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Que País Queremos?

                                                              76ª Comunicação

Estamos vivenciando no nosso dia-a-dia uma atmosfera de expectativa nada promissora. A corrupção está impregnada de tal forma nos Poderes da República que, por mais que se intensificam as investigações, mais surgem indícios de uma profundidade abismal. A Petrobras tem sido o núcleo de notícias que abastecem a mídia nacional e internacional, com rombos bilionários denunciados e comprovados.
Para não tornarmos repetitivos no que se tornou vulgar, diríamos que o festival de absurdos que estão vindos à tona, não pode ser comparado a nenhum outro período de nossa história, mesmo aqueles que motivaram interrupções bruscas no processo democrático. O que se passa atualmente não tem termos de comparação e, isso, devido justamente a abrangência dos absurdos ultimamente anunciados. Alguns destes absurdos são facilmente identificados, por terem incorporados ao modus vivendi de nossa desorganizada sociedade. Repassemos alguns:
Pipocam por todo território nacional os mais temerosos atos de violência. Uns poucos são flagrados pelas câmaras das televisões, filmadoras e celulares. Quantos outros acontecem e não são sequer comentados, por comporem atividades restritas a objetivos que devem permanecer ocultos, mas vão aos poucos corroendo a base moral da nossa já fragmentada nacionalidade. 
Vamos um pouco além destes corriqueiros fatos. Será que nada de anormal está acontecendo na composição de nosso “estado de direito”, sustentado por uma democracia corrompida e submetida a critérios antidemocráticos? Vejamos alguns fatos: o inchaço do Estado, com 39 ministérios; os gastos excessivos com a área social, predominantemente eleitoreira; o atendimento privilegiado à militância partidária e movimentos sociais; as benesses concedidas de modo a repercutirem favoravelmente na avaliação do desempenho do governo; as regalias aos insaciáveis políticos que formam a base de sustentação do governo (situação); os descaminhos das administrações das empresas e órgãos estatais, motivos de gigantescas corrupções e enriquecimentos ilícitos; a política de apadrinhamento aos “companheiros” de luta revolucionária, com objetivos de se manter as rédeas do poder e impor determinações ditadas pelo Foro de São Paulo; os dólares empregados para atendimento aos países do bloco “socialismo bolivariano”, com obras de infraestrutura de grande envergadura, enquanto as nossas necessidades deixam de ter atendimento de igual porte. Estes são apenas alguns ralos por onde escoa quantias astronômicas. O que dizer das verbas orçamentárias, principalmente atividades prioritárias que foram contempladas sem a devida avaliação das necessidades essenciais, como a Segurança Pública, Forças Armadas, Educação e Saúde públicas, obras de infraestruturas básicas, e tantas outras necessidades, motivos de sucessivas reclamações e protestos.
Pelo que tudo indica, a continuar como está, o Brasil sob a orientação e comando de um governo que segue à risca os objetivos traçados por organismos regionais, numa composição inédita de países que se encontram em crises internas e desgastados por equívocos de gestões marcadamente direcionados à luta de classes, estaremos mergulhados num caos de incertezas e contradições abismais. Só assim acordaremos para a necessidade de mudanças radicais nos poderes da República. Para que isso aconteça de maneira civilizada e pacífica, e não no campo da força bélica ou guerrilheira, é necessário que os ideólogos desta situação se abdiquem por completo dos objetivos a cada dia mais visíveis. A hora é de se pensar no Brasil em termo de Brasil. E não de Cuba.
É voz geral que o País necessita de mudanças profundas. Mas como fazê-las se, propositadamente, sequer as falhas apresentadas na composição da República são reconhecidas como instituições que necessitam serem repensadas? Apenas elucidativamente pode-se citar alguns gargalos que impedem um desenvolvimento harmônico, voltado para o bem-estar social de seu povo, sem distinção de classes, mas segundo as condições naturais com que são consideradas. Como exemplos, daremos algumas sugestões contidas nos livros “Mosaicos da Sociedade Brasileira”, por tantas vezes citados neste Blog.
Uma das prioridades é a implantação de um novo municipalismo, como coluna mestra de toda estrutura a ser erigida. A partir daí estabelecer novas concepções do que hoje se apresenta como impecílio a um desenvolvimeto autossutenado. Citemos alguns desses gargalos: Como prioridade, um sistema político que de fato represente os interesses regionais. Entre tantas sugestões sobre o assunto destaco o valor do voto e, em consequência, a necessidade de se impor normas rígidas de procedimento. Trata-se da surrada reforma política, principalmente no que diz respeito ao processo de votação. Qual seria o significado desta emblemática palavra, voto?
 Voto: Para escolha dos representantes que irão dirigir um País na composição dos Podres da República — Executivo, Legislativo e Judiciário —, o voto simboliza a maneira mais sublime de se  expressar a vontade, a liberdade e a igualdade individuais. É a própria consciência de se manifestar a vontade individual em igualdade de condições. Quando o voto é conspurcado por interesses escusos, sejam quais forem, e se sujeita a servir-se de objeto de compra e venda ou submetido a artifícios indecorosos que induzam o vontante a temer a perda de favores de um paternalismo de cartas marcadas, simplesmente o torna um robô votante, encabestrado como se fosse um animal de montaria.
Daí a necessidade de se institualizar o combate à miséria (pobreza) como dever do Estado, e não de governos, através de uma instituição imune a esses indecorosos artifícios que visam a corromper consciências de pessoas miseráveis e ignorantes, escravas de situações impostas pelo paternalismo estatal. Isso é crime lesa-pátria.
Sem outra intenção, a não ser deixar claro que esta instituição é possível, darei dela algumas dicas:
Serviço de Assistência e Integração Social (SAIS). Trata-se de uma organização que se propõe a cumprir com independência e zelo os objetivos para as quais será criada. Refere-se a uma instituição municipal ou regional, de âmbito nacional, sem ingerências estranhas.  Obs.: O SAIS e outros assuntos congênitos são vistos no segundo volume da coletânea Mosaicos da Sociedade Brasileira, ainda não publicada.

Não podemos esquecer de que hoje é feriado nacional.
15 de novembro de 1889 — 15 de novembro de 2014, 125 anos de muita história e poucos motivos para se comemorar. A República, para ser representativa, não pode servir-se de trampolim para mergulharmos num mar revolto, cheio de interrogações. Assim pensando ...
Viva a Republica da Unidade Nacional!

Viva a República dos sonhos de Tiradentes!

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