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Balança, Balança, mas não cai!

                                                                                             114ª Comunicação

Inicio este artigo transcrevendo, do “Novo Testamento”, dois textos dos evangelistas Lucas e Mateus, bem apropriados para os dias de hoje:
“Porque não há coisa oculta que não haja de manifestar-se, nem escondida que não haja de saber-se e vir à luz.” (Lc 8: 17).
“... nada há encoberto que não haja de revelar-se, nem oculto que não haja de saber-se.” (Mt.: 10: 26).
               
O ano em curso, (2016), com tantos presságios anunciados, nos fez refletir sobre as crises sucessivas que vão corroendo a credibilidade das instituições. As investidas ideológicas de esquerda, desvinculando autoridades governamentais de suas responsabilidades constitucionais, é tática bem conhecida, infelizmente, aceita passivamente, portanto, consentida por quem deveria combatê-la. O marketing político inverte situações deprimentes.     Atravessamos um momento de turbulência em que o governo tem muito a preservar, produto de desmandos de muitos anos, com objetivos programados e em plena execução.
Diante de ambiente movido a interesses mantidos a “sete chaves”, nunca é por demais lembrar que existem organizações tipicamente de esquerda, que se destinam a desempenhar papéis centralizadores, em atividades diversificadas:
O Instituto Lula, por exemplo, deveria exercer a função que se diz suprapartidária e sem fim lucrativo, dedicado à cooperação internacional entre Brasil, África e países da América do Sul (bloco socialista). No entanto, o que se tem visto, é apenas patrocinar e defender interesses de seu patrono, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 
O Partido dos Trabalhadores (PT) exerce a liderança das agremiações de esquerda para conduzir política ideológica destinada a um comunismo metaforizado de “socialismo bolivariano”.
O movimento social, CUT, UNE, MST (sem terra e sem teto) e outras organizações que caracterizam forças de divisão de classes, ou se dizem intelectuais, são considerados apêndices dessas três organizações. 
Mas o quadro é muito mais grave, por tratar-se de encobrir as verdadeiras intenções de um paternalismo estatal, com o fim de se criar falsa noção da realidade. É triste constatar que, ao invés de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento humanizado, que integrariam o complexo administrativo que compõe o suporte formado pela economia agregada ao social, optou-se em desvirtuar o que seria correto para dar novo rumo ao País. Era preciso criar o ambiente para implantar a luta de classes.
No estado crítico a que chegamos as cobranças seriam evidentes no que se diz respeito às promessas de campanhas eleitoreiras.
Nos dias de hoje, o que presenciamos? Aposentadorias e sinecuras para filiados do PT e apoio financeiro para movimentos sociais e sindicais a ele subordinados; mudanças de nomes de logradouros públicos que se referiam ao regime militar, substituídos por guerrilheiros e traidores da Pátria, pseudas lideranças que maculam a nossa história.
Na política os três poderes da República foram atacados pelo vírus da desmoralização: no Executivo, a presidente da República está sendo submetida a um processo de impeachment; no Congresso Nacional, os presidentes dos poderes legislativos, Senado e Câmara dos Deputados, estão sendo investigados pela Operação Lava Jato; congressistas (senadores e deputados), alguns presos e vários investigados por indícios fornecidos pela delação premiada, estão sendo submetidos a mandados de busca e apreensão de documentos e outros materiais comprometedores, isso sem se referir a quebra do sigilo bancário e provas sobre a origem de bens patrimoniais, incompatíveis com as condições normais de enriquecimento. No entanto, o tempo e as situações em que nos encontramos só tende a piorar. Até parece que fomos preparados para desvirtuarmos o nosso modo de pensar.
A gravidade das revelações contidas nos vídeos liberados pelo Juiz Sérgio Moro no dia 16 de março de 2016, desencadeou uma série de acontecimentos que romperiam definitivamente com o diálogo entre investigantes e investigados. O que passou a predominar foi a sagacidade em ocultar o que é verdadeiro do que deixava transparecer simulação.  Para tentarmos compreender o que vem acontecendo de uns tempos para cá, busquei relacionar alguns fatos que demarcariam uma nova fase de confrontos, que podem romper definitivamente com as tentativas de acordos para tocar o barco Brasil.

Alguns exemplos são ameaçadores:
                
10 de março de 2016: O pedido de prisão preventiva do ex-presidente Lula pelo Ministério Público de São Paulo elevou ainda mais a tensão política. Tal medida foi muito criticada pelo governo e recebida com reserva pelos juristas.
13 de março: Maior manifestação ocorrida no País, exigindo a saída da presidente Dilma, prisão do ex- presidente Lula, defesa das investigações pela Polícia Federal, Ministério Público e outros dispositivos de segurança, acoplados ao sistema investigativo presidido pelo Juiz Federal Sérgio Moro, regiamente aplaudido, numa demonstração de apoio irrestrito.
14 de março: A juíza Maria Fernandes Veiga Oliveira, a quem foi solicitado o cumprimento da prisão do ex-presidente Lula, enviou o processo para o Juiz Sérgio Moro, em Curitiba, que poderia aceitar a denúncia, integral, parcial ou rejeitá-la.
15 de março: Diálogo de um áudio entre o ministro Aloísio Mercadante, da Educação, com o assessor do senador Delcídio Amaral, em que procura dissuadir o senador preso a não colaborar com a justiça, prometendo ajuda financeira e falar com o presidente do STF, Ricardo Lewandowski para liberá-lo.
16 de março: Revelação de grampos da Polícia Federal sobre comprometedoras conversas entre o ex-presidente Lula e a presidente Dilma. A divulgação das gravações, até então de caráter sigiloso, foi liberada pelo Juiz Sérgio Moro.
Na mesma data, posse antecipada do ex-presidente Lula como ministro da Casa Civil, ato publicado no Diário Oficial.
17 de março: Foi aprovada a Comissão que estudará o processo de impeachment contra a presidente Dilma.
18 de março: Com a presença do ex-presidente Lula na Avenida Paulista, São Paulo-SP, o movimento em defesa do governo e do ex- presidente Lula, marcado com antecedência para este dia, foi também considerado um sucesso. Pelas estimativas, correspondeu aproximadamente a um décimo do realizado no dia 13. Sem se comparar números estatísticos e outros pormenores, o País despiu-se do verde e amarelo e se viu revestido de vermelho.
O País não mais suporta comparações, uma vez que a hora é de se restabelecer o primado da ordem. No mesmo dia 18, o Supremo Tribunal Federal suspendeu a posse do ex- presidente  Lula da Silva como ministro da Casa Civil. O juiz Sérgio Moro volta a desempenhar a sua missão de continuar com as investigações. Daqui para frente fatos novos se revezarão no cenário político.
Conclusão: O modelo do que aí está, arremedo de uma “democracia” adaptada aos interesses da esquerda, colocou o País onde se encontra, sem esperança e sem rumo. Chegou o momento de restabelecer o primado da ordem. Não há alternativa:
 “Ou a força da lei, ou a lei da força”.

Nota Renovadora
   
Foi para um tempo de caos bem parecido com o atual, já no distante ano de 1978, que recebi a missão de escrever livros destinados ao País.
O livreto Brasil em Crise versus Brasil Esperança apresenta uma síntese histórica do que vem acontecendo desde então. Certifique-se.                                                                                              

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