(Sexta comunicação)
Aqui
vem outro fato interessante: Com o desenlace da “Tia Neiva”, em 1985, substituindo-a
como meu orientador, surgiu outra pessoa, cujo nome verdadeiro não será aqui
revelado, mas substituído por outro. Este fato havia sido previsto pela
vidente, já há algum tempo, sem fornecer o seu nome.
Ainda
do livro Memória Mística continuaremos a relatar fatos que dizem respeito aos
Mosaicos.
“Cumprimento de uma Tarefa Missionária”
“Comecei a escrever os tais livros e
cumpria, periodicamente, como uma obrigação, o avistamento com a “Tia Neiva”.
As idéias iam chegando e eu as colocava no papel, assim como se fosse um grande
rascunho. Não dispunha de muito tempo, pois fazia dois expedientes no Quartel,
em funções que muito me absorviam. A qualquer hora estava a escrever, pesquisar
e anotar. Anotava tudo que viesse a interessar. Escrevia, assim,
tumultuosamente, sem muita ordem. Só sei que em 1982, após escrever e reescrever
assuntos tão variados consegui datilografá-los em casa, numa máquina portátil,
sem muitos recursos. Desdobrei os assuntos em dois livros e dei-lhes um nome:
“Mosaicos da Sociedade Brasileira”, sendo que um tratava de problemas
institucionais e, o outro, justamente o das 18 páginas, problemas sociais.”
Em 1983 levei os
originais à Editora Coronário, pertencente ao Sr. Olarico. Os originais
permaneceram na Editora, aguardando o meu pronunciamento, por um longo
período.
Prossigamos com as transcrições:
Talvez em 1983, ou início de 1984, por
indicação de um amigo — Vicente, então proprietário da Papelaria Piloto —, fui
a uma clínica de medicina oriental à procura de tratamento da tal “cãibra dos
escrivães”, que se acentuava em certos períodos. Àquela altura já havia passado
por vários tratamentos — dois psiquiatras, psicólogos, parapsicólogos,
neurologistas, centros espíritas — e nada de uma cura definitiva. Fiz
tratamento por mais de um ano na Clínica Mens Sana, do Frei Albino, onde me
submeti a aparelhos diversos e a psicólogos, além de ter freqüentado dois
cursos de parapsicologia. Tudo em vão. Portanto, estava ali a minha tábua da
salvação.
Logo no primeiro dia fui
surpreendido pelo Sr.Onarildo, que me chamou pelo nome, sem que jamais o
tivesse visto. No segundo dia ficamos a sós em uma sala, enquanto dezenas de
pessoas se acotovelavam em um corredor, aguardando a chamada. Postos um em
frente do outro, ele relatou-me detalhes inéditos de sua vida para, afinal,
concluir: “eu sou um missionário de cura e você, também, é missionário.” Então se
referiu aos tais livros, dando detalhes que eu mesmo ignorava. Disse-me que na
hora exata de publicá-lo(s) ele me comunicaria. Disse-me, ainda, que
continuaria a orientar-me no cumprimento da missão. Perguntei-lhe, então —
talvez para minimizar a dúvida com que me encontrava —, o que seria aproveitado
daqueles livros, como idéias, para o País. Ao que ele respondeu laconicamente:
“Tudo”.
Correram os anos e chegamos em 1987.
Os originais dos livros já estavam há quase quatro anos na editora. De repente,
sem nenhum aviso prévio, uma ordem inopinada do Sr Onarildo. O primeiro
“Mosaico” deveria ser publicado dentro de uns quinze dias. Liguei para o Sr
Alarico sobre a possibilidade de publicá-lo, em tão exíguo espaço de tempo, ao
que me respondeu ser tecnicamente impossível. Foi feito, no entanto, o
orçamento e, por falta de tempo não passou por uma revisão profissional. Eu
mesmo lera os originais na “boneca”, com pouca preocupação em descobrir erros.
Resultado: o livro foi publicado em tempo exíguo e, como não poderia deixar de
ser, com uma infinidade de erros. De uma tiragem de dois mil livros foram
vendidos uns seiscentos, no máximo. Dadas as críticas freqüentes sobre erros,
sem a devida apreciação do conteúdo, os livros foram recolhidos das livrarias.
Aliás, eu fora avisado pelo Sr Onarildo de que deveria estar preparado para as
críticas, pois estas viriam em grande quantidade. Hoje, decorridos mais de
vinte anos, sou capaz de compreender o “porquê” daquela precipitação. As idéias
básicas estão ali plantadas. Era preciso dar o primeiro passo. Os erros e
falhas editoriais seriam corrigidos numa outra edição. Além do mais, era
preciso plantar uma semente e o tempo do plantio era aquele. Trata-se do livro
“Mosaico da Sociedade Brasileira, Problemas Institucionais e Sugestões -
Editora Verano, Brasília, 1987.”
Uns dois anos mais tarde, em 1989,
fui avisado pelo Sr Onarildo de que
deveria escrever mais um livro. Apenas pensava que o tal livro a ser escrito
seria aquele que já estava na editora. O das 18 páginas referido pela “Tia
Neiva”. Neste momento fui surpreendido com uma resposta ao pensamento,
dizendo-me que não se tratava do livro que eu estava pensando, mas de outro a
ser escrito. E como prova de como esse seria importante, eu escreveria uma
página e teria a sensação de que ela não fora escrita por mim. E mais: que
apesar de estar muito confuso, saberia perfeitamente o que escrever, não
havendo motivos para preocupações.
Saí dali desanimado, pois a essa
altura, depois de vivenciar o “fracasso” do primeiro livro e a impossibilidade
de publicar o segundo, já há muito no prelo, ainda deveria escrever um
terceiro!
A primeira ideia que tive foi a de
fazer uma síntese dos dois livros já escritos. Iniciei o trabalho e as idéias
vieram numa quantidade crescente.
Dessa época guardo recordações
interessantes:
Citarei duas delas:
A
primeira é que de fato escrevera uma página e não me lembrava de tê-la
escrito.Nada tinha demais, simplesmente não me recordava e, apesar de ter sido
escrito à mão, com minha letra, não era capaz de identificar o conteúdo da
página como de minha autoria.
A segunda, é que tinha escrito um
capítulo e queria transportá-lo de lugar, incluindo-o em outra parte (o livro é
subdivido em partes e capítulos). Estava indeciso e não sabia a quem recorrer,
pois se tratava de uma questão técnica. Podia ou não fazê-lo? Resolvi, então,
procurar o Sr Onarildo e lhe pedir uma orientação. Pura decepção! Queria lhe
falar e ele não queria me ouvir. Diante daquela situação incômoda resolvi
acompanhá-lo no atendimento aos clientes. Ele na frente e eu atrás. De repente
ele virou para mim e disse: “Está certo. Pode passar o capítulo escrito de um
lugar para o outro. Você está bem assistido.” Nem é preciso dizer que saí dali
confuso, sem jamais poder compreender uma resposta a uma pergunta que não
chegou a ser feita!
Na próxima comunicação continuaremos
com fatos enigmáticos que determinaram novos rumos em minha vida.
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