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VISTO, REVISTO E PREVISTO

                                                                                          113ª Comunicação.
A delação premiada, pelo visto, vem surtindo efeitos jamais imaginados, sob um cenário de filme de terror, cujos fantasmas se identificam com as situações desesperadoras da recessão, inflação em alta e desemprego, males inquestionáveis que sustentam uma crise econômica e política sem precedentes no País. As causas que sustentavam este caos mantido à custa da mentira e da falsidade eram acobertadas por interesses ideológicos, segundo o surrado chavão de que “os meios justificam os fins.” Neste caso, seria apenas deixar o tempo ocupar-se em dar fim a este estado de calamidade ameaçadora.  No entanto, há algo que tem de ser revisto.
Aos poucos o País foi saqueado, o povo traído e o descrédito na classe política, irremediavelmente consumado. Até parece que há uma combinação para embaralhar ainda mais o já conturbado ambiente político-ideológico, com o fim de desviar o foco principal do único objetivo a se preservar: a permanência no poder, a qualquer custo, de um governo que perdeu a credibilidade, mas mantém o compromisso de continuar na defesa de interesses que se ocultam na blindagem de líderes que sabem passar pelo que nunca foram.
É neste ambiente desmoralizado e perverso que o elemento surpresa sacode a consciência nacional e abala o alicerce de um inqualificável governo de esquerda. Vamos ao fato:
No dia 03 de março de 2016, com a publicação pela Revista Isto É nº 2413, das declarações do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), que se encontrava preso pela Operação Lava Jato há 87 dias, o País foi “surpreendido” pelas acusações contidas no seu depoimento. Com revelações estarrecedoras, incriminava a presidente Dilma e o ex-presidente Lula, com fatos relacionados às investigações do “Petrolão”, envolvendo-os em falcatruas que arruinaram a Petrobras e levaram o País ao estado de inadimplente, desacreditado pelas três maiores organizações de risco do mundo. Internamente, além de aumentar o descrédito com a classe política e autoridades envolvidas em práticas criminosas, incrementa o desespero da população, que já sente na pele as consequências de um País desgovernado, imerso num caos jamais imaginado, sem expectativas de soluções para os graves problemas nacionais.
Tudo isso seria suficiente para deduzirmos que estamos propensos a enfrentar um período de trevas, em que o ambiente hostil, resultado de antivalores que podem nos conduzir a uma inglória luta de classes, já desponta como uma possibilidade em andamento.  Em consequência do que houve neste terrível dia de más notícias, o dia seguinte estava reservado para consolidar e criar novo ambiente de revolta e desespero:
                O 04 de março de 2016 ficará na história como o dia que antecedeu aos acontecimentos que romperiam definitivamente com uma situação de paz desfigurada, com declarações expressas de intenções revolucionárias, uma saída para quem se vê acuado e sem solução à vista. A razão deste ambiente explosivo está na forma com que o ex-presidente Lula foi conduzido para depor, coercitivamente, ele e alguns “companheiros” acusados de estarem envolvidos em crimes que estão sendo apurados pela Operação Lava Jato, portanto, ligados a empreiteiras que sustentavam esquema de corrupção nunca visto. A Operação Aletheia (do grego, busca da verdade) foi criada para agir em várias cidades, sobretudo São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, com 33 ordens de busca e apreensão e onze conduções coercitivas. O Ministério Público do Paraná considerou necessária tal medida porque o ex-presidente Lula é suspeito de se beneficiar do esquema de corrupção da Petrobras. As acusações são pesadas e não podem desviar dos justos motivos de não abrir brecha no que diz respeito ao princípio de que todos são iguais perante a lei. Atualmente está no centro das atenções a aquisição de imóveis, envolvendo vultosa soma proveniente de propinas, uma forma de lavagem de dinheiro. Acontece que o projeto de Poder que está em voga, vai muito além do que se possa imaginar. Está contaminado por uma corrupção atrelada a outros crimes lesa-pátria, que levou o País à condição de ingovernabilidade.  
É bom que se esclareça que a Operação Aletheia é a 24ª fase da Operação Lava Jato, portanto, não se trata de nenhuma exceção. Resultado: inconformado, o ex-presidente Lula se fez de vítima e, como sempre, nada sabe, a não ser conclamar e incitar a fanática militância ligada aos movimentos sociais, utilizando-se da fúria das massas.
 Vivenciamos um período de transformações jamais imaginadas, de um tempo pleno de interrogações, inclusive a possibilidade de uma terrível “guerra fria nacional”, uma tentativa desesperada de reverter, pela deslavada mentira e ameaças de uso de antigas táticas guerrilheiras, utilizando-se dos movimentos sociais para conturbar ainda mais o já conturbado ambiente político nacional, com emprego de um famigerado esquema pouco conhecido.
                Alguns dados transcritos do Jornal Inconfidência nº223, de janeiro de 2016 sobre o MST — extraídos do site http:www.paznocampo.org.brsão preocupantes:
                “MST: Dois milhões de militantes e 1.800 escolas, onde estudam 160 mil sem terrinhas. As escolas públicas dos assentamentos são reconhecidas pelo MEC e mantidas, evidentemente, com recursos do governo”. “Existem cursos exclusivos em cerca de 20 Universidades para formação de Sem Terra, por convênio.”
 ...  “Uma Universidade própria, a Florestan Fernandes, inaugurada em janeiro de 2005, em novembro do mesmo ano já formava 60 alunos em cursos de especialização ” ...  No centro de cada diploma estava a frase: “Contra a intolerância dos ricos, a intransigência dos pobres. Não se deixe cooptar. Não se deixe esmagar. Lutar sempre.”
... “Na aula inaugural de 2005, discursou Armando Vieira, líder do MST em Minas.
Sabem o que ele pregou? - As Universidades são latifúndios, e a nossa presença aqui é uma ocupação.” Na mesma página traz um recado do ex presidente  Lula: “Lula quer Exército nas ruas”: “Em vez de ficarmos chorando vamos defender o que é nosso... Também sabemos brigar. Sobretudo quando o Stédile (chefe do MST), colocar o Exército dele nas ruas”.  (Lula discursando na noite do dia 24 de fevereiros de 2015, em ato na ABI, no Rio, para tentar obstruir as investigações do Petrolão)”.
Coincidência ou não, as manifestações acontecidas no dia 08 de março de 2016 — Dia Internacional da Mulher —, comprovam que o apelo foi posto em prática: movimentos de mulheres do MST, em vários estados, marcaram presença com ocupação de logradouros públicos, como que para demonstrar disposição para a luta.
O preocupante mesmo está na presença dos movimentos sociais agrupados em frentes de organizações independentes. Resumidamente anotamos: a frente Brasil Popular, formada pela CUT, MST, UNE e PC do B marcaram presença em vários estados no dia 08 de março, sendo a mais propalada a ocupação da TV Anhanguera, afiliada da Rede Globo em Goiânia-Go, com as costumeiras pichações e atos de vandalismo. Em Brasília, a Frente Nacional de Luta do Campo e Cidade marcou presença na ocupação da Terracap, com confronto dos militantes com a Polícia Militar.
Com o pedido pelo Ministério Público de São Paulo, no dia 10 de março de 2016, da prisão preventiva do ex-presidente Lula, medida criticada, mas de repercussão nacional e internacional, torna-se inevitável uma ruptura entre os poderes da República.
Como se vê, o ambiente está cada vez mais carregado. As denúncias dos Ministérios Públicos do estado de São Paulo e o Federal são uma preocupação a mais para a manifestação do dia 13 de março, marcada com bastante antecedência, e outras a favor do impeachment e defesa da Operação Lava Jato. No entanto, os movimentos sociais de esquerda prometem também sair à rua. Fica aqui uma interrogação. Para onde vamos?
Nota Renovadora

Uma previsão bombástica, mais ou menos o que está acontecendo atualmente, me foi revelada no Vale do Amanhecer no ano de 1978. Devido a tantas coincidências escrevi o livreto Brasil Renovado Versus Brasil Esperança, que faz uma síntese histórica do que vem acontecendo desde então. O seu lançamento está previsto para o dia 22 de março, em Brasília. Mais detalhes estarão no convite expresso, que será reproduzido por e-mail. Aguardo ser correspondido, pois se tratam de informações que dizem respeito ao Brasil, portanto, de interesse nacional: “dar novo rumo ao País”. O que aí está não admite mais remendos. Certifique-se. 

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