92ª
Comunicação
O que se passa na cúpula dos Poderes da República é
uma preocupante demonstração da fragilidade de nossas instituições. A cada dia
surgem novos indícios e provas de crimes contra o patrimônio nacional. Os
problemas brasileiros são muito mais complexos do que deixam transparecer.
Apesar da corrupção e favorecimento de benesses indecorosas a países da
comunidade bolivariana, nada disso impedirá que prossiga a tresloucada aventura
que tanta desgraça tem causado à nação.
O governo, sentindo-se acossado por manifestações
populares e a reação de uma oposição política que não lhe dá tréguas, teria de
encontrar um subterfúgio para reverter, ou mesmo aliviar a pressão já
considerada como insuportável. Algo de extraordinário deveria acontecer. E
aconteceu:
A visita do primeiro ministro chinês, Li Keqiang,
realizada no dia 19 de maio de 2015, não pode ser vista apenas como
acontecimento que promete injetar em nossa economia enorme quantia de capital,
destinada, ao que se propaga, em investimentos na infraestrutura, um ótimo
argumento para fugir de uma rotina de más notícias. Este empréstimo, no
entanto, corre o risco de tornar-se outro pesadelo, bem maior do que
presenciamos atualmente. E isso, levando-se em conta as condições extremadas
dos dois países envolvidos em transações bilionárias. De um lado um país
comunista que adota um sistema capitalista expansionista. A China, como um dos
integrantes da sigla BRICS, passou a ser o nosso maior parceiro comercial. É
comunista internamente e capitalista externamente. Com um quinto da população
do mundo, tem necessidade de expandir seus negócios, conquistando novos
mercados. Do outro lado o Brasil, por razões óbvias, um país fragilizado, que
se encontra mergulhado em crises generalizadas: política, econômica, social e
ética. Sem rumo e sem projeto do que deseja ser, adota a democracia como regime
político, mas integra o bloco “socialismo bolivariano”, um projeto comunista,
formado por países em permanentes crises.
O perigo desta aproximação de conveniência, em
situação inferiorizada e fortalecida por interesses pouco esclarecidos, é que
venha trazer consequências piores do que aí está. Inclusive imigração de mão de
obra, especializada ou não, prejudicando ainda mais a classe operária
brasileira. Pelo que se comenta, foram fechados 35 contratos com investimentos
de US$53 bilhões. Um negócio da China!
Pelo que deixa transparecer, uma das metas da vinda de
autoridades chinesas ao País é diminuir a influência dos Estados Unidos nos
países tidos como bolivarianos.
Ainda que se reconheçam necessidades e vantagens em se
criar infraestruturas imprescindíveis ao desenvolvimento, no caso da ferrovia
transoceânica (Mato Grosso/Peru) e tantos outros projetos há muito idealizados,
o momento atual é de se por ordem na desordem, de se cumprir promessas
enganosas, restaurar a credibilidade perdida e restituir a confiança nas
palavras proferidas. Isto é autoridade.
O momento é de se fazer o levantamento e torná-lo
público, de obras iniciadas e interrompidas, irresponsavelmente abandonadas ou
retardadas em decorrência de erros inadmissíveis quanto a previsões óbvias,
inclusive cálculos grosseiros e imprevisibilidade orçamentária, além de uma
grossa corrupção. A hora é de se voltar para as necessidades primárias de
atendimento a uma população sem esperança.
Enquanto vivenciamos um quadro desolador, os senhores
deputados pensam em projetos faraônicos: construção de mais três novos prédios
e um shopping (parlashopping), um chute no traseiro de uma população
desesperançada.
O que fazer e como fazer, se os poderes da República
encontram-se mergulhados em crises? O País não pode mais permanecer como está.
Para uma retomada de rumo há de se levar em conta um
roteiro de medidas que leve em consideração o estado de “terra arrasada” que
nos encontramos. Um bom agricultor, preparado e honesto, nos diria como
proceder:
1-
Preparar o
terreno para o plantio, segundo métodos não agressivos e de acordo com as
necessidades mais prementes;
2-
Selecionar o que
plantar, segundo vocações regionais;
3-
Adotar métodos
compatíveis com a realidade, quando se tratar de recursos que envolvam gastos;
4-
Posicionar-se e
predispor-se para realizar um trabalho regenerador e corretivo de modelos que
fracassaram;
5-
Por fim, ter
consciência de como agir, já visando a colheita, armazenagem da safra e
comercialização do produto. Deduzindo: pensar no futuro.
A comparação não é lá estas
coisas, mas levando-se em conta de que se trata de um simulacro para comparar
com o que se passa atualmente, é só transportar os conceitos para o que se
deseja. Quando falamos de terra arrasada, afora ao que foi e está vindo ao
conhecimento público, há de se considerar vários obstáculos impeditivos para
que se promovam metas de desenvolvimento. Por que endividar-se ainda mais?
Vejamos
alguns desses gargalos, hoje em péssimo estado de funcionamento. Trata-se de
algumas soluções previstas na coletânea Mosaico da Sociedade Brasileira, já tantas vezes comentados neste Blog: um Serviço de Assistência e Integração Social
(SAIS), em substituição ao assistencialismo estatal; uma nova Segurança Pública,
inclusive com reformulação do sistema prisonal, sobretudo penitenciário; Saúde
Pública; Educação, sistema Previdenciário, Moradia e uma infinidade de assuntos
abordados de maneira bastante prática, com métodos às vezes heterodoxos, mas
sem contrapor-se aos métodos ortodoxos. A Economia é vista como uma robusta
semente para surgimento de um novo sistema econômico. Contempla os seguintes
setores: uma Política Salarial justa e equitativa, com regras definiidas; um
novo modelo de Orçamento, totalmente diferente do atual , que tem facilitado a
prática de uma voraz corrupção; um renovado modelo de municipalismo, destinado
ao desenvolvimento regionalizado. A essência das propostas está em um novo
regime de governo, Sociocracia, uma espécie de corretivo para uma democracia
que perdeu os fundamentos que a orientavam. A Política é completamente
repensada. E mais uma infinidade de assuntos que vêm ao encontro de
necessidades prementes para reformmulação das instituições. Os Mosaicos foram escritos para dar rumo ao
País.
Nota Renovadora
A história
da composição destes livros, e não o conteúdo, narra fatos tidos como místicos,
registrados em livros, para futuro confronto com o que viesse acontecer. Como
se trata de testemunho de quem se viu envolvido numa tarefa missionária, me
senti no dever de narrar o extrato destes acontecimentos em um livreto, Brasil em Crise Versus Brasil Esperança. Para aqueles que desejarem tomar
conhecimento de fatos que se referem ao futuro do País, escritos na década de
1980 para um futuro sem previsão de datas, mas com os acontecimentos
explícitos, é só acessar o link abaixo. No mais, espero que não se decepcione.
O assunto é sério.
Também segue o link para
baixar o livro diretamente do site da Thesaurus Editora.
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