(Trigésima nona comunicação)
Inicio dizendo que é preciso dar um basta à demagogia
políco-ideológica que só enxerga e expõe aquilo que interessa mostrar como meio
de propaganda, na maioria das vezes enganosa e absurdamente onerosa. A
administração de um país é como se fosse uma esfera recheada de artigos primários
que serão trabalhados, com o fim de atender a um complexo contingente humano,
que exige trabalho e ordem para sobrevivência. Esta esfera chama-se Estado.
Aqueles que têm a incumbência de administrar este complexo político, composto
pelos Poderes da República — Executivo, Legislativo e Judiciário —, são os
representantes da nação, ou da população politicamente organizada. A máquina
estatal é um complexo tão complicado que necessita revisão constante para
verificar como está o seu desempenho. Dois destes poderes, Executivo e
Legislativo, são escolhidos pelo processo eleitoral. O Judiciário, por ser
incumbido de aplicar a justiça, portanto, dirimir conflitos, se submete a um
processo não político (?), com regras próprias. O que nos interessa num momento
tão delicado da vida nacional são aqueles que irão representar a população, a
classe política, submetidos ao processo eleitoral. Aos escolhidos cabe a
importante função de legislar segundo as necessidades regionais e nacionais,
para que haja harmonia na administração desta complexa máquina. De um modo
geral, vamos considerar que a classe política se compõe de duas faces distintas
e opostas: governo e oposição. Os Partidos compõem a base da representatividade
política, segundo critérios que abranjam necessidades gerais, voltadas ao
interesse nacional. Portanto, a quantidade de partidos deve ser limitada ao fim
a que se destinam.
Vejamos como se processa o marketing político na
atualidade, sob o ponto de vista político-ideológico, uma distorção dos fins
que seriam desejáveis, o da representação regional: ao governo interessa
apresentar a parte exterior da esfera, envernizada e bonitinha, destinada ao
público interno e externo, enquanto os mecanismos interiores desta esfera,
infraestruturas, qualidade de vida da população e as necessidades
institucionais, são recheadas de desmandos acumulados, às vezes seculares. É o
Brasil bidimensional: o país exposto e descrito pelo governo e o Brasil visto
pela oposição. O governo só apresenta o que possa ser visto pelos olhos de uma
maioria extasiada pelo brilho fictício da irrealidade. O paternalismo estatal é
um dos males que irão ter sérios problemas para as futuras gerações. A oposição
exagera e se fixa apenas em apontar desmandos que lhes tragam dividendos eleitoreiros.
Geralmente se preocupam em apontar falhas, mas as sugestões não dizem respeito às
necessidades de encarar o futuro. São dois contrastes inconciliáveis.
Enquanto isso...
Bem, enquanto isso o País real,
aquele Brasil que de fato apresenta tanto as deficiências quanto as excelências
provenientes do trabalho exaustivo de sua gente proba, não é visto nem sentido
com os olhos da realidade. Não há interesse das elites representativas em
vasculhar um amontoado de deficiências que dificultam ou impedem que o País se desvencilhe
das amarras que estão impedindo criar as condições ideais para instalar um
progresso humanizado. As nossas reais possibilidades são imensuráveis, assim
também as nossas deficiências. Chegamos a um ponto de definição: agir ou permanecer
estacionário, sob os efeitos perversos da violência, da corrupção e da sórdida
anomia, com o descrédito das leis, na maioria impeditivas de se operar um
trânsito razoável entre a petição e a sentença definitiva. Ou caso contrário,
continuar subordinado ao alvedrio dos poderes vinculados a interesses. Não
somos dados ao aperfeiçoamento, a não ser por uma minoria que lastima por não
ter voz ativa. Esses caem no descrédito. É preferível criarmos ídolos de barro.
Liberdade e vontade passam a ter sentidos antagônicos. As leis ou são para
todos, sem exceções, ou estarão propensas ao descrédito e servirão de motivos
para veladas revoltas, em processo de gestação. O que presenciamos na
atualidade desfigura o que seria o ideal.
Está aí a realidade que pude
observar para conceber uma imagem que não desfigurasse o que venho expondo
neste Blog: Realidade Mística. Não quero, não devo e não posso furtar-me de um
encargo que me veio através de precognições. Os fatos vivenciados e registrados
em livros e aqui comentados, não podem ser apreciados sob argumentos religiosos
ou outras modalidades de ponto de vista que não aceitam ou rejeitam fatos que
não são capazes de admitir. E por quê? Justamente por contrariarem convicções
nem sempre racionais, mas ditadas pela necessidade de uma pseudo-auto-afirmação,
muitas vezes sem se sentirem seguros do que afirmam ou praticam. A estes,
sugiro: não levem em conta tais argumentos, pois os Mosaicos da Sociedade Brasileira nada têm de insinuações que possam
levar a uma interpretação religiosa, ideológica, filosófica ou qualquer meio
abstrato referente às crenças desse gênero. Porém, não duvidem da autenticidade
dos relatos e, muito menos, da neutralidade e independência de quem se viu na
obrigação de levar em frente uma tarefa missionária de tamanha responsabilidade.
Estes livros foram escritos em outro ambiente, bem diferente do que
presenciamos na atualidade, pois seriam destinados a um tempo futuro e incerto
quanto a data, mas com sinais evidentes da necessidade de uma transformação
profunda para continuarmos na rota do progresso, uma aspiração que foi aos
poucos sendo desfigurada, hoje, completamente fora de moda.
A razão que me levou a abordar
assunto tão explosivo e delicado é para, mais uma vez, lembrar que nos três
livros escritos segundo precognições, já na distante década dos anos 1980, Mosaicos da Sociedade Brasileira, por
uma incrível coincidência tratam justamente de sugestões para o momento atual
na busca de um consenso, em que não haja vencedores nem perdedores, pois os
livros se destinam a dar um rumo ao País, numa época conturbada, já por tantas
vezes referida neste Blog.
Daí a precaução tomada de registrar
em livros uma saga que parece não ter fim, embora com os fatos comprovados no
andar da carruagem. E também pelo que tenho vivenciado há aproximadamente
trinta e cinco anos.
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