pronunciou um discurso eleitoreiro, destinado ao público interno, aproveitando-se de um evento solene e de repercussão mundial. Até o agronegócio está ameaçado. Mau sinal! 
A situação é tão crítica que merece uma autocrítica: as vagas a serem preenchidas pelas aposentadorias de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), com indicação do Presidente da República, é um dos absurdos constitucionais, por contrariar o princípio da independência dos Poderes da República (Artigo 20 da Constituição Federal). Trata-se de um contrassenso que exige ser corrigido. 
No dia 21/10/2020, em sessão do STF para apreciar recurso da Advocacia Geral da União (AGU), solicitando depoimento por escrito do Presidente Bolsonaro, o Ministro Celso de Mello, em detalhado discurso de 2 horas, declarou seu voto e negou o recurso com a frase: “Ninguém está acima da Lei”
            Mas nem tudo está perdido. A esperança de dias melhores tem de ser reativada. 
            Presenciamos, nesse turbulento período histórico, um rodízio de indecisões e inversão de valores, em que sobressaem as notícias falsas, envoltas em picuinhas ridículas, que desviam ou retardam o aprimoramento dos bons costumes. 
            A bola da vez, já há algum tempo, é o ataque que vem sofrendo a Operação Lava-Jato, impedindo que dê continuidade ao que foi interrompido: o combate aos responsáveis pelo clima de caos que presenciamos.
            Num ambiente de confronto entre os Procuradores da República, no dia 10 de setembro de 2020, o Ministro Luiz Fux assumiu a presidência do Supremo Tribunal Federal, STF, em substituição ao Ministro Dias Toffoli. Com um discurso marcado pela emoção, em ambiente restrito devido ao coronavírus, o presidente empossado foi preciso nas suas propostas. Como se esperava, destacou o seu apoio à Operação Lava-Jato. Isso é um bom sinal. Só nos resta aguardar pelos próximos acontecimentos. 
                               
                               Reflexão II
            O que veremos são duas versões sobre o coronavírus, de tantas indagações.
            Primeira versão: A perda de um ente querido, em qualquer circunstância é sempre motivo de um abalo emocional passageiro, uma ausência definitiva de quem está ligado por afinidades de vínculos familiares ou de amizades, que só serão substituídas pela palavra mágica: saudade.
            Já no caso de morte causada pelo coronavírus, essa mesma ausência definitiva é diferente, por ser ela causada pelo sofrimento e isolamento, principalmente pela temeridade do contágio, sem que saibamos a intensidade de sua atuação. Só quem perde uma pessoa da família sabe o que isso representa.
            Segunda Versão: O livro Memória Mística refere-se a um surpreendente encontro que tive com “Tia Neiva”, no Templo do Vale do Amanhecer em Brasília. Trata de um fato em que o fator acaso não se justifica. “Você é um missionário e está falhando. Veio para escrever uns livros para o País numa época de muita confusão, e de grandes transformações. Você tem muita responsabilidade com o futuro do Brasil”.  Este fato se deu no ano de 1978.  
            Assim começou uma nova rotina de vida, para a qual eu não estava preparado. Essa preparação foi precedida de uma série de doenças graves, com tratamento médico especializado, inclusive com internamento hospitalar, sem que alcançasse a cura. Graças ao tratamento espiritual em complemento ao tratamento médico, pude dedicar-me ao cumprimento do que o destino me reservou. 
Obs: Os relatos dessa preparação estão presentes em alguns de meus livros. 

Atenciosamente, 
Oto Ferreira Alvares 

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