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Atualizando a História-2

102ª Comunicação

Comentar sobre agenda política num tempo de “vacas magras”, quando a situação é de desespero e ninguém se entende, é o mesmo que escolher uma forma ideal de se enfrentar uma catástrofe da natureza em plena atividade avassaladora. Tudo que é feito de improviso pode reverter-se em consequências piores do que o não fazer nada. O que presenciamos nos tempos atuais é que a inação ao combate dos absurdos cometidos pelos detentores do poder durante 12 anos, recheados de antivalores para acobertar objetivos determinados pelo Foro de São Paulo, resultou numa autofagia praticada pelos próprios detentores do poder. Ao se sentirem livres para praticarem o que bem lhes conviessem, como é comum acontecer no caso da liberdade sem limites, a elite ideológica passou a agir como se fosse dona da verdade. Movidas pelo ódio e vingança, as Comissões da Verdade seguiram este malfadado caminho. Tal prática, dada a ausência do contraditório, por si só se desmoralizaria e tornaria empecilho para concretizar nefastos objetivos. Quantas barbáries cometidas!
A questão agora é de se criar ambiente para reversão dos antivalores, morais e éticos. Uma das tentativas mais ousadas e antipatrióticas postas em prática a partir de 2003 foi a de querer apagar, ou modificar crimes lesas-pátrias submissos ao movimento comunista internacional, compreendendo os períodos que antecederam ao movimento de 31 de março de 1964 e os governos militares. É de se destacar que o ambiente era pré-revolucionário. Visava à tomada do poder pelas guerrilhas, que atuavam ostensivamente para implantar doutrina repudiada pela sociedade brasileira.
A partir de 1985, fim do período dos governos militares, até os dias de hoje, o que se viu e vê é repetir e utilizar-se dos mesmos propósitos que antecederam e se seguiram ao marco histórico, 31 de março de 1964: continuar as tentativas da tomada do poder, desta vez utilizando-se métodos gramscistas, que consistem em construir o presente apagando da memória nacional um glorioso passado, que apontava para um promissor futuro. Atentemo-nos para um detalhe: os governos militares durante 21 anos combateram movimentos subversivos e, em comum acordo com a esquerda, foi redigida a Lei da Anistia, numa demonstração de que acima das paixões estava o sentimento de Pátria, que deveria prevalecer. No entanto, movidos pelo ódio e vingança, a esquerda tentou revogá-la. Para atingir fins político e ideológico aproveitou-se de um surto extraordinário da tecnologia da comunicação virtual, cada vez mais aprimorada, para desconectar a sociedade do sentimento de Pátria. Isso facilitaria criar um ambiente adequado para implantação do Socialismo Bolivariano, um disfarçado comunismo.
De uma crônica de Nelson Rodrigues transcrevo pequeno trecho alusivo ao presidente Emílio Garrastazu Médice: “Há anos e anos que eu não digo "pátria".  E quando o presidente Garrastazu falou em "minha pátria", experimentei um sentimento intolerável de vergonha.  Esse soldado é de uma natureza simples e profunda.  Está disposto a tudo para que não façam do Brasil o anti-Brasil.” E o que vemos hoje?
Deixemos o passado de lado e voltemos ao presente. O “jeitinho brasileiro” de levar vantagem facilita a aceitação de quaisquer fatos absurdos, sem se importar com a procedência. Assim foi fácil desconstruir o Estado, chegando ao cúmulo de não se visualizar uma saída para a atual crise, que a cada dia se torna mais confusa e perigosa.      
No dia 05 de outubro de 2015 o Tribunal de Contas da União (TCU), por unanimidade, rejeitou as contas do governo da presidente Dilma referente ao ano de 2014. E 2015. Dentre as várias irregularidades apontadas, uma chamou a atenção: as pedaladas fiscais. Do total de 106 bilhões de reais não aprovados, 40 bilhões se referiam a este tipo de irregularidade orçamentária. Trata de justificar repasses não permitidos de bancos públicos e privados para cobrir rombos orçamentários, principalmente em políticas sociais, num ano de eleições. Aqui começa outra novela para ganhar tempo. Retomaremos ao “jeitinho brasileiro” de contornar o injustificável.
Acontece que a Operação Lava Jato a cada dia traz novidades, atropelando o já conturbado ambiente de insegurança e ingovernabilidade. Desta vez, com notícias sobre vultosa quantia de dinheiro depositado em bancos da Suíça em nome do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Este fato dará margem a contestações e motivos para novos contornos ao conturbado ambiente político. Mesmo se tratando de fatos comprovados, assim como as “pedaladas fiscais”, a nossa justiça oferece meios legais para prorrogar prazos e amenizar consequências.
É melancólico constatar que o País está à deriva, com um governo apenas de fachada, submetido a uma safra de desmandos que atingiram diretamente à governabilidade. Atualmente só pensa em defender-se de uma contínua ameaça de impeachment. Alguns sintomas de crises generalizadas que tomaram conta do cenário político nacional são provas inequívocas de que o desespero extrapolou, em muito, os limites da tolerância. Recursos antiéticos, como a troca de favores e conchavos políticos, deverá ser a saída temporária para que se busque um consenso político. O ranço ideológico, adubado e regado pela necessidade de sustentar um castelo em ruína, poderá impedir iniciativa desta natureza, a não ser em defesa de lideranças ameaçadas de degola, com troca de favores mútuos. Este estado de anomia e desesperança com o que pode acontecer, com práticas abomináveis de crimes hediondos e lesa-pátria, abre-nos a porta do imponderável. Em quem acreditar?
No que concerne ao comércio exterior, mais um golpe acaba de ser dado na nossa fragilizada economia. Os Estados Unidos e o Japão, no dia 05 de outubro de 2015, selaram um acordo histórico com mais dez países banhados pelo Oceano Pacífico — Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Cingapura, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru e Vietnã — denominado de Parceria Transpacífico, representando 40% do PIB mundial. Pelo que tudo indica seremos atropelados por outros tratados desta natureza. E o País continua sendo rebaixado pelas agências de classificação de risco.
Nota Renovadora
Por obra do destino coube-me a incumbência de escrever livros para um tempo indefinido quanto à época, mas explícito quanto aos acontecimentos.
Durante décadas venho transcrevendo em livros o desenrolar de acontecimentos relativos a essa incrível realidade mística, ou misticidade real. Como é impossível tratar de assuntos desta natureza, embora comprovados, nem tampouco convencer por palavras fatos tidos como estranhos para a maioria das pessoas, estou publicando (para breve) um livrete, Brasil em Crise versus Brasil Esperança, que traz uma síntese sequenciada do que se encontra em outros livros. Os Mosaicos da Sociedade Brasileira, escritos na década de 1980 para tempo futuro e incerto, também se encontram em fase de preparo para serem publicados.
Segue o link do livro, para leitura:
Também segue o link para baixar o livro, gratuitamente, diretamente do site da Thesaurus Editora.
http://www.thesaurus.com.br/download.php?codigoArquivo=430

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