68ª Comunicação
No intervalo ditado por imposição do tempo de espera,
uma suposta condição de dar tempo ao tempo, implacável juiz dos acontecimentos,
há uma observação a ser interposta como condição comportamental de quem se viu
no dever de acompanhar o que se passa num período nebuloso, com o fim de
deliberar sobre o melhor caminho a seguir. O livre-arbítrio não pode ser
submetido à imposição de fatos provenientes de indecisões. A vontade nem sempre
é a melhor conselheira. Na presença da dúvida volte-se para o seu interior e
deixe que a intuição lhe aponte o caminho e o momento certos. A oportunidade só
aparece para aqueles que a desejam e não titubeiam em abraçá-la. Se o momento é
delicado, nada melhor que a prudência e a ponderação.
O destino é a única certeza que não se faz anunciar
nem tampouco se submete às vontades daqueles que determinam critérios de
procedimentos, ou se apegam às oportunidades não previstas, visando a
interesses não explícitos. No entanto, aponta possíveis perspectivas de
condutas e cobra caro pela omissão daqueles que desviam da rota do que seria
prudente e aconselhável. Em compensação recompensa aos que agem motivados pelo
desinteresse pessoal e contempla com naturalidade o que visa ao bem comum. O
destino assim posto é o que é e não o que deveria ser. A fatalidade é a
presença concreta do destino: imprevisível, inexplicável e catastrófica.
Estaríamos diante de uma inexorável fatalidade? É em busca de uma resposta a
esta dúvida, que me dispus a interromper o período de espera, por imposição da
voz da Consciência, motivo da comunicação anterior. Passemos ao que nos
interessa:
Estamos às vésperas de entrar no período da Propaganda
Gratuita, sempre recheada de promessas, acusações recíprocas e muitas
tentativas de desmoralizar os opositores. É o tempo de apontar falhas e julgar
a culpa em outros governos, prometer mudanças e alardear-se por eventuais obras
que inflem no consciente coletivo, uma farsa inominável. Alguns efeitos
maléficos que atordoam a população, principalmente as pessoas mais sofridas e
necessitadas, como transporte, saúde, educação, lazer, segurança, emprego e
combate à miséria, serão exaustivamente lembrados. Mas nunca serão citadas as
causas que os originaram. Estas servirão para justificar omissões propositadas
dos governos, má gestão da administração pública, embustes ideológicos e
facilidades para cometimento de falcatruas políticas, uma prática que deve
continuar, pois traz benefícios e privilégios irrecusáveis.
Vivenciamos na atualidade os amargos e perigosos sofismas
para distorcer a verdade, inverter os valores e propagar as condições ideais e
necessárias para impor, através do voto não qualificado e assegurado por uma
fragilizada democracia, nada mais do que um regime político de esquerda, um
comunismo atenuado por conveniência e mentiras degradantes, que usa de métodos
sórdidos para desqualificar o período dos governos militares.
As denominadas Comissões da Verdade, nacional e
estaduais, foram criadas para reescrever a história segundo imposição do Foro
de São Paulo, com o fim precípuo de vinganças e atitudes que só veem apenas o
lado dos derrotados, com polpudas vantagens indenizatórias e régias pensões. As
acusações aos agentes de Segurança Nacional que, no cumprimento do dever,
garantiram a normalidade “democrática”, são de uma desmedida tendenciosidade.
Utilizam da tortura como meio de desmoralizar o movimento de 31 de Março de
1964 e atingir indiretamente as Forças Armadas, responsáveis pela manutenção da
ordem, portanto, pela derrota dos antigos terroristas, hoje no poder. A tortura
é produto do terrorismo. A causa que a motivou não é sequer lembrada. É música
de uma nota só. Não há efeito sem causa.
Não vou me alongar mais, mas é bom lembrar de que a Verdade já está indelevelmente
registrada em farta literatura. Infelizmente tem sido ignorada pelos formadores
de opinião. Dentre os livros de maiores conteúdos históricos que compõem uma
vasta fonte de informações à disposição de historiadores neutros e
independentes, estão alguns que se sobressaem pelas citações de fontes
oficiais, sem a necessidade de distorcer os fatos ou promover invencionices que
acobertem interesses ideológicos. Citemos alguns destes livros:
A Grande
Mentira: Agnaldo Del Nero Augusto – (Biblioteca do
Exército Editora, 2001); A Verdade
Sufocada. A história que a esquerda não quer que o Brasil conheça. Carlos
Alberto Brilhante Ustra – (Editora Ser -2006); Médici – A verdadeira história:
Agnaldo Del Nero Augusto – (Artes Gráficas Formato Ltda – B.H -2011); ORVIL – Tentativa de Tomada do Poder –
(Agnaldo Del Nero Augusto, Lício Maciel, José Conegundes do Nascimento. (Schoba
Editora - 2012).
Diante de um quadro de indefinições de como enfrentar
uma situação que está a exigir medidas que contrariam interesses altamente
comprometedores ao futuro do País, faz-se necessário prudência, determinação e
consenso. Por isso o momento atual é tão delicado. O revanchismo apoderou-se de
tal maneira dos detentores do poder, uma questão difícil de ser avaliada, a
ponto de desqualificar o que seria dever constitucional, além de defender
ousadas atitudes contrárias aos interesses nacionais.
Assim chegamos aos absurdos que estão vindos a
público. Uma abrangência de atividades
que dizem respeito a um povo submetido aos rigores de vontades que buscam, a
qualquer custo, continuar no cumprimento de uma programação gramscista, com a
justificativa de que a alternância do poder seria uma catástrofe para o País.
Ninguém tem bola de cristal para prever o fim de uma posição política de
tamanha insensatez. Só nos resta aguardar o que o futuro nos reserva.
No plano eleitoral, o ambiente é caótico. Mais uma vez
o destino muda a trajetória política futurista do País. Com a súbita, sentida e
inesperada morte precoce do candidato à presidência da República, Eduardo
Campos, no dia 13 de agosto, em desastre aéreo na cidade de Santos-SP, um
episódio tétrico que consternou a nação, o panorama político toma nova
dimensão. Ele representava a esperança de uma nova mentalidade que sonhava com
um País a ser repensado. É uma luz inebriante na política nacional que
interrompe uma caminhada que muito prometia. Sai de cena o político, mas
permanece a semente de seus ideais.
Como disse no início, “O destino é a única certeza que
não se faz anunciar”, nem tampouco se submete às vontades daqueles que
determinam critérios de procedimentos visando a interesses não explícitos.
Acautelemo-nos contra possíveis tempestades. A hora é de voltarmos para o
futuro.
Nota ao
leitor
Dadas às coincidências e conexões do que presenciamos
atualmente, tomo a liberdade de sugerir a leitura, ou releitura, das
comunicações 58 a 64 (Misticidade). A realidade anda de mãos dadas com a
misticidade. Não tenho dúvida disso.
Convite: No dia 26 de agosto está previsto o lançamento do
último livro da coletânea “O Real e o Místico no Cadinho da Vida”. É uma boa
ocasião para reencontrar amigos. Nas proximidades do evento reiterarei o
convite por e-mail. Por enquanto, só um lembrete.
Para as pessoas residentes em Brasília será uma honra
recebê-los para uma noite de encontro. O convite é extensivo a seus amigos.
Para os demais, uma oportunidade de comunicar a publicação de mais um livro,
que é, ao mesmo tempo, um testemunho e prova de fatos que comprovam uma
realidade mística, acrescido de apreciações que dizem respeito a todos nós. A
leitura é fácil e objetiva, mas diferente.
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