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Resenha de uma Realidade Indefinida

                                                                                                       69ª Comunicação 
A vida é uma sequência de altos e baixos. O que não é aconselhável é considerar que tudo de bom é eterno. Que nunca seremos vítimas das impropriedades de promessas que, enganosamente, nos oferecem como meio de alcançar, sem esforço, as benesses que a vida pode nos proporcionar. Aqueles mais precavidos são capazes de desconfiar das facilidades gratuitas, sem a contraprestação do esforço do trabalho honesto. Estes serão tidos como pessimistas.
                Observemos o que se passa atualmente para fragilizar a nossa já moribunda democracia: tudo corria às mil maravilhas, não fossem alguns desvios de percurso, dentre outros, o julgamento dos envolvidos no mensalão pelo Supremo Tribunal Federal que, fugindo do controle do Executivo, foi pulverizado pela ação do ministro Joaquim Barbosa. Assim estamos chegando ao ponto nevrálgico do imbróglio criado pela prepotência de imposição da política do descaso, que sempre defendeu interesses de grupos ou pessoas, e nunca os interesses nacionais. Infelizmente a Política, que seria responsável de construir a base estrutural do Estado, foi infectada pelo vírus da ideologia, e, com ela, a predominância do arcaico e utópico modelo comunista, que tenta, a qualquer custo, apoderar-se e perpetuar-se no poder. É evidente que parte dos objetivos já foi conquistada. Mas agora estamos diante de uma realidade perigosa. Outrora, antecedendo a tomada do poder nos países democráticos, criava-se o Partido Revolucionário do Proletariado (PRP). Nas décadas 1960/70 passamos por esta experiência. O que assistimos nos dias atuais não é diferente. Só que, ao invés da tentativa da tomada do poder pelas armas, de triste memória, estamos sendo conduzidos por uma transformação política pacífica, uma tática gramscista. Atentemos para uma audaciosa proposta, na certa, o primeiro passo efetivo para consecução de um plano de implantação da nova ordem comunista, caudatária do “fidelismo”:
A Política Nacional de Participação Social (PNPS) e o Sistema Nacional de Participação Social (SNPS), um projeto audacioso, Decreto 8.243 da Presidência da República, é uma prova inconteste de que fatos graves podem estar acontecendo nos bastidores do Poder. Trata-se de uma tentativa de consolidar a participação direta dos (ditos) movimentos sociais, nos órgãos da administração pública. É a derrogação da democracia para implantação de uma nova modalidade de regime político, com as vestes do comunismo. Outros fatos desta natureza permanecem obscurecidos pela campanha eleitoral. A possibilidade de aprovação pelo Congresso, por enquanto, está suspensa temporariamente, devida a propaganda eleitoral gratuita, outra piada de mau gosto, uma vez que os eleitores conscientes já estão vacinados contra absurdas promessas. O perigo está naqueles que usufruem das benesses do paternalismo estatal ou se deixam enganar por promessas de um mundo de fadas. 
É muito triste verificar tais despropósitos e os fins a que se destinam. As entrevistas, então, nem é bom comentar. Mas é preciso deixar claro as inescrupulosas intenções. As perguntas direcionadas aos entrevistados são feitas na medida exata do que interessa ser respondido, quase sempre distorcendo os fatos, criando o impacto do uso desproporcional da força, utilizando-se de um novo método de orientação ideológica, o da falsidade das promessas, dando a impressão de que fora do socialismo não há salvação. É preciso passar a ideia de que agora é diferente, o comunismo atual não é mais aquele de outros tempos. Dizem ter a experiência necessária para corrigir os erros do passado. O totalitarismo atrelado ao materialismo cedeu lugar a uma “democracia”, em que a liberdade de culto atende à vontade de cada cidadão; e outras liberdades que dizem respeito à igualdade de escolha, de expressão e opinião. Uma das características da novel concepção é de um regime político bafejado pela brisa da liberdade plena, sem as peias de outros regimes políticos. E assim, sem tornar explícito, apresentam um mundo colorido, com vantagens inverossímeis, onde a igualdade de condições de vida aparece como meta prioritária. Apesar de ingênuas promessas, que não condizem com a realidade, são capazes de convencer a todos aqueles que só almejam vantagens, com pouco trabalho e farto vencimento. Seria isso o produto da distribuição de rendas, uma falácia sem sentido?
Diante de tanta hipocrisia já é tempo de desvendar a verdadeira intenção dos hoje donos do poder e responsáveis pela inversão de valores, pela democracia moribunda e sem sinais de ser recuperada nos seus princípios básicos, com um único objetivo, a da implantação de uma nova ordem comunista internacional.
            É triste constatar que perdemos a noção do que seja certo ou errado, a diferença entre o essencial e o supérfluo, do que é prioridade daquilo que pode ser adiado. Ficar como está não dá mais. Tanto é assim que o que mais se fala atualmente, como meta prioritária dos candidatos, se refere a mudanças. O que temos visto comprova justamente o contrário. Muda-se para atender acertos de interesses. Assim, estamos diante de um dilema: Mudar o que? Para que? Como? Quais são as propostas e as justificativas que as comprovam?  Para que se proceda  mudanças que venham ao encontro da necessidade de sanar os grandes contrastes nacionais, sem intromissão de forças que agem movidas por interesses desconectados da nossa realidade, é necessário uma vontade política. Lamentavelmente, a classe política encontra-se desacreditada e execrada pela população e, os partidos políticos, com número excessivo, não têm o vigor da representatividade, sem programas definidos e procedimentos que correspondam à nobre função de legislar e representar a nação.  Vivemos mergulhados num ambiente sufocante, que inflama velhas rixas e causa atritos que podem resultar em lutas violentas. Mas nem sempre esses interesses coincidem com a vontade da população, que já se organiza e passa a exigir mudanças de rumo. O que acontece alhures e ocultamente, vai aos poucos germinando e tomando forma. Está aí a imperiosa necessidade de mudanças capazes de dar um rumo ao País. A Comissão Nacional da Verdade (?), apenas acentuou a divisão dos brasileiros. A democracia corre risco sério.
Venho repetindo à exaustão que os livros Mosaicos da Sociedade Brasileira foram escritos para dar rumo ao País, numa época de muita violência e profundas transformações. Não é fácil e até mesmo constrangedor falar de si próprio quando a causa que defende nada tem de vanglória ou de proveito próprio, mas de compromisso assumido e levado a sério, com muitas cobranças para que não se desviasse do caminho que deveria ser percorrido. Infelizmente, as palavras misticidade e precognicão não têm sido compreendidas. O que é uma lástima! Não vou me referir aos livros citados, mas não posso deixar de lembrar que neles são vistas sugestões comprometidas com o futuro do País. As referências aos assuntos tratados nos Mosaicos são antigas. As consequências, por mais estranho que pareça, são atuais.

Dadas às coincidências e conexões que presenciamos atualmente, tomo a liberdade de recomendar a leitura, ou releitura, das comunicações 58 a 64 na parte que diz respeito à misticidade. Nestes textos, segundo uma sequência natural, narro o envolvimento numa tarefa missionária tão estranha. Os fatos falam mais alto. Isto é o que fica claro devido às coincidências que presenciamos. 

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