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Atualizando a História

                                                                                     101ª Comunicação
Estamos atravessando um dos períodos mais críticos de nossa história contemporânea. Num ambiente de ódio e vingança foi montado um audacioso projeto para reescrever a história da contrarrevolução de 1964. Durante os 12 anos do governo do PT, sobressaindo-se os últimos quatro anos, foram montados os dispositivos para levar em frente o grande projeto previsto no Foro de São Paulo. Este detalhe deve ser visto com uma possante lupa, e não a olho nu.
O que plantaram durante 12 anos é algo que não se explica e foge de qualquer justificativa séria, a não ser conjugando vários episódios que constituem as distorções, meticulosamente planejadas. Uma delas era a que visava implantar no consciente coletivo a ideia do golpe e da ditadura militar.  Os antecedentes que levariam o País a uma guerra civil de consequências inimagináveis deveriam ser apagados da história. Era preciso estabelecer novos padrões que levassem a uma insistente campanha para desmoralizar os governos militares. A prioridade encontrada foi perseguir aqueles que, cumprindo com o dever, combateram e derrotaram grupos terroristas, urbanos e rurais. O terrorismo não seria sequer mencionado. Estes atos de pura vingança nada mais são do que uma maneira sórdida de distorcer a realidade dos fatos.
O indiferentismo é a tônica do momento. Some-se a ele a desarmonia social causada pela descaracterização dos costumes, com a família atirada no fosso do descaso, em nome de uma modernidade que prega a promiscuidade total e irrestrita. Acrescente-se a facilidade de se inverter princípios morais, hoje uma prática cheirando a mofo, e teremos pintado em cores sombrias o caminho a que fomos cegamente conduzidos.  O momento é de cautela e ação. Está passando da hora de se reverter os antivalores impostos “goela abaixo”. Ao acordar de um pesadelo já estávamos mergulhados num mar de incertezas quanto ao futuro. Repassemos alguns acontecimentos que comprovam um clima de crises insolúveis, cujos objetivos visavam impedir, ou retardar medidas reclamadas pela maioria absoluta de uma sociedade que está despertando de um pesadelo.
Não há efeito sem causa. Se buscarmos a origem das crises que mais aparecem no cenário nacional, principalmente a política e a economia, vamos encontrar as causas agrupadas numa central de fatores negativos, incrustrados nos partidos políticos.  Nesta central não se leva em consideração o que é de interesse nacional. Predomina a irresponsabilidade, o apadrinhamento, a dissimulação, a mentira e a aparência de parecer o que não é com o fim de desfrutar das facilidades do enriquecimento ilícito. A crise que presenciamos é moral, aquela que leva ao descrédito a classe política e desqualifica os valores morais contidos nos costumes e tradições. Em 12 anos conseguiram fixar metas de desestabilização institucional para prosseguir com a implantação de um utópico comunismo.
As Comissões da Verdade, federal e estadual, foram os instrumentos para realizar esse plano diabólico. Uma vez criadas, as Comissões conseguiram engabelar uma população que não sabe o que quer, mas prima em levar vantagem nas artimanhas embutidas em promessas vantajosas. E assim foi imposto em nome de uma falsa verdade, aquilo que consistia em desqualificar fatos históricos, além de locupletar com vantagens indevidas.
A corrupção tem sido um dos males mais vergonhosos e onerosos ao patrimônio público. A Operação Lava-Jato, presidida pelo Juiz Federal Sérgio Moro, trouxe ao conhecimento público o que ocorreu com a Petrobras, completamente dizimada pela sanha de alguns políticos, diretores da empresa e das empreiteiras. Como era de se esperar, devido à desenvoltura com que prosseguia na busca de corruptos e corruptores suspeitos, aguardando provas mais consistentes, teve a sua jurisdição limitada. Por oito votos a dois os ministros do Supremo Tribunal Federal determinaram que as investigações aos acusados ficassem restritas à corrupção na Petrobras. Com esta medida a Operação Lava-Jato não mais poderá apurar esquemas de propinas em outros setores.
E assim chegamos onde estamos. Aos poucos a nossa presidente foi perdendo a credibilidade, a ponto de não mais poder dirigir-se à sociedade pelos meios de comunicação, sem livrar-se do humilhante “panelaço.” Outro artifício foi então utilizado: aproveitar-se das reuniões promovidas em outros países para mandar recados sobre assuntos polêmicos, uma forma de fugir ao enfrentamento com a opinião pública. Assim é possível promover reuniões sigilosas, longe da vigilância de uma oposição que não lhe dá trégua.
No dia 28 de setembro de 2015, aproveitando-se da oportunidade de falar para o mundo na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, a presidente Dilma voltou a tratar de assuntos internos do Brasil. Um pequeno trecho de seu discurso bem define o que seu governo pensa da crise que atravessamos: “O Brasil não tem problemas estruturais graves, nossos problemas são conjunturais e, diante dessa situação, estamos reequilibrando o orçamento e assumimos uma forte redução de nossas despesas, gastos de custeio e parte do investimento.” Na sua defesa do ajuste fiscal, chegou a reconhecer, indiretamente, o fracasso do modelo adotado pelos governos petistas, declarando ter chegado ao limite, por razões fiscais.  
As más notícias sobre desemprego e tantas contradições na aplicação de projetos para recuperar a economia, em constante ameaça de piorar ainda mais, é outra temeridade a ser levada em conta. O quadro com que nos deparamos é de uma profunda crise generalizada. A violência grassa por todos os estados do País, numa intensidade nunca vista; a burocracia excessiva onera demasiadamente a máquina do estado, prejudicando o desenvolvimento e submetendo o cidadão a um suplício duplamente considerado: de custo e tempo; a população está sufocada por tantas exigências sem sentido, o que influi diretamente na liberdade. O Estado, dilacerado pelas más gestões e pelo descaminho a que foi conduzido, pede por socorro. Com 39 ministérios, no dia 02 de outubro de 2015, para dissimular a exigência de se fazer economia com enxugamento do Estado, foram extintos oito ministérios. Tal medida, que atende principalmente aos conchavos políticos, será pouco sentida, uma vez que os 31 ministérios que permanecem, continuarão a ser um número excessivo. Dadas às contingências de como se processaram as negociações, orientadas pelo Sr. Lula da Silva, o País só tem a perder. É impossível desvincular-se das dissimulações.     
Nota Renovadora

Tenho mantido este espaço para referir-me sobre os livros Mosaicos da Sociedade Brasileira, inclusive sobre um livrete, Brasil em Crise versus Brasil Esperança. Dadas às coincidências de fatos que se confirmaram e estão se confirmando, aproveito para comunicar aos leitores que estou providenciando a publicação destes livros. Se os Mosaicos têm por fim dar rumo ao País, só me resta trazê-los à lume, enfrentando as naturais dificuldades inerentes a uma tarefa missionária com tantos percalços.  

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