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Ameaça dissimulada

                                            127ª Comunicação
Há quase um século Rui Barbosa, numa definição profética, previa os horrores que o comunismo causaria à humanidade. Vale a pena reproduzi-la:
   O Comunismo não é a fraternidade: é a invasão do ódio entre as classes. Não é a reconciliação dos homens: é a sua exterminação mútua'. Não arvora a bandeira do Evangelho: bane Deus das almas e das reivindicações populares. Não dá tréguas à ordem. Não conhece a liberdade cristã. Dissolveria a sociedade. Extinguiria a religião. Desumanaria a humanidade. Everteria, subverteria, inverteria a obra do Criador.” Rui Barbosa - (Pronunciamento na Associação Comercial do Rio de Janeiro, em 8 de março de 1919).
        Estas palavras, temperadas pela realidade de nossos dias e submetidas à vontade de ideólogos de uma frustrada esquerda, numa incrível desventura que propunha impor ao Brasil um regime que sempre ignorou a reconciliação entre as classes sociais, implantando o ódio como meio de calar a liberdade, confirmam o que assistimos atualmente, plenamente de acordo com os dizeres acima transcritos. Aos poucos, o País foi amordaçado por uma realidade que agia subversivamente contra a ordem constituída, com o nítido propósito de fazer calar tudo que viesse contrariar os seus objetivos. Isso é o que veremos. 
      Uma amarga realidade
      Assim pensa a cúpula da esquerda ideológica:
    Ninguém sabe de nada e as acusações contra eles não passam de hipotéticas suposições, sem que constituam provas. Tudo é golpe. Felizmente, o poder Judiciário, ao contrário da Venezuela, não se deixou enodoar pelo autoritarismo ideológico. Apesar de frágeis, as instituições funcionam.
      A Operação Lava-Jato vem tentando remover os entulhos que ainda se encontram debaixo do tapete. É a bandeira que simboliza a esperança.  O que não tem faltado são gravetos para conservar acesas as ameaças de incendiar o País.  
      Muito se fala em golpe e o que se vê e ouve são ameaças de empregos de táticas para desestabilizar o governo. O “fora Temer” e a palavra “golpe”, tanto nos movimentos tidos como sociais como nas duas casas do Congresso Nacional, são formas de sustentar um clima de permanente animosidade ideológica: sem nos fixarmos ao mérito dos debates recheados de baixarias intelectualizadas durante o decorrer do impeachment, o que se passa nas duas casas legislativas são procedimentos destinados a impossibilitar acordos. No que se refere à responsabilidade de cometimento de crimes praticados contra o ordenamento constitucional, uma referência à operação de crédito do plano safra em 2015 e as denominadas “pedaladas fiscais”, o que levou ao impeachment da ex-presidente Dilma, ainda repercute como fator que justifica a sustentação de propósitos para promover a ingovernabilidade. Isto sem se falar em outros crimes de responsabilidade apenas comentados, por não integrarem os motivos da denúncia.  
  Assim podemos afirmar que, apesar do reconhecimento dos motivos alegados, comprovados pelo placar favorável ao impeachment de 61 a 20, os problemas continuarão a desafiar a classe política. Terminamos a via-crúcis de um prolongado processo político-jurídico com uma pergunta: estamos no fim ou no começo do que pode acontecer, levando-se em conta as ameaças reiteradamente repetidas pelos senadores militantes da esquerda? 
   O histórico do que fizeram com o Brasil, conduzindo-o a uma crise generalizada sem precedentes, foi um dos motivos da criação deste Blog, com artigos sequenciados. O objetivo principal seria recompor a história contemporânea, eivada de sofismas, deslavadas mentiras e distorções dos fatos com pretextos protelatórios.
  Atualização dos acontecimentos
        12 de setembro de 2016
    O que presenciamos atualmente no cenário nacional resulta de noticiários destinados a desviar fatos que compõem a tríplice crise em que está mergulhado o país: econômica, política-ideológica e ética. Excepcionalmente, dois fatos repercutiram neste dia: o primeiro, o tão propalado e sempre adiado processo em que foi réu o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Até que enfim foi julgado pelo plenário, sendo condenado à perda do mandato de deputado pelo placar de 450 votos, contra apenas 10 favoráveis, acrescida da ilegibilidade até fevereiro de 2027. É mais um fato que aumenta a temperatura da política-ideológica, uma vez que envolve, além das acusações relativas à ética, a iniciativa de ter desencadeado o impeachment e participado ostensivamente do mesmo, até a consumação da perda do mandato da ex-presidente Dilma Rousseff.
     Só o tempo, com os desdobramentos que na certa virão de maneira intempestiva, permitirá opinar sobre pessoas e fatos.     
      O outro fato digno de registro foi a posse da ministra Cármen Lúcia à presidência do Supremo Tribunal Federal. Num ambiente constrangedor, autoridades presentes envolvidas em processos de corrupção e lavagem de dinheiro, ouviram do decano ministro Celso de Mello, que falava em nome dos colegas, duras críticas à corrupção, apontando os fundamentos da moralidade pública: “não roubar, não deixar roubar e por na cadeia quem roube.”
    A empossada presidente ministra Cármen Lúcia, quebrou o protocolo ao dirigir-se às autoridades presentes, priorizando “sua excelência, o povo”, numa demonstração de mudança de paradigma.  
          14 de setembro de 2016             
     O Ministério Público Federal convocou a imprensa para comunicar a denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, considerado mentor e executor do megaesquema criminoso partidário, acoplado ao sistema de governo, sob a batuta do então presidente da República. Este conluio entre a classe política, empresários, coalizão partidária e a cúpula diretiva do governo, tinha como cabeças o Partido dos Trabalhadores e o Instituto Lula. A intenção dos procuradores era comprovar a presença de um sistema de corrupção nos órgãos estatais, sobretudo a Petrobras, utilizando-se da propina e enriquecimento ilícito como atrativos irrecusáveis. O ex-presidente Lula está sendo acusado de receber propinas no valor de R$3,7 milhões, posse do tríplex do Guarujá-SP e armazenamento de bens no tempo em que foi presidente da República.  Isso sem se falar no badalado sítio de Atibaia e outros favores oferecidos pela empresa OAS, investigada na Operação Lava-Jato.
      Não há como desvincular o sistema criminoso do desvio do dinheiro público de empresas estatais sem autorização do presidente da República, principalmente os cometidos no exterior, parceiros da mesma causa.
        Nota Renovadora
   A coletânea dos três livros, Mosaicos da Sociedade Brasileira, tantas vezes comentados neste Blog, é o motivo principal desta nota esclarecedora. Estes livros têm a sua história inserida na própria história contemporânea brasileira. A esta desventura a que o País foi acometido, de fatos que poderiam acontecer, ou não, passamos a denominá-la de “misticidade real ou realidade mística.” O significado destas duas frases, realidade mística e misticidade real, encontra-se na 120ª comunicação. As coincidências são tantas que não há como contraditá-las.  
         Obs.: Comunico aos leitores deste Blog que a coletânea dos três livros, Mosaicos da Sociedade Brasileira, acaba de ser publicada pela Thesaurus Editora. Para divulgação contratei a Mix 7, Agência de Marketing Digital Ltda –ME, que se encarregará da divulgação.
    O livro Brasil em Crise versus Brasil Esperança apresenta uma síntese histórica desses livros. Para quem interessar segue o seu link. 

            

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