(vigésima segunda comunicação)
Repassando um
período de turbulência que parece não ter fim, senti a necessidade de abordar
algo mais positivo que viesse servir de alento para que encontrássemos a saída
de um labirinto caprichosamente traçado e ordenado, que levaria a um beco sem
saída. Mas a vida tem os seus truques. Havia algo oculto por uma neblina que
dificultava divisar possibilidades de mudança de rota, pois o caos já se
anunciava como presságio avassalador. Ninguém imaginava que movimentos surgidos
quase que por encanto, tidos como espontâneos ou sem lideranças de antigas
entidades corporativistas, viessem causar tantos estragos a uma democracia
populista, construída a base de regalias e dispositivos contaminados pela
ideologia, pela corrupção e pelo uso indiscriminado de privilégios indecorosos,
males que impedem ou corroem as instituições de praticar objetivos que atendam aos
interesses nacionais. Não interessa declinar nomes e procurar culpados, pois o
momento é de procurar soluções. A união de todos, indistintamente, tornou-se
requisito inquestionável.
Muito
antes que chegássemos a este quadro tenebroso, motivo de tantos movimentos reivindicatórios
e contestações aos desmandos acumulados há tanto tempo — atualmente sem
esperança de um abrandamento imediato —, já sentia a necessidade de transmitir o
que calava fundo no meu interior, como uma maneira de expor fatos que previam
coisas inarráveis. Por prudência, cautelosamente, passei a registrá-los em
livros, para futuro confronto com o que viria acontecer. Não foi por acaso que
levei a sério uma precognição transmitida por “Tia Neiva” no Vale do Amanhecer,
em Brasília (ano de 1978), conforme narrei nas comunicações 4, 5, 6 e 8 deste
Blog: “que escrevesse livros destinados ao País para um tempo futuro, sem
previsão de datas, mas preciso quanto aos acontecimentos.” Outros videntes, também
registrados em livros, confirmaram tal precognição.
Este
quadro caótico previsto há tanto tempo, cuja composição a cada dia acresce mais
ingredientes inflamáveis, como o “vandalismo” e violência incontrolada, desafia
os órgãos de segurança e desmoraliza autoridades constituídas, numa onda de
ameaças à liberdade e direitos de cidadania. A deformação impingida aos
direitos humanos, prestigiando o infrator e desmoralizando os órgãos de
segurança pública, vítimas de decisões distorcidas, às vezes arbitrárias,
motivaram os atuais atos de vandalismo, incentivando os marginais para que assim
procedessem. Aqui temos o reverso da medalha: a situação que já era péssima foi
agravada com a insegurança que ameaça autoridades, nacionais e internacionais, por
constituir um dever do Estado, hoje, uma imprevisibilidade nunca vista. Estamos
diante de um fato preocupante: garantir a segurança de autoridades e
participantes da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro. A visita do
Papa Francisco durante este majestoso evento, por incrível que pareça,
constitui uma grave ameaça de confrontos que podem atingir a integridade física
de autoridades, inclusive dos participantes e a pessoa do próprio Papa
Francisco e autoridades eclesiásticas. Só de pensar que este absurdo possa
acontecer, já é motivo de desprestígio do País no exterior. Tudo aqui é possível,
até mesmo nada acontecer de extraordinário.
Mas
não é só este evento que preocupa: já se pensa na Copa do Mundo em 2014, outro
motivo de ameaças sinistras. Diariamente acontecem desastrosos confrontos entre
policiais e movimentos reivindicatórios, com interrupção de rodovias, ocupação
de repartições públicas, queima de ônibus, depredações, assaltos a shoppings,
lojas, supermercados e roubos de caminhões de cargas valiosas, o que pode
desabastecer o mercado de alimentos e agravar ainda mais a economia, como novo
ingrediente inflacionário. Paira no ar presságio nebuloso.
Ao
criar este Blog, numa época de calmaria e perspectivas otimistas quanto ao
futuro do País, tinha o pressentimento de que estava chegando o momento de
tornar público aquilo que me oprimia, ao constatar que as precognições,
anunciadas há tanto tempo, poderiam estar em marcha. E ainda mais: os livros “Mosaicos”
tratam justamente de assuntos que se relacionam com os graves problemas
institucionais, sociais e econômicos, inclusive com sugestões para um novo
regime de governo, a Sociocracia. No embalo das transformações reclamadas
justamente pelo povo (demo) em movimento tido como espontâneo, não há dúvida de
que tenha chegado o tempo para que a democracia também seja repensada. Hoje,
com tantos absurdos que se praticam acobertados por uma visão distorcida de seu
verdadeiro objetivo, não tenho mais
dúvidas de que as precognições estavam certas. O que ali se encontra, apesar de
escrito na década de oitenta, se destinava de fato para os nossos tempos.
O ser humano clama por liberdade, mas nem de longe
quer saber da responsabilidade. Os direitos humanos e a anistia internacional,
legitimamente considerados, devem ser vistos como os primeiros passos da
solidariedade na busca da fraternidade, uma aspiração do ser humano, plantada
no recôndito de sua alma, ainda em gestação, aguardando o momento oportuno para
agigantar-se.
A história que é recontada por quem tem interesse que
ela assim não fosse, procurando distorcer fatos em benefício próprio como meio
de revanche e extravasamento de ódio reprimido, não é História, mas arremedo e
prenúncio de uma tragédia. O povo brasileiro clama pela paz e pela união, único
caminho que pode conduzir a um futuro sólido voltado para um humanismo, sem a
distorção de seu sentido natural. Avante, sempre!
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