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A Raça Humana


(Comunicação Quadragésima Sétima)

Presenciamos, nos dias atuais, inéditas formas de crimes sociais, numa escalada nunca vista. Seria isso o descrédito nos órgãos encarregados de manter a segurança pública? Na impunidade? Ultimamente, três desses delitos passaram a ocupar, com destaque, os noticiários da multimídia, em horários nobres: os crimes envolvendo mulheres e crianças, como vítimas ou autores de crimes dolosamente qualificados; o absurdo do racismo e as atrocidades cometidas contra possíveis delinquentes, com os consequentes linchamentos, imobilizações, torturas e outros meios de crueldade. Era o que estava nos faltando para voltarmos aos tempos bárbaros da idade média, ou mais remota ainda, no tempo do olho por olho, dente por dente.
Escolhemos o racismo como tema para este artigo e, com ele, alguns comentários sobre a origem das raças. É triste constatar que a humanidade sofre da mais terrível das doenças sociais: o desamor. Isso, num tempo em que ingressamos no estágio do domínio da nanotecnologia, da telemática e da astronomia, com pesquisas jamais imaginadas. Chegamos ao ponto de perquirir e esmiuçar o universo, derrogando velhos tabus que diziam respeito ao tempo e ao espaço.
Deixemos de lado este estado avançado das ciências e voltemos a esta estúpida maneira de julgar as pessoas pela aparência, e não pelos dotes que trazem na sua formação: éticos, sobretudo. Falar sobre racismo é referir-se a raça humana, que comporta uma variedade de tipos anatômicos. A cor da pele é apenas um componente deste complexo ser humano, que nada difere no conjunto da anatomia da raça humana. Ninguém tem o sangue azul. De onde vem esta diversidade de raças, não apenas da cor da pele, mas de idioma e tipos fisionômicos? Mistério?
No primeiro volume da coletânea “O Real e o Místico no Cadinho da Vida” (Thesaurus Editora, 2010 – Pg. 207), ao retratar fatos ocorridos durante quatro noites de insônias, devido ao uso de remédios, fui surpreendido por aulas apresentadas em uma tela de cinema, referentes a assuntos estranhos, mas tidos como tabus ou dogmas. As aulas eram objetivas e bastantes esclarecedores. O interessante é que as figuras apareciam em profundidade, e não na horizontal. Na segunda noite, o tema foi sobre a evolução da raça humana.  Como se trata de assunto já relatado em livro, farei apenas breves transcrições de textos, com alguns comentários complementares.
“Vi projetados vários flashes de raças predominantes e circunscritas em regiões próprias... “Após aquela apresentação, sempre em profundidade, apareceu um mapa-múndi no formato de uma bola de tamanho razoável, girando lentamente, e fixou-se na tela. As imagens em profundidade concentraram-se apenas no mapa-múndi. Foi neste momento que vieram as explicações, que assim reproduzo:
“Observe o mapa da terra. Os continentes e algumas regiões, de limitações imprecisas, encraves intercontinentais, são habitados por povos que constituem raças com identidades próprias.” ... E veio a explicação sobre cada uma delas: “A Ásia foi habitada pela raça amarela, com traços biofísicos que os distingue de outras raças; a Europa, pela raça branca, com predominância dos Árias, de traços fisionômicos pouco diferenciados, constituindo-se uma etnia não totalmente homogênia, mas com poucos traços que as diferenciam uma das outras; as Américas, com povos de cor bronzeada, que se deixaram dominar e foram quase que extintos; as regiões especiais, com limitações imprecisas, ocuparam espaço de outras raças, sendo citada a Índia, como povos diferentes da raça amarela, tanto na cor da pele, bronzeada, como nos traços fisionômicos, com cultura bastante diferenciada; e os habitantes do Oriente Médio, com três raças que formavam bolsões de povos com características e modus vivendi próprios, oriundas de civilizações que desapareceriam ao longo do tempo, deixando apenas vestígios, ou registros históricos de suas passagens pela terra. Vamos agora ao continente africano, motivo do irracional racismo:
A África, com a raça negra, com traços fisionômicos diferenciados e características próprias, constitui-se de aglomerados que se reúnem em função da origem. Em consequência disso, formou divisões em tribos, o que passou a fomentar brigas internas e empecilho a uma compreensão sobre a necessidade da união.     
“Uma vez ultrapassada esta etapa, estará aberta a porta do desenvolvimento e integração, em pé de igualdade com outras civilizações, onde a raça humana não mais terá diferenças sem fundamentos, que têm dificultado um entendimento mais amplo, ainda obscurecido por falsas superioridades, jamais comprovadas.”        
Continua a exposição sobre a ocupação da terra pela raça humana, justificando a teoria evolucionista de Charles Darwin, por ele defendida no livro A Origem das Espécies, em 1859. Chega à conclusão de que as duas versões são plenamente justificadas: a evolucionista e a criação do ser humano por Deus, uma vez consideremos espírito e corpo como partes independentes na composição integral do ser humano, apresentando as seguintes explicações: “havia na terra um símio dotado de inteligência rudimentar, o único animal presente em todo planeta terra. Este símio foi escolhido para receber espíritos vindos de vários planetas em extinção: Capela era um deles. Vindos de planetas diferentes, guardaram as características de suas origens. O espírito sempre foi e será espírito, portanto, uma criação, ou uma centelha divina.” 
As explicações são longas e bastante claras. Referem-se a diversidade dos idiomas, com o desenvolvimento da fala e outros tantos traços fisionômicos próprios do ser humano, independentes de suas origens, uma vez que descendemos das mesmas hipotéticas criação: do Símio e do espírito. Muitas outras hipóteses são ali desenvolvidas, com detalhes impressionantes. O livro foi editado em 2010.
Num mundo convulsionado por questões ideológicas, raciais, religiosas, econômicas, culturais e outros motivos preconceituosos quanto à superioridade de raças ou de qualquer outra origem, o relato provindo de uma aula mística, não deixa dúvida que tem motivos para ser levada a sério.  
Quanto ao preconceito racial, uma questão de polícia, tudo faz crer tratar-se de pessoas ainda em estágio muito atrasado, fora do tempo, que merecem mais pena do que castigo, pois as suas próprias consciências, hoje ou amanhã, lhes darão a merecida cobrança de seus atos. Em nosso País, e também no mundo, está comprovado que a cor da pele nada tem a ver com a inteligência ou com o caráter das pessoas. Perante Deus temos a mesma origem, portanto, irmãos. É a tão sonhada fraternidade.  Compomos uma única raça humana, que tem, na evolução, do corpo e do espírito, o mesmo destino. Infelizmente, perante os homens, a questão ainda é de Justiça.
            É lamentável o que vem acontecendo, justamente agora, quando o País clama pela união de todos, independente de suas opiniões, raça ou credos religiosos. Esta conclamação vale também para aqueles que teimam em continuar na inescrupulosa mania de vingança, um ódio que extravasa os limites dos sentimentos e pode ensejar um fim trágico. Aqui está a diferença do viver no mundo e o viver para o mundo, visto no artigo anterior. 

Comentários

  1. Falando em raça, a coisa está russa, meu amigo Oto.
    Pelo jeito, o fim virá do Oriente!
    Ainda bem que estamos aqui de passagem.
    Leia, quando puder, www.jojorgeleite.blogspot.com.br.
    A crônica 92 trata, simbolicamente, da reencarnação do gato Jean.
    Toda ela é sobre uma família de gatos, que na realidade apenas
    disfarça, nessa época de carnaval, a raça humana.

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  2. Meu amigo Jorge
    Concordo plenamente contigo: A coisa está russa! Mas tudo isso já era previsto.Continuo insistindo, por dever e não prazer, comentando sobre o que já acontece e no que pode acontecer. A tarefa missionária que abracei não me permite retroceder.
    Tenho lido as crônicas. Parabéns.
    Abç Oto

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