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Misticidade e Realidade–7

                                                                  64º  Comunicação  

Nem sempre opinamos de acordo com o nosso desejo, mas segundo o que se passa no momento. É óbvio que vivenciamos uma época de pesadelo após pesadelo. Mas o pior é não se ter expectativa de melhores dias. Os noticiários apresentam um quadro surrealista: Pipocam por todo território nacional os mais absurdos atos de violência e amargas situações de desespero, vivenciados por uma população sofrida. São fatos degradantes flagrados pelas câmaras das televisões e até mesmo por pessoas inconformadas, que os divulgam pelas redes sociais. E quantos absurdos que não são sequer comentados, mas que vão aos poucos corroendo o que ainda resta das bases estruturais que deveriam dar sustentação ao Estado. Alguns desses absurdos comprometem os trabalhos e objetivos das instituições, desmantelando a corroída estrutura do Estado, uma falácia sem sentido. Mas disto falaremos em outras comunicações. Vivenciamos uma ressaca do fracasso de nossa seleção “Canarinho”, que resolveu interromper um canto que não era o seu, mas da imprensa e cartolas que empolgavam a população, ávida de algo que a embalasse no delírio de uma falsa realidade. A fantasia, de um modo melancólico, não prosperou.        
 É triste constatar que foi neste ambiente que acolhemos a Copa do Mundo de futebol. Contrariando presságios ameaçadores, que até então sustentavam os noticiários midiáticos, pois vivíamos mergulhados num mundo de violência jamais imaginado, tudo mudou de repente. Com a Copa do Mundo tão próxima de nós, passamos a conviver com a fantasia de um hexacampeonato antecipado. O ambiente era contagioso. E assim conseguimos passar por aquilo que desejaríamos ser, mas que infelizmente ainda não somos. Esquecemos da outra realidade, onde só se comentava sobre violência, corrupção e outras inqualificáveis desgraças. Mas a realidade, nua e crua, estava apenas maquiada por interesses mal delineados. Uma vez passada a farsa da fantasia, teremos de voltar ao que era e não deixou de ser. 
Sem entrar nas minúcias do fato, vamos nos referir a mais um episódio daqueles que deixaram de ser comentados pela mídia, ou não tiveram o espaço que outrora ocupariam. O País vivia o delírio do hexacampeonato e tudo girava em torno de um objetivo que não se realizou. O que aqui veremos trata-se de um crime intelectualizado, que desafia toda e qualquer argumentação racional. Vamos ao fato:
A ineficiência da segurança pública em enfrentar o crime organizado ficou claro na operação de uma quadrilha de bandidos que se apossou da fábrica Samsung, em Campinas (SP), na madrugada do dia sete de julho, véspera do jogo Brasil X Alemanha. Está aí a primeira dedução de tratar-se de um crime intelectualizado: o assalto não teria repercussão na mídia. O fato, pelo seu ineditismo, audácia e planejamento, refere-se ao roubo de aproximadamente 40 mil equipamentos eletrônicos, entre celulares, tablets, notebooks e acessórios, cujo valor é inestimável. Fala-se em 80 milhões de reais, ou mais. O que espanta é a facilidade com que renderam os seguranças, confiscaram armas e equipamentos de comunicação e fizeram reféns 200 funcionários, obrigando alguns deles a carregar sete caminhões (ou carretas). É evidente que nem toda frota  foi utilizada para transporte da mercadoria roubada, mas serviriam de despistes para enganar a polícia. Está aqui outro sinal de crime intelectualizado. Até parece tratar-se de ficção. Infelizmente não é.
O País estava voltado para o jogo do dia seguinte, quando, euforicamente, aguardávamos passar pela Alemanha. Eram favas contadas. Pouco se tem a comentar sobre o resultado que nos levaria ao tão almejado título de Hexacampeão do mundo. Os 7X1 da Alemanha e os 3X0 da Holanda têm gosto amargo demais! Estamos atormentados por problemas mais sérios. Uma coisa parece-nos evidente: são dois fatos enigmáticos que estão dando um recado: É preciso mudar de rumo. A hora requer ponderação, e não encontrar culpados. Os fatos acima citados têm muito a ver com a triste realidade que estamos vivenciando já há algum tempo. Esqueçamos o que já faz parte da história. É preciso voltar à realidade. Acordemos de mais um pesadelo.  

Misticidade - Liberação para publicar os livros Mosaicos .
Retomemos à Comunicação de Nº 5, de 7 de junho, quando interrompemos a série de comentários sobre a misticidade dos acontecimentos:
O tempo passou e a ordem para publicação dos livros Mosaicos, enfim, chegou. Já havia decorrido aproximadamente dezoito anos (1990/2008) daquele inusitado fato, quando fui orientado para que colocasse uma rosa sobre os originais e aguardasse o momento de publicá-los. Isso se deu no dia 25 de abril de 2008.
            O período denominado espera, até que enfim, chegou. No livro O Real e o Místico no Cadinho da Vida – 3º volume – encontra-se o seguinte comentário: ... “Tal iniciativa, a partir daquela data, deveria ser de iniciativa do autor, em época oportuna. (Estas informações estão registradas também no livro Introdução aos Mosaicos da Sociedade Brasileira, páginas 33/34. (Ver 9ª comunicação, postada em 11/04/2013).
Comentário: Situemo-nos no tempo:
Quando se deu a liberação para publicação dos Mosaicos, que aguardava tal providência há quase dezoito anos, foi numa época em que tudo corria às mil maravilhas, tanto no campo político quanto na economia, com vários resultados auspiciosos no campo social.
Vêm agora algumas coincidências: poucos meses após a liberação, no dia 16 de setembro de 2008, deu-se o primeiro sinal de abalo da economia global. Vários sinais de efeito cascata foram acontecendo. E a crise continua até hoje. O que estará reservado para o futuro pouco se sabe.
Isto faz parte de uma longa história, registrada em livros, como que para precaver-me de futuras interpretações não condizentes com uma realidade mística, outro fato absurdo, mas incontestável. Desde o ano de 1978, quando fui surpreendido por uma precognição anunciada por “Tia Neiva”, por tantas vezes referidas neste Blog, venho me empenhando em dar cumprimento ao que passei a encarar como prioridade de vida. Não porque quisesse ou se enquadrasse com o meu modo de ser, mas por uma força estranha que me alertava sobre como deveria proceder, apontando um caminho totalmente diverso do que até então havia percorrido. 
Assim é que, à sombra do passado está o presente voltado para o futuro, registrando um roteiro de vida de alguém que se viu envolvido por algo incomum, alusivo a uma tarefa missionária que dizia respeito ao futuro do País. Esta absurda precognição passou a exigir uma explicação desse alguém que se viu envolvido por circunstâncias que independeram de sua vontade, para uma futura confrontação. Daí ter encarado o desafio de discorrer sobre uma dupla realidade: a mística e os acontecimentos incontestáveis. E torná-los transparentes.  
Aos poucos vamos desnudando uma realidade mística, ou uma misticidade real. Até aqui, de uma maneira sequencial, procuramos dar conhecimento de uma trajetória de vida marcada por precognições. O futuro a Deus pertence.                                       

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