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O Ressoar de um Grito


                                            (Comunicação décima oitava)

            Venho mantendo neste Blog uma regularidade nas informações do que tenho presenciado desde que tomei conhecimento de que deveria escrever uns livros para o País, numa época de muitas transformações. Esta abordagem atende as exigências contidas nas comunicações 4, 5 e 6, conjugadas com o que acontece atualmente. As precognições anunciadas como procuro demonstrar, dizem respeito a um tempo difícil, com recrudescimento de um ambiente hostil, em que medidas corretivas seriam necessárias para dar novo rumo ao País.
            As comunicações até agora transmitidas, foram transcritas de alguns livros que escrevi, justamente com o intuito de deixar registrado o acompanhamento das precognições anunciadas, para um tempo incerto quanto a datas, mas explícito quanto aos acontecimentos, num tempo relativamente longo (a partir de 1978). Nunca é fácil tratar de assuntos em que o declarante se encontra no dever de apresentar sugestões para os problemas apontados, principalmente quando se relaciona a assuntos que dizem respeito à cidadania e aos Poderes da República. Vamos ao que mais interessa no momento:
            O Ressoar de um Grito
            As manifestações de protestos que se alastram como fogo nas vegetações secas, preparadas para se consumirem com os grandes incêndios, levando o pânico, a morte e a destruição a todos os seres vivos e construções que encontrar pela frente, pode ser uma comparação tola e inocente, mas com fundamento nos argumentos que levam à precariedade dos meios de combate ao fogo e, no caso do Estado, à estrutura das instituições arcaicas e inoperantes, ambos abastecidos pela incúria e o descaso quanto à necessidade de precaver-se contra eventuais catástrofes, sempre anunciadas.
            A fúria dos movimentos de protestos, não apenas de agora, mas de sempre, nunca se prenderam apenas ao objetivo que lhes deram origem, quase sempre de fundamento salarial, ou relativo a privilégios de classes, deixando brechas para novas batalhas. Daí surgem a formação de castas assalariadas e o aprofundamento da injustiça social, um incentivo a mais para fomentar a desordem instituída, que deságua, inevitavelmente, numa injustiça flagrante, das classes ou pessoas com privilégios absurdamente contempladas com altos salários, um contraste aviltante à subclasse dos sempre mal remunerados, dos assalariados sujeitos aos desempregos e desvalorização de seu trabalho. Estes constituem a grande massa de manobra.   
              Isso é apenas uma composição de uma realidade que sempre existiu, embora, com algum progresso nos últimos tempos, combatidas com medidas paliativas.
            Voltemos novamente aos movimentos de protestos, o assunto do momento.
            O que assistimos atualmente, um movimento de repúdio ao aumento das passagens, e diga-se a bem da verdade, muito aquém da inflação que se abastece para voos mais altos. Vinte centavos não seria argumento para uma gigantesca onda de protestos que propagou numa velocidade impressionante, com adesão de 111 cidades e mais de um milhão e quatrocentos mil participantes. Como um voraz e temeroso incêndio, num movimento nunca visto, é um alerta que dá o que se pensar! E agir. Com este movimento estão sendo expostos ao mundo e não apenas ao País, a insegurança e vícios de uma democracia trucidada pela voracidade da demagogia política e ideológica. A reversão do aumento concedido é um ato que macula o uso da autoridade constituída e um mau exemplo para outros casos, que na certa virão.
            Isso demonstra que as instituições estão a exigir medidas que proporcionem a firmeza de atitudes para o desempenho da autoridade e atendam aos legítimos interesses nacionais. 
Nestes últimos tempos, o Estado foi privilegiado por um progresso descomunal, resultado de um boom global, sem que se observasse a atualização das instituições, que garantisse manter o conquistado e preparasse para dar continuidade compatível com a possibilidade e necessidade de sua população, sobretudo as classes mais pobres. Cresceu o Estado, estacionou ou regrediu a nação.  
            Destes enunciados é fácil fazer uma dedução lógica:
            O atual movimento de protesto pouco ou nada tem contra o aumento das passagens. Trata de um desabafo do subconsciente coletivo que se encontrava adormecido e foi acordado. Inicialmente, por um protesto sem fundamento justo, mas, logo a seguir, proveniente de causas injustas que vêm acumulando ao longo dos tempos. Citemos uns poucos exemplos: a corrupção, não apenas pecuniária, mas, sobretudo dos costumes; a violência de mãos dadas com a impunidade e cerceamento dos meios de combate, principalmente dos órgãos de segurança pública; órgãos travestidos de “direitos humanos”, como as Comissões da verdade, um instrumento do ódio e da vingança; o excesso de órgãos públicos; um municipalismo capenga, dependentes da União e dos Estados para sobreviverem, entre tantos outros absurdos.   
            Vou ficar por aqui, sem antes fazer um apelo a todos àqueles que ainda se interessam pelo bem comum e concordam com a necessidade de dar novos rumos ao País. Este Blog foi criado para dar conhecimento de três livros escritos para uma época de transformações profundas, isso, na década de 80. Sem mais delonga vai aqui o apelo: leia os argumentos que fizeram com que eu me dedicasse a registrar em livros o acompanhamento do que acontecia e se relacionavam com as sugestões apresentadas nos livros Mosaicos da Sociedade Brasileira, escritos para um tempo incerto quanto a datas, mas bem de acordo com o que passa em nossos dias. Não falo por mim, uma figura insignificante diante de uma realidade para a qual foi apenas um instrumento, mas pelo nosso futuro como nação. É bom que ouçamos as vozes contidas nas precognições.
            Recomendo a leitura ou mesmo para que releiam as comunicações que esclarecem o porquê da dedicação a uma causa que muitos a julgam como absurda: Comunicações 3-4-5-6-8-9-11 e 14.

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