67ª
Comunicação
Estamos entrando num espaço turbulento e perigoso que
aconselha cautela e aguda observação. Muitas situações esdrúxulas estão vindo à
tona sem que percebamos, ou tomemos conhecimento. O mundo está passando por uma
tormenta grave. Não é à-toa que o terrorismo abala a consciência do mundo, com
explosões de templos, mesquitas, sinagogas e monumentos tidos como patrimônio
universal; que desastres aéreos e fatos incomuns estão se tornando rotina. Os
atritos entre nações, provenientes de antigas rusgas de várias procedências,
etnológicas, tribais, religiosas, ideológicas, racistas e outras
incompatibilidades seculares, foram se avolumando e, como um tumor estão
expulsando a matéria putrefata acumulada ao longo do tempo. A consciência
global, que sempre se manteve inerte ou se movia lentamente, agora,
tardiamente, está despertando. Os países estão se agrupando em torno de três interesses
exclusivistas e perigosos: econômico, ideológico e religioso, sendo que os dois
primeiros se manifestam pela capacidade de impor condutas rígidas de seus
enunciados, ortodoxia, ditadas pela necessidade de domínio por uma cúpula diretiva,
que dificilmente se identifica. Algumas religiões incitam o fanatismo para se
expandir. Os adeptos são preparados para
a morte, e não para a vida.
A escalada do conflito entre Israel e os militantes
palestinos do Hamas, que controlam a Faixa de Gaza, mais uma vez surpreende o
mundo com uma guerra não declarada, envolvendo demarcação de território,
religião e interesse econômico com tempero ideológico. A questão é também de
sobrevivência. Pelo visto, é o prosseguimento da guerra anterior (27 de dezembro
de 2008 a 20 de janeiro de 2009), entre as mesmas nações beligerantes e os
mesmos argumentos, com elevado número de mortos dos palestinos, civis e
militantes. A Guerra dos Seis Dias, ou Guerra Árabe-Israelense, envolvendo
Israel contra os países Árabes, Síria, Egito e Jordânia, ocorrida em junho de
1967, com a vitória de Israel, são fatos que atestam um ódio milenar. O
holocausto ainda está muito presente na memória dos israelenses.
Entre nós, um País continental e miscigenado, a formação
étnica e religiosa, pelo contrário, deve prevalecer como fatores de influência
para tomada de decisões que venham incentivar e fortalecer os laços para
formação de uma nacionalidade florescente, ainda embrionária, não ufanista, mas
eminentemente fraterna e comunitária. Infelizmente isso não acontece. Por quê?
Já agora podemos nos referir ao que presenciamos no
ambiente nacional, demarcado por interesses inconciliáveis. Vivenciamos na
atualidade algumas anomalias flagrantemente perigosas: movimentos ditos sociais
agindo com intenções ideológicas e revolucionárias, nos principais setores
representativos da nação, que constituem os poderes da República: no social,
jurisdicional, diplomático e no aprofundamento da política do paternalismo
estatal. Isso em plena efervescência de uma campanha eleitoral que deveria se pautar
por metas e planos de governo para estabelecer pilares consistentes, com o fim
de se reorganizar institucionalmente o País.
Diante de um quadro sombrio quanto ao futuro, mas
pouco relevante para a maioria de uma população alienada e submetida aos
caprichos de uma lavagem cerebral sem precedentes, repentinamente elevada à
condição de “classe média”, ao mesmo tempo vangloriada e odiada pela insanidade
ideológica, senti-me no dever de acatar a voz da consciência. O momento é de cautela e aguda observação.
Estamos em pleno turbilhão eleitoral. Situação e
oposição se utilizam do marketing político para demonstrar falhas e equívocos
dos opositores. Esquecem de que estamos diante de uma crise política sem precedentes,
justamente pelo desgaste do não cumprimento de promessas. Os interesses de lideranças regionais nem
sempre coincidem com as promessas dos candidatos, criando um clima do “faz de
conta”. Como há partidos para todos os gostos, não há como conciliar interesses
tão díspares. Resultado: as promessas não expressam as necessidades da
população nem tampouco se encaixam com os programas partidários. A
representação política, tal como se encontra, não mais satisfaz aos anseios
populares. Clama por mudanças urgentes.
Mas o que de mais grave aflora entre tantos disparates
provocados para dividir opiniões e impor condições ideais para consecução de um
velho sonho, implantar definitivamente um governo comunista, com nova roupagem,
diz respeito a alguns métodos de desmoralização das Forças de Segurança
Nacional. Motivos há de sobra: as Forças
Armadas podem impedir tal catástrofe. Alguns artifícios utilizados para
consecução deste objetivo são visíveis: a proibição de se comemorar o 31 de
Março, data que impediu que se concretizasse o que hoje se repete, é um deles;
a outra, também com a mesma intenção, refere-se a atuação das Comissões da
Verdade, federal e estaduais, com o nítido propósito de denegrir a imagem dos
agentes que foram encarregados de dar término a um movimento terrorista, de
triste memória. A inversão dos valores é
incontestável. Antigos terroristas são elevados à condição de heróis, com
regalias de polpudas aposentadorias e indenizações absurdas. É o contrassenso
da justiça, trata de um despautério inqualificável: de guerrilheiros a
heróis. Outro fato a ser observado é a
política nitidamente de esquerda, abrangendo a Justiça, a Diplomacia, o
paternalismo estatal, a Segurança Pública e outros sinais divulgados pela
mídia, como a proposta de desmilitarização da Polícia Militar e Corpo de
Bombeiros. Os prognósticos dos especialistas não são nada otimistas: há quem
prevê um colapso no sistema econômico devido a intervenção do Estado na
economia, o estímulo exagerado ao consumo, o estouro do teto de inflação, o
baixo crescimento, deterioração das contas públicas e a inflação fora do
controle, além de apagões e problemas sérios nas gestões da Petrobras e
Eletrobrás. Paremos por aqui.
Diante de tantos diagnósticos sombrios e alarmantes,
num mundo conflagrado por guerras e conflitos internos causados pela miséria,
razões étnicas, religiosas, ideológicas, em que se sobressai a situação dos
refugiados, uma deplorável demonstração dos contrastes da humanidade, senti-me
no dever de acatar a voz da consciência. Vou diminuir o número das
comunicações, dando um espaçamento maior entre elas. Não quero passar por
pregoeiro de desgraças, uma vez que a minha intenção é divulgar as sugestões
contidas nos livros Mosaicos da Sociedade Brasileira, uma tarefa missionária revelada
no ano de 1978, que diz respeito a dar um rumo ao País.
Nota ao leitor
Dadas às coincidências e conexões que presenciamos
atualmente, tomo a liberdade de recomendar a leitura, ou releitura, das
comunicações 58 a 64 - (Misticidade), que tratam justamente sobre o
envolvimento numa tarefa missionária tão estranha. Não tive direito de escolha.
Os fatos falaram mais alto.
No dia 26 de agosto está previsto o lançamento
do último livro da coletânea “O Real e o Místico no Cadinho da Vida”. Nele há
muitas coisas interessantes. Nas proximidades do evento será transmitido o
convite. Por enquanto, só um lembrete.
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