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Depois da Gastança vem a Cobrança

           82ª Comunicação


A ingenuidade, expressão que se refere às pessoas destituídas de maldade, ou dadas à interpretação errônea de fatos que possam prejudicá-las, é uma das características que determinam traços de uma personalidade titubeante. Os ingênuos, assim vistos, vivem no mundo ilusório do que deveria ser, do que imaginavam como certo, e não do que realmente é. A correção desta anomalia só se faz depois das decepções de reiterados fracassos. Aí, sim, chega-se ao ponto de desconfiar de si próprio e cercar-se de antídotos para eventuais desventuras. Torna-se autômato das indefinições, um distúrbio psíquico que requer tratamento especializado.
Infelizmente o mundo é dos malfeitores, dos enganadores e dos que se dizem espertos. Quem já foi vítima deste grupo de trapaceiros, cujo lema é a desonestidade, deve manter-se em constante vigília para não ser novamente atraído pelas promessas enganosas, ou até mesmo cair nas armadilhas das artimanhas bem preparadas. Não é por acaso que estamos metidos numa camisa de força. O Brasil, já há algum tempo, passou a ser celeiro de ingênuos e idiotas. Fomos aos poucos atraídos pelo canto da sereia. O que nos aguardava, no entanto, não era nada daquilo que se dizia. E assim, ao retirarmos a venda da ingenuidade, constatamos que entramos na época das contradições e da inversão dos valores. Para onde estão nos conduzindo? Ao abrirmos os olhos da ingenuidade verificamos que estamos atravessando um período de turbulência sem precedentes em nossa história. O gigante acorrentado e sangrando, uma metáfora utilizada para definir o estado de fragilidade das instituições (vista na comunicação 77), encontra-se atolado num pântano de uma devassidão que ignora limites legais e até mesmo constitucionais, numa situação incômoda e quase irreversível. Está passando da hora de encontrar uma saída patriótica para reerguê-lo e tentar romper com os grilhões que o imobilizam. Assistimos, passivamente, a morte da decência, da verdade, da honestidade, da honra e da responsabilidade, substituídas por práticas indecorosas e antinaturais, como se nos encontrássemos presos em uma senzala, sem direito à liberdade. Fomos tragados pela onda ideológica que, em surdina, imobilizou as forças que poderiam reagir. Quantos fatos foram se acumulando até chegarmos a atual situação. A política econômica, de tantas experiências acumuladas, é a principal fonte do desespero que nos ataca.
A comprovação de que a economia nacional passou a ser considerado caso perdido – após uma fracassada experiência socializante —, e não tendo como prosseguir numa desastrosa aventura de propósitos tipicamente de esquerda, a única maneira encontrada foi convocar uma equipe composta de economistas da ortodoxia capitalista. Este é apenas um detalhe. A situação exigia compartilhamento de responsabilidades. É uma prova difícil de ser enfrentada. Queira Deus que tudo dê certo, até mesmo a convivência pacífica entre doutrinas contrárias.
Esta é apenas uma face de um imbróglio que nos atormenta há algum tempo. Vamos a outro episódio que expõe a fragilidade do caminho percorrido e a percorrer. Para que não houvesse impasse na transferência de governo, embora de uma nota só, ou o mesmo do mesmo, era necessário expelir um obstáculo impeditivo de dar prosseguimento a novas tentativas. Refiro-me ao controle das contas públicas.
A Lei de Responsabilidade Fiscal, uma conquista que garantia a transparência das contas públicas e impedia abusos de gastos que provocassem endividamento dos órgãos públicos, foi alterada na madrugada do dia 03 de dezembro de 2014 pelo Projeto de Lei Nº 36, depois de acirrados debates que bem definem o clima de incompatibilidade entre governo e oposição, de maneira a atender acertos contábeis da presidência da República, por ter se excedido nos gastos orçamentários. Caso grave, tido como crime. Até aqui nada a comentar. Estranho, no entanto, foi o artifício utilizado para tal façanha. O governo publicou no Diário Oficial um decreto aumentando em 444 milhões de reais a liberação de verbas que os congressistas podem indicar no Orçamento da União, as chamadas emendas individuais; 748 mil reais para cada um dos congressistas. Seria um fato corriqueiro não fosse a condição de tal proposta: esta escandalosa concessão estaria condicionada à aprovação do P L Nº 36. Este condicionamento, pelo que tudo indica, é uma nova modalidade de corrupção, num País em que corruptos e corruptores se revezam nos noticiários da mídia, como resultado de delações premiadas de inquéritos policiais e oitivas judiciais.
Uma coisa, no entanto é certa: o governo abriu as torneiras das facilidades, principalmente o crédito imobiliário e o incentivo a aquisição de veículos e consumo em geral, isso, em uma sociedade endividada e submetida aos efeitos da inflação e outros males congênitos. Desta realidade escorchante não é fácil desvincular-se.
Outras causas provocadoras de um caos a cada dia mais evidente estão aí à mostra: a inversão dos valores é a principal causa desta triste realidade. Dizem que a mentira , por absurda que pareça, repetida à exaustão, tranforma-se em verdade. Isto também acontece com as negações ou afirmações de quem se vê comprometido com algo que o prejudica ou o beneficia, conforme interesse do momento. Esta era a tática utilizada na formação dos membros das células comunistas, de triste memória. O que interessa é parecer o que não é ou ser o que não parece. Trata-se de uma forma de se inverter a verdade.  E assim surgiram várias modalidade de lideranças oriundas dos antigos movimentos de militância terrorista que conseguiram galgar postos políticos. Com esta tática conseguiram enganar uma popopulação carente e marginalizada.
Diante tamanha desfaçatez o País continua agonizando. Uma agenda apreendida pela Polícia Federal aponta 747 obras que fariam parte do mesmo esquema da Petrobras, inclusive o Porto de Mariel, em Cuba. Conclusão: não há como apurar tamanha roubalheira. O caso é de metástase institucionalizada. Não se sabe a que ponto está o projeto previsto no Foro de São Paulo, nem tampouco a procedência do dinheiro para tocar empreendimentos tão audaciosos.
O que vivenciamos ultimamente não nos dá o direito de omitir sobre assunto de tamanha gravidade. Se o momento é propício para uma transformação que dê rumo ao País, a hora é de apresentar sugestões para revigorar as forças do gigante, após atrocidades sofridas. Diante de inexplicáveis fatos que causam repugnância em rememorá-los, a hora é também de se pensar em algo que reabilite a nossa credibilidade, hoje inexpressiva e entregue às moscas do destino. Venho anunciando neste Blog que tenho preparado uma coletânea de três livros — Mosaicos da Sociedade Brasileira — que trata de sugestões para dar um rumo ao País, em época não anunciada, mas com os acontecimentos explícitos. O que hoje presenciamos já havia tomado conhecimento através de precognições no ano de 1978, através da vidente “Tia Neiva”, no Vale do Amanhecer. A partir daí passei a registrar em livros todos os acontecimentos referentes ao anunciado, para futuras comparações. 
Dadas às coincidências que presenciamos sugiro a leitura das comunicações 58 a 64 na parte que diz respeito à misticidade. Nestes textos, segundo uma sequência natural, narro o envolvimento numa tarefa missionária tão estranha. Os fatos falam mais alto. Isto é o que fica claro devido às coincidências vivenciadas.

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