Pular para o conteúdo principal

Proibição Temporária para Divulgação dos Livros


(Oitava Comunicação)


Daremos continuidade à sexta comunicação, pois a sétima, Ideologia, foi escrita para que comentássemos sobre a data de 31 de março. Iremos hoje tratar de um fato importantíssimo, por se referir à proibição de publicar os livros Mosaicos, até que houvesse ordem para tal. Ainda do livro Memória Mística, transcreveremos como isto se deu:

            “A médium Beth incorporava a entidade que trazia o nome de “Koataí 108”. Sentada em uma cadeira, a médium orientava o trabalho. Na sala, os participantes dispunham-se em assentos espalhados naquele ambiente. A sala estava repleta de adeptos. Em dado momento fui chamado à presença da entidade, pois deveria dar-me algumas recomendações. Tão logo assentei-me em sua frente, juntamente com Dom Ronaldo da Maia, ela foi logo me dizendo: “A obra já está terminada, meu filho. Não escreva mais nada. O momento de publicá-la será num tempo difícil para o Brasil, com muita violência, miséria e confusão. Os seus livros se destinam a um tempo cármico.” Ao proferir tais palavras  virou-se para o público e referiu-se a esses tempos difíceis, onde os corações deveriam estar abertos ao socorro de famintos seres humanos.       
            Cabe aqui um parêntese: Hoje sou capaz de sintetizar o que então nos foi dito: As instituições devem ser reformuladas com leis justas que as regulem, e autoridades impregnadas de senso de justiça social, que as apliquem. Com esta visão vislumbramos o que seja Humanismo, palavra chave que deve guiar os povos na direção de uma sociedade que tenha por objetivo supremo abolir privilégios e pulverizar injustiças sociais (globalização da solidariedade e não de interesses), na busca crescente de aprimoramento, capaz de desfrutar de anseios eternos, repetidos em retóricas demagógicas ao longo de séculos: “liberdade, igualdade e fraternidade”.
            Deu-me, a seguir, uma rosa e, com ela, a seguinte recomendação: “Você deve colocar essa rosa em cima dos originais. Não se esforce para escrever mais nada. Eu teria muita coisa para te dizer, mas eu sou um espírito e você não vai me compreender. É difícil eu falar para o seu entendimento. Procure o Chico Xavier, pois ele tem conhecimento da obra e terá muita coisa para te dizer. Ele, como ser encarnado, é mais fácil de te explicar.”
            Não deixei que se passasse muito tempo daquela sugestão. Fui a Uberaba especialmente para esse fim. Acompanhado de um amigo, Celso Hicken — ex-delegado do Serviço Militar daquela cidade —, fomos à casa do Sr. Chico Xavier. Estivemos com o seu filho adotivo, o cirurgião dentista Eurípedes Humberto, tendo ele nos explicado da impossibilidade daquele encontro, pois o “grande médium” estava muito mal de saúde e proibido, pelos médicos que o assistiam, de receber qualquer visita.
            Voltei a Brasília, resignado. Fiz o que me cabia. Tal encontro talvez não devesse acontecer. Deve existir alguma razão que não sou capaz de descortinar.

            A primeira narrativa teve continuação no livro “Nas Pegadas de uma Espera” (Thesaurus Editora – Brasília, 2007), a partir da página 131:       

“Espera, palavra-chave que compõe o título deste livro, já perdura desde o ano de 1990, quando concluí o último livro da série Mosaico, a Sociocracia. Sob o ponto de vista místico, há um episódio que determinou a decisão de ficar aguardando um momento oportuno para a publicação dos três livros. Em Memória Mística, no artigo denominado Tempos Difíceis, ao discorrer sobre os fatos ligados à tarefa missionária, há uma determinação da entidade Koatay 108, incorporada em uma médium no Vale do Amanhecer, que eu não me sentia capaz de justificá-la. Transcrevo um pequeno trecho de esclarecimento: “... Deu-me, a seguir, uma rosa e, com ela, a seguinte recomendação: Você deve colocar esta rosa em cima dos originais. “Não se esforce para escrever mais nada.”.
O tempo passou e continuo aguardando os acontecimentos previstos por vários videntes, sempre assistido por um ‘orientador espiritual’. Uma das dúvidas não esclarecidas da qual jamais obteve resposta que me satisfizesse, é a razão de colocar uma rosa sobre os originais. Apesar de ter seguido à risca tal recomendação, não tinha uma justificativa convincente sobre esse procedimento. E isso até ler o polêmico livro O Código Da Vinci, de Dan Brown (Editora Sextante / GMT Editores- Rio de Janeiro-RJ -2004), onde encontrei o significado daquela, até então, ordem não esclarecida. A transcrição de um pequeno trecho me esclarece:
“Os romanos penduravam uma rosa sobre um grupo em reunião para indicar que o encontro era secreto. Os participantes entendiam que tudo que fosse dito sob a rosa — ou sub rosa — precisava permanecer confidencial.”...  “Além disso, a rosa tinha vínculos bastante íntimos com a concepção de ‘verdadeira direção’ e o estabelecimento de rotas. A rosa-dos-ventos da bússola ajudava os viajantes a navegar, assim como as linhas rosadas, as linhas longitudinais dos mapas.”
Está aí, de uma maneira inusitada, as razões que justificam a exigência de só publicar os livros Mosaicos em tempo oportuno, isto é, mantê-los em segredo até determinado momento histórico. Os Mosaicos da Sociedade Brasileira foram escritos para apontar rumo ao país, descortinando novas oportunidades para enfrentar problemas tidos como insolúveis. Portanto, não se trata de uma obra acabada, uma espécie de solução para todas as mazelas nacionais, mas um instrumento que aponta certa direção, respaldado por análises e sugestões. Em Mosaico da Sociedade Brasileira, a parte mística não deve ser sequer citada, conforme foi tratado em Diagnóstico da Atualidade. Isso porque a realidade dos assuntos tratados — muitas vezes fora dos padrões ortodoxos — é que deve prevalecer. Essa é uma questão óbvia. A parte mística coube a mim cumpri-la, e nada tem a ver com os legisladores e estudiosos dos problemas nacionais. Por isso, uma coisa quero deixar claro: as propostas apresentadas visam à conciliação de frentes ideológicas e políticas antagônicas, num contexto fora dos padrões que acobertam interesses particulares e políticos, pois o único objetivo é atender aos interesses nacionais. 

            O tempo passou e a ordem para publicação, enfim, chegou. É disso que trataremos na próxima comunicação.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

NATAL

  Esta Poesia, escrita num passado distante refere-se a colheita da degradação dos costumes.           NATAL   Chegou dezembro. O ano se esvazia. Renovam-se esperanças do passado. Paira no ar alegres melodias, Evocando os sonhos sepultados.   Vão-se os dias e o Natal já se aproxima. Festas, luzes, tumulto e correria. Neste ambiente de tão ameno clima, O homem se envolve em fantasia.   O interesse mordaz dissipou a fé; A ostentação, em tudo predomina. O feroz consumismo calou até O ateísmo, que ante ele, se inclina.   Entre o profano, o místico e o sagrado, Ocorrem os festejos natalinos. O homem, por esta tríade guiado,  Volta-se novamente ao paganismo.   A árvore de natal, sofisticada, Acabou com sadia tradição.  Papai Noel, figura importada, Cede seu lugar para outra ilusão.   Lembramos do Natal de antigamente, Onde Jesus Menino, pobrezinho, Venerado com amor, ardentemente, No presépio do lar, com mui carinho.   Saúde e esperança por melhores dias, são os nossos votos para que tenhamo

POEMA - ONDE ESTÁ DEUS?

  Em homenagem a um amigo que há muito tempo nos deixou, José F. Alves Filho, uma pérola de poema de sua autoria, que sinto-me no dever de divulgar. A amizade é um dom que nunca se apaga de nossas memórias.  Oto Ferreira Alvares   ONDE ESTÁ DEUS?   Onde está Deus? Pergunta o cientista, Ninguém O viu jamais. Quem Ele é? Responde às pressas o materialista: Deus é somente uma invenção da fé!   O pensador dirá, sensatamente: - Não vejo Deus, mas sinto que Ele existe! A natureza mostra claramente, Em que o poder do Criador consiste.   Mas o poeta dirá, com segurança, De quem afirma porque tem certeza: - Eu vejo Deus no riso da criança, No céu, no mar, na luz da natureza!   Contemplo Deus brilhando nas estrelas, No olhar das mães fitando os filhos seus, Nas noites de luar claras e belas, Que em tudo pulsar o coração de Deus!   Eu vejo Deus nas flores e nos prados, Nos astros a rolar pelo infinito, Escuto Deus na voz dos namorados, E sinto Deus na lágrima do aflito!   Percebo Deus na frase qu

DÚVIDAS EXISTENCIAIS – 204ª COMUNICAÇÃO

                         Estamos passando por um período nebuloso, e ameaçados por constantes ondas de revide da natureza, que se vê solapada tanto na terra quanto no mar. Os reflexos são sentidos no ar, fonte da vida, com temperaturas elevadas, umidade abaixo do normal, tempestades avassaladoras e tantas outras tragédias que influem nas condições mínimas de sobrevivência. O ser humano vem perdendo a noção de seu maior tesouro, que é a sua individualidade, devido a tantas tragédias que engolem vidas e levam famílias ao desespero, ao se verem despojadas de bens que sustentam as condições mínimas de sobrevivência.         Diante de tantas tragédias, mundiais ou regionais, o momento exige o reencontro da individualidade consigo mesmo, que vive nas trevas dos confrontos, veneno que mata a alegria de viver. Dessa realidade macabra surgem os movimentos mundiais e regionais que se destinam a despertar e enfrentar o que de pior pode acontecer. Comentemos sobre um desses movimentos que marcará