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Uma Realidade Que Mete Medo

                                                                                                    81ª Comunicação
No embalo dos acontecimentos que estão nos conduzindo a uma situação de caos anunciado, entre a necessidade de avançar com proposições firmadas com os países aderentes às determinações do Foro de São Paulo, e a realidade de situações programadas para desconstruir o que foi realizado pelos governos militares durante 21 anos (1964/1985), encontramos a razão do título deste artigo. Trata-se de dois períodos totalmente opostos: De 1964 a 1985 foram construídas as bases sólidas para que o País prosseguisse na marcha de um alvissareiro progresso. A partir daí, com a volta da política de interesses, ignorando o Brasil real, paulatinamente retornaram-se as desconstruções do que, com trabalho e visão de futuro, havia sido construído. Trata-se de uma blasfêmia inominável. Invertem-se valores, distorcem as versões dos fatos e dados estatísticos são omitidos. Este estado catastrófico não viria à tona não fosse uma oportuna casualidade jamais imaginada: fatos lesa-pátria seriam apurados pela Polícia Federal, Ministério Público e órgãos investigativos, compondo os “mensalões”, “petrolões” e uma inominável inversão de valores, que estão sendo transmitidos a uma mídia que ainda continua livre, embora ameaçada. Duas personalidades do judiciário foram decisivas: O Min. do STF, Joaquim Barbosa e o Juiz Sérgio Moro, que, destemidamente, enfrentaram o poder dos corruptos.
Diante de uma desvairada corrupção que desestabilizou a economia e abalou a classe política, já desacreditada por uma minoria corrompida pelo fascínio do poder e venda da própria consciência, tudo supõe que teremos um ano de muitas surpresas. O triste é constatar que o legado deixado pelos governos militares está sendo motivo de uma desconstrução do Estado de Direito, em que a democracia tornou-se instrumento de descabidas e antipatrióticas investidas. Tudo isso tem objetivo transparente: a permanência e tomada do poder segundo orientações gramscista. O marketing político procura encobrir a verdade, sempre nos remetendo ao passado, com comparações que não correspondem com a realidade. Quando se compara os dados econômicos e sociais apresentados pelo governo com a realidade do que presenciamos no dia-a-dia, chega-se a uma conclusão incongruente: ou os dados tidos como oficiais não merecem crédito, ou as promessas para combater o que é apresentado estatisticamente não foram cumpridas. Neste caso trata-se de um engodo para iludir uma população desinformada. Vamos um pouco além de nossas mazelas internas.
O Brasil, pela sua pujança, é um dos líderes naturais da América Latina. Os arcaicos objetivos idealizados para formação de um bloco “socialista” das Repúblicas latino-americano — Socialismo do século XXI ou Bolivariano —, estão se tornando inviáveis, justamente pela decadência dos países membros, com sérios problemas internos. Só Cuba tem levado vantagem do desvirtuamento do projeto inicial. Esta é apenas uma minúscula visão panorâmica de um quadro nebuloso.
Aproveitemos de um fato recente para nos situarmos no ambiente hostil em que fomos candidamente envolvidos.
No dia sete de janeiro de 2015, às 11:30h (08:30h de Brasília, na sede da Revista satírica Charlie Hebdo, em Paris, dois terroristas portando arma de alta potência de fogo (fusil AK-47 e um lança foguetes), invadiram o recinto de uma reunião e mataram 12 pessoas,  entre elas quatro chargistas — Stéphane Carbonier (editor chefe), Jean Cabut, Bernard Verthac e Geroge Wolinski, responsáveis por charges que satirizavam o profeta Mahomé — além de feriram outras onze. A notícia, pelo que representavam as vítimas, quanto ao exercício do direito de livre expressão, teve repercussão mundial. Dois dias após o fatídico acontecimento, 09 de janeiro, três terroristas foram mortos, levando com eles alguns inocentes que estavam como reféns. É o preço que se paga quando se trata de enfrentamento às ações terroistas.
Valho-me do presente fato para lembrar que o Brasil, nas décadas de 1960/1970 vivenciou período de terror, que hoje tentam apagar da história. Seus gerrilheiros eram preparados em países comunistas: Albânia, Cuba, China e Rússia, onde recebiam ensinamentos para ações de guerrilhas, urbana e rural.  O PC do B, por exemplo, promoveu a Guerrilha do Araguaia, no denominado ‘Bico do papagaio’, cujo fim, infelizmente, resultou na completa extinção de seus quadros.
Vejamos algumas organizações comunistas daquele tempo de trevas: Movimento Armado Revolucionário (MAR), Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), Ação Libertadora Nacional (ALN), Movimento de Libertação Popular (Molipo), Vanguarda Armada Revolucionária (Var-Palmares), Ação Popular (AP), Partido Revolucionário do Proletariado (PRP) e muitos outros.
Os atos aterrorizantes tinham por fim manter a população em constante sobressalto. Com tantas organizações agindo na clandestinidade, os quartéis viviam em constantes ameaças de assaltos. No 4º RI, sediado em Quitaúna-SP, o Cap. Carlos Lamarca teve a ousadia de furtar armas e munições de sua companhia. A partir deste inusitado feito, tornou-se um temido desertor e guerrilheiro de escol.
Além do clima de terror causado por constantes assaltos a bancos e casas de comércio, bombas eram explodidas em locais estratégicos, com morte e feridos de pessoas inocentes, como o atentado ao Aeroporto de Guararapes, em Recife-Pe, com 15 vítimas e o assalto ao Quartel do II Exército. O tempo era de terror e medo. O certo é que 126 vítimas foram computadas no enfrentamento às organizações comunistas, só na década de 1960. Outro ponto crítico era a insegurança das Embaixadas. Quatro diplomatas foram sequestrados: os embaixadores dos Estados Unidos, da Alemanha, da Suíça e o cônsul do Japão em São Paulo. Como se vê não se tratava de combater amadores. Eram profissionais a serviço de uma causa ideológica sanguinário.
No Brasil atual, o ambiente está contaminado pelo ódio ideológico. Isso é consequência da atuação ordenada e executada por uma cúpula ideológica incrustada no próprio governo, advinda do Foro de São Paulo e segundo os ensinamentos gramscistas: do enfrentamento direto às forças de segurança, à conquista do poder pela astúcia política. Os meios justificam o fim. Aos poucos fomos dominados.
            A inversão de valores, com a tática de fortalecer minorias e espezinhar a opinião da maioria, com forte marketing da despudorada tendência de se enxergar preconceito e até crime hediondo em situações conflitivas, tem sido uma maneira cômoda de impor o que bem entendem. Aberrações antinaturais tornaram-se concepções legais. Nomes de pessoas honradas que haviam sido homenageadas com seus nomes em logradouros, edifícios e obras públicas, foram substituídos por nomes de guerrilheiros, com o nítido intuito de desmoralizar as Forças Armadas. 
O diálogo, um dos principais atributos da democracia, não funciona quando se trata de ideologia. As crises, pelo que tudo indica, passarão a ser rotina daqui para frente. O descontentamento por medidas que contrariam interesses já sedimentados na prática de um assistencialismo estatal, não admite serem interrompidas. Há muitas chagas abertas que impossibilitam acordos políticos. Portanto, infelizmente, não há condições para o diálogo. “Se correr o bicho pega. Se ficar o bicho come”.

O Brasil exige mudança de rumo. Ficar como está não dá mais. 

Comentários

  1. Prezado Oto: Gostei muito da tua postagem. Texto lúcido e patriótico. Aproveito para sugerir ao parceiro para que acompanhe o nosso blog < www.hoixioh.blogspot.com > onde publicamos nossos estudos e nossos planos para o Renascimento do Brasil. Recebe nosso abraço e nossas saudações patrióticas. Abel Monteiro - Congregação HOIXIOH / Legião Nacional.

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  2. Apenas para corrigir a data do episódio na França. O ano é 2015 e não 2014. Poderia acrescentar, também, que muitos dos nossos atuais governantes, no passado, foram terroristas, inclusive nossa Presidente.

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