86ª Comunicação
O mês de março, pelo que vem acontecendo, é o mês das
grandes crises nacionais que se destinam a interromper as ameaças de
implantação do comunismo no solo pátrio. São crises de alerta. Em março de 1964
o rompimento se processou através de uma intervenção cirúrgica bem sucedida
realizada pelas Forças Armadas, que evitou o derramamento de sangue entre
brasileiros. Já agora, uma série de fatos escabrosos que se encontravam ocultos
está vindo à tona. Pelo que tudo indica estes fatos estão interrompendo ou
dificultando a trajetória da consolidação do comunismo pelos métodos
gramscistas. Aqui é que ronda o perigo. Pelo visto e não visto, nada disso
servirá de empecilho definitivo ao prosseguimento da tresloucada aventura assumida
com a comunidade de países agregados ao Foro de São Paulo. A dissimulação dos
propósitos tem sido frequente quando tudo parece perdido. Sem uma saída à
vista, até que esta apareça, medidas dissimuladas são postas em prática, enganando
incautos cidadãos que se julgam suficientemente esclarecidos.
É triste constatar que as mais temidas previsões
daqueles que eram tidos como pessimistas, ou alarmistas e outras denominações
igualmente aterrorizantes, estão caminhando a um desfecho de trágicas
consequências. Vamos ao que interessa:
No dia 15 de março de 2015, um movimento
suprapartidário convocado através das redes sociais, portanto, espontâneo e
independente, movimentou todo o País, num total aproximado de dois milhões e
quinhentas mil pessoas, sendo que só a capital de São Paulo contou com a
presença de um milhão de participantes. Foi uma participação maiúscula. Dois
dias antes, 13 de março, outra manifestação, esta minúscula, propunha defender
uma realidade oposta, em defesa do governo e apoio à Petrobras. Não há termos
de comparação entre dois extremos: uma era espontânea e nada custou aos cofres
públicos; a outra, convocada e mantida por partidos políticos de esquerda e
centrais sindicais, que não estariam ali de graça, uma vez que parte dos
militantes é composta de profissionais. Uma vestia verde e amarelo, as cores da
bandeira nacional; a outra, a cor vermelha, marca registrada dos movimentos de
esquerda, sobretudo MST, CUT, UNE e Centrais Sindicais. Quanto ao número de
participantes não há comparação que se possa fazer. É melhor ignorá-lo. O
contraste mais acentuado, no entanto, não dizia respeito a números, mas aos
objetivos que as moviam. As proposições mais anunciadas, o que se nota, é o
retrato fiel do País: os pontos de vista divergentes tendem a aumentar cada vez
mais. Não há condições para promover um diálogo: o primeiro movimento, o de
esquerda, realizado no dia 13, seria um contraponto ao movimento convocado
pelas redes sociais. Teria por objetivo defender o governo das acusações que
podem levar à ingovernabilidade, pelo simples fato de terem conseguido abalar a
estrutura do Estado. A situação é crítica e irremediável. O outo objetivo era
dar apoio à Petrobras. Apoio em que? Seria defender o indefensável? Defender a
Petrobras, no caso presente, tinha por objetivo defender a participação dos
membros do governo que participaram do rombo que está levando, ou levou, a
nossa principal empresa, orgulho nacional, à condição de inadimplência.
Trata-se de uma corrupção indescritível, inacreditável, astronômica. Este
estado deplorável só foi possível pela omissão e participação de membros
incrustrados no governo e na base parlamentar que dá sustentação ao mesmo.
Aqui, como em outras tantas situações, a inversão de valores é incontestável.
A manifestação do dia 15 exigia, e não pedia, o
combate aos crimes e desmandos que tanto mal têm feito ao País. Exigia a
apuração e a devida punição dos participantes de tais crimes lesa-pátria,
fossem quem fossem, sem exceção. Mas isso, como de costume, poderá cair no esquecimento.
Agora é aguardar a repercussão do que o povo unido passou a exigir.
Passadas as manifestações de repúdio ao estado caótico
a que o País foi irresponsavelmente conduzido, sob o propósito nefasto de
integrar-se a uma comunidade de países que adotaram como lema o “socialismo do
século XXI, ou Bolivariano”, uma metáfora do comunismo, o momento é de se
proceder a uma análise do alcance desses movimentos de protestos. Uma síntese
da essência do que se pode deduzir de um movimento social de tamanho significado
— certamente um marco histórico significativo para recompor uma verdade que tem
sido espezinhada—, deixa claro o descontentamento da maioria do povo
brasileiro, sem distinção. Trata-se de aprofundar nos meandros de uma trama,
planejada e posta em prática para acobertar fatos que nos levariam a uma
situação sui generis, a de deixar-se ser conduzido como uma boiada com destino
ao matadouro. Ficou evidente que uma das garras desta trama foi a criação da
“Comissão da (in)verdade”, cujo propósito era desmoralizar o movimento 31 de
Março de 1964. Quantas barbaridades foram cometidas! Aos poucos conseguiram
transformar o 31 de março numa data maldita, sendo proibida de ser comemorada
sob qualquer pretexto, além de substituídos os nomes que traziam seu título, em
logradouros públicos, ou qualquer alusão à data. Outro propósito claro era
atingir frontalmente as Forças Armadas (Isso já foi comentado em artigos
anteriores). Mas vale a pena fazer menção a mais uma dessas proezas. Vejam o que propõem nas suas recomendações:
...5. Alteração dos concursos públicos para as forças de
segurança
“O documento recomenda que os processos de
recrutamento das Forças Armadas e das polícias levem em conta os conhecimentos
dos candidatos sobre preceitos teóricos e práticos relacionados à promoção dos
Direitos Humanos.”
...6. Modificação do currículo das academias militares e policiais.
“A CNV recomenda alterações no ensino sobre os
conceitos de democracia e direitos humanos nas academias militares e das
polícias do Brasil. Essas entidades deveriam ainda suprimir qualquer referência
à doutrina de segurança nacional”.
Pelo visto, considerando-se que um dos objetivos da
famigerada Comissão da Verdade era desmoralizar os 21 anos dos governos
militares, utilizando-se de métodos torpes para, não só desmoralizar a data,
mas achincalhar com as tradições militares, no caso, o ensino, um dos mais
eficientes e reconhecidos pela sociedade. Estas infelizes recomendações só
servirão para desmoralizar uma Comissão que custou ao País alguns milhões de
reais, do já sacrificado povo brasileiro.
Pelo que tudo indica, com tamanho rombo nas contas
públicas e seríssimos problemas que refletem diretamente na economia privada,
estamos atravessando uma dura experiência que ameaça setores vitais da complexa
máquina do Estado.
O trabalho estafante para a maioria da sociedade que
compõe a legítima e sofrida classe “média baixa”, submetida aos fardos pesados
da sobrevivência precária, é compensado por “pacotes de falsas bondades”,
maldosamente planejados e admiravelmente executados, o que atesta um paradoxo
envolto no ocultamento de objetivos, em plena execução. Aos poucos perdemos a
noção do que se passa.
Nota: A hora é de procurar uma saída honrosa
para uma situação de desespero. Estou
preparando, para breve, um opúsculo com este fim.
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