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Uma realidade Calamitosa


                                                                        (Trigésima segunda comunicação)
              

        É triste constatar que uma realidade calamitosa prevista por precognições há tanto tempo (desde 1978), compõe o quadro político e social dos tempos atuais. Citemos mais um exemplo entre tantos já apreciados neste blog:
No dia 07 de outubro de 2013, num movimento de apoio às reivindicações dos professores do Estado do Rio de Janeiro, várias corporações e sindicatos, tanto em São Paulo quanto na cidade maravilhosa, organizaram movimentos pacíficos, uma forma de prestar solidariedade aos colegas professores.  O que seria apenas uma demonstração de apoio a uma classe que se julga desprestigiada pelo poder público tornou-se um caso de segurança nacional: o surgimento inesperado dos black blocs, um bando de mascarados tidos como vândalos, repetiram atos de terrorismo, confiantes na impunidade de outras ocasiões. O que seria apenas uma maneira de marcar presença, uma vez que a aprovação da lei de cargos e salários pela Assembleia Legislativa estadual era fato consumado, o movimento, a partir de então, seria para a revogação da lei aprovada. Assim não pensavam os Black blocs. Conscientes do que queriam, promoveram uma onda de destruição do patrimônio público e privado, num desafio à segurança pública nacional. Não se tratava apenas de um caso esporádico, mas de uma crise que, pelo que tudo indica, pode tornar-se permanente e avolumar-se. Assim, não pode ser vista apenas como simples confronto entre policiais e baderneiros, mas do surgimento de quistos remanescentes de siglas que pretendiam dominar o mundo pela força e pelo medo, com atrocidades abomináveis, como o nazismo, o comunismo e tantas facções religiosas expansionistas, genericamente tidas como fundamentalismo islâmico. Sustentados por organizações suicidas, como Al Kaeda e os Talibãs, entre tantos grupos que destilam ódio e colocam em pânico o mundo, estas organizações sabem o que querem. Aqui é que ronda o perigo: As características e o modo de atuarem dos Black blocs lembram essas organizações terroristas. E ainda mais: servem de incentivo para criação de outras tantas.  
          No nosso caso, recheado de entulhos democráticos — corrupção, excesso de burocracia (ministérios e repartições públicas, instituições que não correspondem o que delas seria de se esperar, e tantas deficiências já comentadas —, além de infraestruturas não compatíveis com as necessidades de um desenvolvimento capaz de acompanhar os países tidos como emergentes, é motivo de se repensar nossas instituições. E os eternos problemas sociais, sempre adiados com medidas eleitoreiras, evitando-se encarar as causas que os reproduzem? O esquecimento é próprio de nossa formação. Aliás, nada se pode fazer, pois o povo não tem voz nem vez, mesmo assim gosta de ser tapeado. O “mensalão”, o imbróglio criado pelos embargos infringentes, tudo isso deixou de ser motivo de preocupação. Como se isso não fosse suficiente para aguçar a nossa consciência, dentro em breve estaremos mergulhados no mundo obscuro da disputa eleitoral. Quanta surpresa teremos pela frente! Será um bom motivo para esquecermos as legítimas contestações que tomaram conta do país. Dentro em breve, os  desmandos apontados pelos últimos movimentos não mais serão lembrados. A lentidão e ineficiência de serviços essenciais, serão solenemente arquivados como coisa passageira. A demagogia ideológica, cuja retórica é voltada ao revanchismo e sustentação de arcaicos modelos políticos que não vingaram, como o maoísmo, castrismo e o chavismo, continuarão na pauta política daqueles que guardam na lembrança a frustração de uma aventura fracassada. A hora é de voltar-se para o futuro e não fomentar a discórdia.
            Qual o rumo que queremos tomar? Já por reiteradas vezes nos referimos ao ato de criticar. Motivos não faltam. O momento é propício para esquecermos velhas rixas e pensarmos em sugestões que conduzam à formação de um Estado de Direito, sem as deformações que apresentam as atuais instituições, tocadas pela imprecisão dos ventos, com efeitos maléficos e perigosos, mas teimosamente eivados de interesses políticos e ideológicos. Este modo de proceder facilita aos que desejam ignorar as causas.   
É neste ambiente de crises e descréditos nas autoridades, num mundo em que a paz e a união são artigos imagináveis, que estaremos em breve mergulhados numa campanha eleitoral tão ao gosto de nossa tradicional política. Os palanques passam a ser locais de decomposição do que ainda resta de seriedade e patriotismo. Os assuntos sérios se transformam em meras questões de propaganda, uma pilhéria mal elaborada. Aí desfilam as infindáveis soluções de efeitos perversos, com omissão proposital de não se lembrar das causas que continuarão intactas.   
Não vou mais ficar repetindo os horrores que os meios de comunicação, em variados tipos midiáticos transmitem ao vivo e a cores, ou estampam em manchetes de jornais e revistas. Estes, naturalmente, alastram como fogo no cerrado. As tragédias causadas pela natureza, uma consequência da incúria dos homens, se repetem todos os anos: são desmoronamento de morros, enchentes e invasões em locais impróprios.
E aí vem o desespero: o pânico seguido de mortes, o sofrimento de uma população sofrida em momentos críticos, tudo isso cai no esquecimento. Mas os efeitos, nesses casos, trazem conseqüências desastrosas que só o tempo pode avaliar. Aí é muito tarde. É o que está a acontecer na atualidade. A seca vem e as tragédias do passado voltam a repetir. E assim se toca o barco chamado Brasil.
Mesmo a contragosto tenho feito referência aos Mosaicos da Sociedade Brasileira, mais por imposição de um dever a cumprir do que propriamente vontade própria, por não ter alternativa. As coincidências apontadas para as várias situações apreciadas não deixam dúvidas. A democracia ideológica deturpou o sentido do que seja liberdade. Hoje tudo é permissível, desde que satisfaça os interesses daqueles que desejam ver o circo pegar fogo. A verdadeira democracia está agonizando e pede por socorro. Os Mosaicos tratam de um novo regime político, a Sociocracia. Na comunicação 27 tratamos deste assunto como fazendo parte de um tripé destinado a uma nova concepção de Estado, voltado para o humanismo. Na comunicação 25 havíamos abordado o tema Sociocracia.  
Estes livros, Mosaicos da Sociedade Brasileira, escritos na década de 1980 e provenientes de precognições, de fato, foram escritos para dar rumo ao País. Estaria destinado há um tempo futuro e incerto quanto a datas, mas explícito nos acontecimentos. Neles, apesar do tempo decorrido, as sugestões estão voltadas para o futuro. E o futuro daquele tempo é o que presenciamos nos dias de hoje, com tantos fatos que causam insegurança e medo.
Criticar é muito fácil. Ter compromisso de dar cumprimento a tarefas vindas através de precognições e apresentar sugestões para dar rumo ao País, nada tem de crítica. Se a faço, é apenas como alerta. É um fardo a que fui submetido e encarei como uma tarefa missionária da qual não tive o direito de escolha. Assim, não tenho o direito de falhar. Só me resta prosseguir.

         Encerro esta comunicação com uma frase que surgiu intuitivamente:
           A pujança de um país está na indômita vontade de seu povo. União e Paz. 

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