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Por que estamos onde estamos?

                                                                                            97ª Comunicação
No artigo anterior fiz menção ao rompimento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, com o Planalto, dizendo que o recesso que naquele dia se iniciava (17/07/2015), “não seria suficiente para diminuir o fogo das desavenças durante o recesso.” De fato, as chamas crepitantes das crises não deram trégua: o MST invade órgãos públicos (INCRA e Ministério da Fazenda) demonstrando que não está inativo; cresce a possibilidade de o País ser rebaixado pela Agência de classificação de risco, Standard & Poor, o que causa pânico só em pensar; a Operação Lava-Jato, já na 16ª fase de atuação, cria a Operação Radioatividade para investigar a corrupção na Usina Angra 3, no Rio de Janeiro e, a seguir, a 17ª, Pixuleco, com a prisão do ex-ministro José Dirceu, o que, na certa, abrirá nova crise; por fim, a inflação, mesmo com a elevação da taxa Selic para 14,25%, não tem dado sinal de abrandamento.
Outro fato gravíssimo é a entrevista da advogada de nove delatores da Operação Lava-Jato, Beatriz Catta Preta, concedida à TV Globo no dia 31 de julho de 2015, em que se declara ameaçada por membros da CPI que investiga corrupção na Petrobras. Sentindo-se insegura e amedrontada, resolve abandonar as causas pendentes, fechar o escritório de Advocacia e abandonar a profissão.
Diante de tais fatos ocorridos em poucos dias, de 17 de julho a 03 de agosto de 2015, acrescidos de outros já considerados insolúveis, justificam a reunião convocada pela presidente Dilma com os ministros, vice-presidente da República e 26 governadores, expondo a situação crítica que atravessamos, solicitando apoio para assegurar a governabilidade. Devido às circunstâncias irreconciliáveis, é bom que repassemos outras consequências que anunciam o aprofundamento das crises:
A economia, a máquina propulsora do progresso, tornou-se inoperante e não suporta as consequências de uma reforma, urgente e necessária. As instituições, impregnadas de continuados desmandos, perderam completamente o rumo dos objetivos a que estariam destinadas. O social desviou-se de sua praticidade natural, combate à pobreza, e enveredou-se por caminhos tortuosos da política assistencialista ideológica de um Estado que tudo oferece, até mesmo, as condições ideais para o antitrabalho. Além de onerar o orçamento e propiciar fartas benesses aos militantes de movimentos sociais, favorece a corrupção e outros tantos desvios do dinheiro público. Os municípios, com problemas seculares, exigem novas propostas que os tornem aptos a caminharem segundo padrões regionais e da autossustentabilidade. A política, tal como é praticada, chegou ao cúmulo do absurdo de ser um dos principais fatores de desestabilização das engrenagens que dão sustentação ao Estado. A Segurança Pública, com deficiências no setor prisional e mesmo no combate ao crime, deve ser repensada. A Política Salarial é discricionária e fonte de constantes protestos.  Educação, Saúde pública,  ... e por aí vai. Onde estamos? O País precisa ser repensado sob pena de nos tornarmos, de fato, uma republiqueta como tantas outras que foram submetidas a uma ideologia formadora de elites oriundas de uma utópica “hegemonia do proletariado”, que tudo pode e tudo faz, ou tudo podia e tudo fazia.  
Diante de um quadro de instabilidade recheado de expectativas nada promissoras, ronda-nos ameaças de ruptura de alianças que ainda se mantêm, mas fragilizadas por crises em vários setores estruturais do Estado. No entanto, o que menos se vê e ouve falar são as ciladas subversivas, uma reminiscência do período em que dezenas de organizações clandestinas se reuniam em locais secretos para traçarem as suas ações terroristas e conclamar o povo para hostilizar os governos militares. Esta foi e tem sido a principal causa para renovadas aventuras, agora, transformadas em sucessivas crises de identidade nacional.
Não é possível penetrar nas intenções dos detentores do poder de praticar manobras estratégicas meticulosamente planejadas e postas em prática, mas é possível, sim, certificar-se das condições que atentam ou pressupõem o que está acontecendo num País mergulhado em crises monumentais. E isso vem acontecendo:
As megas operações da Polícia Federal, Ministério Público e demais órgãos de segurança com poderes investigativos, sobretudo a Operação Lava Jato, além de descortinar um monumental antro de sugadores da riqueza nacional, mergulhado num infindável abismo de corrupção, despertou o País para situações que estavam nos levando à bancarrota e à condição de colônia de um comunismo satânico, que renasce e prospera em países que se deixaram contaminar por um esquema quádruplo de crises: política, econômica, social e ética. As crises tornaram-se institucionais. O objetivo desta modalidade de absorção da soberania nacional começa e termina na estratégia denominada eufemisticamente de capitalismo de Estado, uma maneira cômoda de expandir o comunismo sob a tutela de uma fragilizada democracia. 
Enquanto isso o Brasil real é exposto a constantes intempéries da natureza, à violência sem controle e a miséria desfigurada, consequências advindas de impatrióticas medidas para implantar uma situação de desconstrução do Estado. Este é o resultado que estava previsto, mas ignorado. Ainda bem que este estado caótico tem sido atenuado por imposição das operações da Polícia Federal e órgãos investigativos, dando cumprimento a mandados do Judiciário Federal, para desmontar a volúpia da corrupção que se mantinha nos porões fétidos de governos com intenções antinacionais. Diante de tantos absurdos e falta de expectativa quanto ao futuro, só nos resta raciocinar com uma alternativa: MUDAR DE RUMO.
Comparando-se a sequência dos acontecimentos em que o País se vê mergulhado num tempo de incertezas, desesperança e indecisões, dar rumo ao País não significa tentar reformar o que aí está, mas apresentar sugestões condizentes com a realidade de um Estado submetido a experiências que sempre beneficiaram elites espúrias, sem compromisso com a Nação.
Como não há, se há ainda não apareceu, nenhuma proposta séria, neutra e independente voltada exclusivamente para o Brasil real, não posso me omitir justamente agora. O Brasil está a exigir mudança de rumo. A hora é de se pensar e discutir sobre uma nova ordem social, política e econômica, a ser erigida com o objetivo primordial de abrigar as futuras gerações. Se o momento é propício para uma transformação que dê rumo ao País, a hora é também de apresentar sugestões para revigorar as forças do gigante, após atrocidades sofridas. Como assumi compromisso que nada tem de racional, aqui estou, neste Blog, abrindo a janela da consciência.   
Nota Renovadora
Para quem venha se interessar pelo ineditismo de uma saga missionária.
O que vivenciamos atualmente confirma precognições registradas em livros.  Como se tratam de assuntos relacionados a um misticismo real, ou realidade mística, hipóteses difíceis de explicar, preparei uma síntese histórica desta saga missionária: Brasil em Crise versus Brasil Esperança. Segue o link do livreto, para leitura:

Também segue o link para baixá-lo diretamente do site da Thesaurus Editora.http://www.thesaurus.com.br/download.php?codigoArquivo=430

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