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Um Momento Delicado- 3

                              75ª Comunicação

Estamos atravessando um período de turbulência após turbulência. O amanhã tem sido sempre pior do que o ontem. A que ponto chegamos! O que se propagava como ameaça sobre prováveis desarranjos na economia começa a tomar corpo: aumento da energia elétrica (conta de luz), dos combustíveis, da cesta básica e a dívida dos governos ao setor privado, provocando greves de ônibus e outros tantos desatinos. Quem mais sofre com esta onda de aumentos é a classe mais pobre, hoje elevada a uma hipotética classe média, já castigada pela carestia, pela violência e incerteza no dia de amanhã. As notícias em forma de boatos, procedentes ou não, se espalham como folhas secas levadas pela ventania e podem ser sinais de tempestades perigosas. Vivíamos inebriados por uma propaganda de um mundo de fantasia, de uma utópica igualdade que mais visava a dividir a sociedade entre ricos e pobres e outras inversões de valores. E o que vemos é a incerteza do dia de amanhã, com os fantasmas da fome, do desemprego, da violência ceifando vidas e ausência de esperança de melhores dias. Diante deste quadro tétrico aconselha-se uma abordagem sobre como, via de regra, procede o indivíduo envolvido em tais tormentas:  
Na multidão o ser humano se despersonaliza, age como um robô guiado pela fúria da inconsciência coletiva. No isolamento se habitua a ignorar o que se passa além de seu restrito círculo íntimo. Em ambos os casos corre o risco de se tornar um rebelde contumaz ou, pelo contrário, um ser inerte e desvalido. O pensamento provoca a contenda da dúbia forma de enfrentar os revezes da vida. Uma sociedade não se constitui ao sabor da intolerância ou da inação. A ponderação é própria daqueles que se situam muito acima das vontades dos inconsequentes ou dos indiferentes. Por isso se diz que a vida é uma escola de formação e aperfeiçoamento de atitudes, positivas ou negativas.
Já agora podemos fazer uma apreciação do que está vindo ao conhecimento do público. O que mais nos causa espanto é assistir o que ocorre no meio político. Mal saímos de uma eleição e já se pensa na próxima, em 2018. Acontece que os eleitos nem tomaram posse. A onda do desespero pode trazer consequências desastrosas.
Não se trata de ser pessimista, mas realista. O que tomamos conhecimento pela mídia — escrita, falada, televisada e internet —, é simplesmente estarrecedor: a corrupção, enriquecimento ilícito, os privilégios concedidos aos militantes dos movimentos que sustentam a (des)ordem emanada do foro de São Paulo, que sempre foram beneficiados pelo governo ou pelo seu principal sustentáculo, o Partido dos Trabalhadores (PT). Não se concebe em nenhum país do mundo, até mesmo nos mais incipientes estados, ainda em formação, o que presenciamos atualmente. É simplesmente inacreditável o que está se tornando transparente. A cada dia somos surpreendidos por novos escândalos, envolvendo cifras astronômicas. 
O País, com tantas carências em infraestrutura e combate efetivo à pobreza, vem utilizando o BNDES para promover obras espetaculares em países do bloco bolivariano, ou que rezam pela mesma cartilha. De um vídeo recebido, transcrevo algumas dessas obras, mencionando, quando declarado, o custo em dólares. Isso é apenas uma amostragem do que ocorre nos bastidores de uma política internacional que ignorou completamente os exemplos que dignificaram a nossa história. Como exemplos, citamos:
Metrô de Caracas, Venezuela: USS 732 milhões;  Projeto Bacia El Norte, Bolívia: 
USS 199 milhões; Hidrelétrica Mandariacu, Equador: USS 90 milhões;  Hidroelétrica de Chaglla, Peru: USS 320 milhões;  BRT (corredor de ônibus), Moçambique: USS 180 milhões;  Metrô da cidade do Panamá: USS, um bilhão;  Segunda ponte do Rio Orinoco, Venezuela: USS 300 milhões;  Abastecimento de Água de Lima, Peru: valor não informado;  Porto Mariel, Cuba: USS 682 milhões; Segunda ponte sobre o Rio Orenoco, Venezuela: USS 300 milhões;  Arqueduto do Chaco, Argentina: USS 180 milhões;  Aeroporto de Nacala, Moçambique: USS 125 milhões;  Hidrelétrica no Equador: USS 243 milhões;  Hidrelétrica de Tumocrim, Nicarágua: USS 350 milhões.
            Ainda na área obscura das relações internacionais, dois discursos que bem definem a situação avançada dos objetivos contidos no Foro de São Paulo, merecem ser refletidos atentamente, por comporem a síntese da política exterior. O discurso da presidente Dilma Rousseff, proferido por ocasião da inauguração do Porto de Mariel, em Cuba, e o discurso proferido pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para um auditório composto de militares, sobre a eleição da presidente e “companheira” Dilma Rousseff.
É bom lembrar que, segundo praxe comunista, os meios justificam o fim. 
Fica evidente que o País, a esta altura dos acontecimentos está a pedir por socorro. Necessita, com urgência, mudar de rumo. Há muitas distorções institucionais que impedem a formação, ou reformulação da nossa nacionalidade, com base em princípios morais e cívicos que correspondam aos anseios daqueles que ainda acreditam em um País forte e sério, com justiça social, liberdade que respeite a do próximo, igualdade de oportunidade. O País exige novas posturas dos dirigentes, de modo a incentivar uma política do mérito e que estimule a capacitação pessoal. Que o respeito ao próximo prevaleça como conduta comportamental e os princípios morais e éticos estejam presentes no relacionamento humano.
Este ambiente só foi e está sendo possível pela atuação ordenada e executada por uma cúpula ideológica incrustada no próprio governo, advinda do Foro de São Paulo, privilegiando e incentivando movimentos ditos sociais e centrais sindicais. A inversão de valores, com a tática de fortalecer minorias e espezinhar a opinião da maioria, com forte marketing da despudorada tendência de se enxergar preconceito e até crime hediondo em situações conflitivas, tem sido uma maneira cômoda de impor o que bem entendem. Aberrações antinaturais tornaram-se concepções legais.
Por fim, um alerta e um chamamento.
É voz corrente que, por razões ideológicas, o Brasil tornou-se um País dividido.
A Alemanha viveu sob a opressão de duas ideologias: a nazista e a comunista. Conseguiu libertar-se de ambas, mas pagou com milhões de vidas por duas experiências que desfiguraram o sentido de liberdade.
No dia 09 de novembro de 2014, amanhã, comemoram-se vinte e cinco anos da derrubada do muro de Berlim. Dois anos depois se desmontava a União Soviética. Parabéns aos descendentes da raça germânica pelo feito que unia novamente as duas Alemanhas.
O que assistimos na atualidade é a construção de muros que nos separam. O momento é de união, pois o Brasil, um País miscigenado, não pode cair na teia do um regime que pretende voltar a um passado de péssimas lembranças. Acordemos enquanto é tempo.

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