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A que ponto chegamos?

                                                                                126ª Comunicação                                       
A situação chegou a tal ponto que, não fosse interrompida pela Operação Lava-Jato, seria impossível reverter o que se processava ocultamente: a transformação lenta e gradual do ambiente político-ideológico brasileiro, fato este que visava à posse e permanência no poder com a implantação do Socialismo do século XXI, ou Socialismo Bolivariano, um comunismo que se baseia no ódio, na vingança e na deslavada mentira.
Disso pouco se fala, uma vez que conseguiram levar o País a uma crise generalizada, utilizando-se de métodos que impediam uma saída legalmente consentida. A cada dia este ambiente deteriorava, pois era necessário, a qualquer custo, preservar o produto de tamanha pilhagem do patrimônio nacional.  
Os valores apurados e, possivelmente a apurar pela Operação Acarajé, um prolongamento da Lava-Jato, interna e no exterior (Londres, Nova York e Suíça), acrescidos dos mandados de prisões judiciais efetuados, é possível que tais fatos servirão de argumentos indefensáveis para desarmar um esquema considerado catastrófico. Quem ainda poderia estar por trás de tanta bandalheira? 
      Um esclarecimento
    O processo de impeachment agora encerrado, indubitavelmente, terá o seu efeito histórico no que diz respeito ao desmonte dos poderes usurpados pelos criadores do Foro de São Paulo. A pessoa que ocupasse a presidência da República, diante das circunstâncias atuais, não teria tanta importância, a não ser que estivesse envolvida na trama.
    Vejamos, a partir de agora, os fatos que mais sobressaíram ultimamente.
    Atualização dos acontecimentos
    12 de agosto de 2016
    Há muitos crimes em andamento que continuam sendo investigados pela Operação Lava-Jato que precisam de esclarecimentos conclusivos. Vejamos alguns desses: Intimados a depor sobre o sítio de Atibaia, no dia 09, a esposa do ex-presidente Lula, Marisa Letícia e o filho Fábio Luís Lula da Silva, mereceu resposta do Instituto Lula, afirmando, em nota, que tais oitivas seriam desnecessárias, pois as informações já foram prestadas. Este é um fato pode desencadear enfrentamentos.
     16 de agosto de 2016
           O ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, autorizou abertura do inquérito envolvendo o ex-presidente Lula, a presidenta afastada Dilma Rousseff e os ex-ministros Aloísio Mercadante e José Eduardo Cardoso.
     Outra novidade do dia refere-se a uma carta da presidenta afastada Dilma Rousseff, direcionada aos senhores senadores e senhoras senadoras e ao povo brasileiro, prometendo convocar um plebiscito sobre reforma política e eleições antecipadas para presidente da República. A palavra “golpe” é utilizada para justificar o impeachment, caso seja este concretizado. O presidente do Superior Tribunal Eleitoral, Gilmar Mendes, chamou de brincadeira de criança a convocação de um plebiscito para este fim, por não ter amparo na Constituição. Esta proposta não deixa de ser uma afronta ao Senado, ao STF e ao TCU, além de  inqualificável ameaça à harmonia dos Poderes da República.
    17 de agosto de 2016
    O ex-presidente Lula, em carta aberta, defende-se das acusações em que se diz vítima e violentado em sua intimidade por meio de vazamentos ilegais. 
         Como se vê, há muitos fatos a serem elucidados, inclusive com repercussão internacional.
     21 de agosto de 2016
      O encerramento das Olimpíadas no Maracanã, Rio-2016, foi um evento festivo que apresentou ao mundo um Brasil bem diferente das expectativas pessimistas que antecederam o início dos jogos olímpicos. Com um espetáculo descontraído, encenando formas diversificadas do que é o País, como fauna, flora, folclore, tradição e tantos outros motivos de afirmação, sobressaindo a espontaneidade de um povo hospitaleiro e criativo, em que a palavra mais pronunciada de despedida foi saudade, prova de uma espontânea confraternização.
   25 de agosto de 2016
    Tem início a sessão de julgamento da presidenta afastada Dilma Rousseff, presidida pelo presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, sendo ouvidas duas testemunhas indicadas pela oposição, Júlio Marcelo de Oliveira, procurador do Ministério Público de Contas — rebaixado de testemunha para informante — e o auditor do Tribunal de Contas da União, Antonio Carlos Costa D’Ávila.   
     26 de agosto de 2016
     Numa   sessão tensa, os debates ocorreram num clima exacerbado, com xingamentos mútuos das duas frentes envolvidas, a favor e contra o impeachment, a ponto do presidente Ricardo Lewandowski ter de interromper a sessão, numa demonstração de como se encontram os ânimos.
    Na Operação Lava-Jato o inquérito da Polícia Federal que apura vantagens ilícitas de 2,5 milhões de reais na reforma de um apartamento no Guarujá, pagos pela empreiteira OAS, o ex-presidente Lula foi indiciado nos crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Trata do seu primeiro indiciamento. 
     29 de agosto de 2016
  Com a presença do ex-presidente Lula e a comitiva que o acompanhava, a presidenta afastada Dilma Rousseff comparece ao Senado para pronunciar o seu discurso de defesa pessoal e responder às perguntas dos senadores inscritos. Durante 13 horas de uma sessão cansativa, respondeu aos 47 senadores que lhe questionaram. Como não cabia réplica, as suas respostas prevaleciam como definitivas. O seu discurso de 50 minutos de duração, sem que trouxesse fatos novos, tratou de blindar a sua pessoa contra possíveis crimes de responsabilidade cometidos, afirmando repetitivamente que está sendo vítima de um golpe. Quanto à parte técnica-jurídica, no entanto, deixou a desejar.
  A presença do ex-presidente Lula e do compositor Chico Buarque, como atrativos que rendessem votos, em nada alterou a situação.  
      30 de agosto de 2016
   Até que enfim, após nove meses de debates, chegou a hora da conclusão que decidirá o destino do País. Há de se ressaltar a condição de independência, neutralidade e autoridade exercidas pelo presidente do processo, também presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski. Os debatedores tiveram a oportunidade de apresentar os últimos argumentos para convencer aqueles que ainda se diziam em dúvida. O ex-ministro José Eduardo Cardoso, defensor da presidenta afastada, e a advogada Janaína Paschoal, como coautora da denúncia, marcaram suas presenças como ardorosos advogados. Os senadores, como juízes, tiveram dez minutos para justificar seus votos. Resumindo: são fatos que hão de marcar a história contemporânea.          
     31 de agosto de 2016
  Num julgamento de poucos minutos, voto eletrônico, o placar de 61 votos favoráveis ao impeachment e 20 contrários, encerrou um tumultuado período de nossa história. No entanto, um acordo de última hora proporcionou outra votação, com o placar de 42 votos a 36, que deu à condenada a oportunidade de fugir da inabilitação de exercer função pública por oito anos. Esta votação contraria o artigo 52 da Constituição.
        Nota Renovadora                          
   Comunico aos leitores deste Blog que a coletânea de três livros, Mosaicos da Sociedade Brasileira, acaba de ser publicada pela Thesaurus Editora. Para divulgação contratei a Mix 7, Agência de Marketing Digital Ltda –ME, que se encarregará da divulgação. O livro Brasil em Crise versus Brasil Esperança apresenta uma síntese histórica destes livros. Para quem venha a interessar segue o seu link. 

Comentários

  1. Boa síntese sobre os marcantes acontecimentos políticos do nosso tempo, amigo Oto.
    Abraço do Jorge Leite

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  2. Oto,
    Excelente retrospectiva dos acontecimentos.
    Apenas uma ressalva, você escreveu Presidenta, forma injustificável que aquela figura criou arranhando nossa gramática. Se tivesse escrito PresidANTA, aí tudo bem.
    Abs.
    Gabriel

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